Apple despenca na bolsa depois de rara redução de previsão de receita
Por Sonam Rai
BANGALORE (Reuters) - As ações da Apple chegaram a recuar até 10 por cento nesta quinta-feira após a companhia afirmar que a demanda fraca na China a fez cortar sua projeção de receita para o trimestre passado, num claro sinal dos desafios no maior mercado mundial de smartphones.
O raro aviso de piora na previsão - o primeiro da Apple em quase 12 anos - repercutiu nos mercados financeiros globais, com as fabricantes de chips que são fornecedoras da companhia norte-americana entre as mais atingidas.
O movimento de venda das ações da Apple também derrrubava o valor de mercado da Alphabet, controladora do Google, com os papéis da empresa sofrendo a maior queda diária em quase seis anos.
Às 15h19 (horário de Brasília), as ações da Apple exibiam queda de 8,3 por cento. A ação acumula queda de cerca de 30 por cento desde que o presidente-executivo, Tim Cook, disse em novembro que a companhia poderia não cumprir a estimativa de vendas de fim de ano.
Na quarta-feira, a Apple reduziu a previsão de receita para o primeiro trimestre fiscal encerrado em 29 de dezembro para 84 bilhões de dólares, abaixo da estimativa média do mercado de 88,05 bilhões de dólares. A Apple tinha originalmente estimado o faturamento no período entre 89 bilhões e 93 bilhões de dólares.
Analistas em Wall Street reduziram projeções para o preço das ações da Apple. Pelo menos 17 casas cortaram estimativas. Monness, Crespi, Hardt e Nomura Instinet fizeram os movimentos mais agressivos, reduzindo seus preços-alvo para o papel entre 100 e 200 dólares.
Em relatório intitulado "Decepção da Apple: Juntando a diferença entre a percepção e a realidade", o analista Gene Munster, da Loup Ventures, disse que embora o corte na projeção de receita estivesse sendo esperado pelo mercado, a magnitude foi surpreendente.
"É compreensível que investidores estejam juntando os cacos do que deu errado e seu impacto sobre os negócios no longo prazo", disse Munster.
Cook afirmou que a Apple não conseguiu antecipar a magnitude da desaceleração econômica na China e acrescentou que tensões comerciais entre Washington e Beijing estão adicionando pressão sobre a empresa.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.