Vale investir em um celular com cerâmica na traseira? Vídeo tira a prova
Telas grandes, bordas inexistentes e cada vez mais vidro. O design dos smartphones evoluiu bastante, só não veio acompanhado de resistência. Resultado: o medo de tombos persiste, deixando coração e bolsos apertados.
Em abril, a Samsung trouxe o Galaxy S10+ com uma nova opção: traseira de cerâmica.
Será que a nova versão é mais resistente que a de vidro? Em tese, sim. Mas, para começar, quem quiser essa proteção precisa abrir mais a carteira --o revestimento só está disponível a partir da versão de 512 GB de armazenamento, R$ 1.200 mais cara do que a "básica" de 128 GB.
Depois, surgiu um vídeo, do site especializado em tecnologia CNet, que colocou as duas versões à prova em um teste bem simples: deixando os aparelhos caírem no chão a partir da mesma altura. O resultado foi este:
Como dá para ver, em determinado ponto as diferenças começam a aparecer. No final, o aparelho revestido de cerâmica se mostra mais resistente e suporta quedas de até 1,8 metro sem rachar. Claro, ele ganhou alguns arranhões no meio do caminho.
Não por acaso.
"A cerâmica é feita de elementos metálicos e não-metálicos que suportam temperaturas bem elevadas, diferentemente de qualquer tipo de vidro. Ela ainda possui propriedades muito melhores que os próprios metais sob certas circunstâncias", explica o professor João Carlos Lopes Fernandes, do curso de Engenharia de Computação do Instituto Mauá de Tecnologia.
Isso vale inclusive quando comparamos a cerâmica ao Gorilla Glass, que reveste a traseira do S10+ básico. Ele é mais resistente que os vidros comuns e funciona bem para proteger contra riscos e quedas não muito bruscas. No entanto, explica Maurício Villar, técnico da Suporte Smart, o vidro resiste a esses impactos, mas pode quebrar com facilidade.
Mesmo o vidro Gorilla Glass 5, que reveste o Galaxy S10+ mais caro, de 128 GB, oferece proteção a quedas de 1,6 metro, mas, dependendo do ângulo que o aparelho toca o solo, pode arranhar ou ficar com pequenas fissuras.
De qualquer forma, sabemos que é preciso contar com a sorte. É ela (ou a falta dela) que explica, por exemplo, porque o S10+ do vídeo, revestido de vidro, ter quebrado ao cair de uma altura de pouco mais de 1,5 metro, aquém de suas especificações.
Ter um smartphone revestido de cerâmica também não é atestado de invencibilidade. No teste do vídeo, a tela do aparelho revestido de cerâmica parou de funcionar após uma queda de 1,5 metro. Ele não estava rachado, mas ainda assim precisaria de um conserto --ou seja, você gastaria para levar o aparelho para uma assistência técnica do mesmo jeito.
E no mundo ideal?
O UOL Tecnologia aproveitou para perguntar aos especialistas que tipo de material tornaria um celular "duro na queda". E as resposta foi: os celulares deveriam ser feitos de diamante, Q-carbono ou alumínio.
"Até 2015, o diamante era o material mais duro do mundo, mas com a descoberta de um novo material derivado do carbono, o Q-carbono, ele ficou em segundo lugar. Se conseguirmos produzir carcaças de smartphones deste material, teríamos uma opção super-resistente a quedas", diz Fernandes.
Uma opção mais simples seria investir no alumínio. "Ele é um material maleável. Mesmo que sofra alguns arranhões ou entorte um pouco, não quebraria ou ficaria estilhaçado como pode acontecer com o vidro ou a própria cerâmica", diz Villar.
Quem aí está disposto a voltar para o alumínio?
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