Topo

EUA acusam China de violar acordo para acabar com espionagem cibernética

Getty Images
Imagem: Getty Images

Christopher Bing

De Washington

09/11/2018 10h12

A China tem violado um acordo com os Estados Unidos que visa a impedir a espionagem cibernética por meio da invasão a dados governamentais e corporativos, afirmou uma importante autoridade da inteligência norte-americana.

Perguntado se a China estava violando a tratativa, o oficial da Agência de Segurança Nacional, Rob Joyce, disse: "Nós achamos que eles estão".

O acordo foi firmado em 2015 pelo então presidente dos EUA, Barack Obama, e o presidente chinês, Xi Jinping.

VEJA TAMBÉM:

"Embora não seja preto no branco [a China] cumprir o acordo ou não, está claro que hoje eles estão bem além dos limites do acordo que foi firmado entre nossos países", disse Joyce na quinta-feira (8). Ele, no entanto, acrescentou que o número de ataques caiu drasticamente desde o acordo.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, rejeitou as alegações durante coletiva de imprensa e disse que Pequim e Washington têm importantes interesses compartilhados no ciberespaço.

Pedimos que o lado dos EUA pare com suas críticas infundadas à China e nos ajude salvaguardando conjuntamente o ímpeto de cooperação e comunicação entre os dois países no campo da segurança cibernética

Hua Chunying

Em setembro de 2015, Obama anunciou que havia chegado a um "entendimento comum" com o presidente Xi para coibir espionagem econômica, mas ameaçou impor sanções contra hackers chineses que insistissem em cometer crimes cibernéticos.

VEJA TAMBÉM:

Os dois líderes disseram concordar que nenhum dos governos apoiaria conscientemente o roubo cibernético de segredos corporativos ou informações comerciais. O acordo, no entanto, ficou aquém de qualquer promessa de se abster da tradicional espionagem cibernética estatal para fins de inteligência.

Neste ano houve um ataque de hackers a um escritório do governo norte-americano, que comprometeu os dados de mais de 20 milhões de pessoas. Autoridades dos EUA identificaram a China como origem dos ataques, mas não disseram se acreditam que o governo chinês é o responsável.