Egito vai às urnas para eleger novo presidente
CAIRO, 21 Mai 2012 (AFP) -Os egípcios são convocados a votar quarta e quinta-feiras no primeiro turno de uma eleição presidencial histórica que irá nomear o novo chefe de Estado após a queda de Hosni Mubarak, varrido do poder por uma revolta popular em fevereiro de 2011.
Esta eleição é crucial para definir o caminho que o país tomará após uma campanha dominada pelos islamitas, vencedores das eleições legislativas, e candidatos do antigo regime que se apresentam como a garantia de um retorno à estabilidade.
País com a maior população do mundo árabe, com 82 milhões de pessoas, o Egito foi o segundo país da região, depois da Tunísia, a derrubar seu presidente sob a pressão de uma contestação popular.
"Esta eleição é definitivamente o evento político mais importante para o Egito desde a revolução" de janeiro e fevereiro do ano passado, disse Mustafá Kamel Sayyed, professor de ciência política na Universidade do Cairo.
Entre os favoritos estão o ex-chefe da Liga Árabe e ex-chanceler do governo de Mubarak, Amr Moussa, o último primeiro-ministro do país, Ahmad Chafiq, o islamita independente, Abdel Moneim Aboul Futuh, e o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Morsi.
Moussa e Chafiq concentraram suas campanhas na experiência e no retorno da estabilidade, apesar de buscarem um distanciamento da figura de Mubarak, que aguarda o resultado de seu julgamento para 2 de junho.
Futuh promete um Islã moderado, apoiado por uma coligação heterogênea que inclui fundamentalistas salafistas e jovens militantes laicos.
Morsi, por sua vez, beneficia-se da forte rede de apoio da Irmandade Muçulmana, apesar de vários observadores expressarem reservas sobre a possibilidade de a Irmandade, que já domina o Parlamento, também conquistar a Presidência.
Outros candidatos, que dispõem de poucos meios, esperam, pelo menos, ter um desempenho honroso como Hamdine Sabahi, representante da esquerda Nasser, o islamita Selim al Awa ou o jovem ativista dos direitos Humanos Khaled Ali.
Entre os candidatos, nenhum representante da comunidade cristã copta (de 6 a 10% da população) e nenhuma mulher.
O movimento dos "jovens da revolução", que iniciou a revolta que derrubou Mubarak, não apresentou candidato próprio e se dispersou entre os vários nomes conflitantes.
O primeiro turno será seguido por um segundo, em 16 e 17 de junho, caso nenhum candidato obtiver a maioria absoluta.
As Forças Armadas, que governam o país desde a queda de Mubarak prometeu entregar o poder aos civis no final de junho.
As ruas do Egito estão cobertas de cartazes eleitorais e banners, enquanto os candidatos viajam sem parar por todo o país.
Além disso, nesta campanha os egípcios puderam acompanhar o primeiro grande debate televisionado entre os candidatos presidenciais Moussa e Futuh.
"É uma experiência completamente nova para nós. Ver duas personalidades que tentam convencer as pessoas a votarem nelas, ninguém poderia ter imaginado isso há dois anos", afirmou Mohammed Saber, que acompanhou o confronto em um café no Cairo.
Uma dúzia de candidatos foi impugnada por várias razões de ordem técnica ou legal, de acordo com a comissão eleitoral.
Entre eles estava o ex-chefe dos Serviços Secretos de Mubarak, Omar Suleiman, o candidato inicial da Irmandade Muçulmana, Khairat Al Chater, e o salafista Hazem Abu Ismail.
A ausência de uma Constituição faz com que os poderes do próximo presidente, que terá um mandato de quatro anos, ainda sejam vagos. A Constituição vigente durante o regime de Mubarak foi suspensa, e a próxima ainda não começou a ser desenhada.
Esta eleição é crucial para definir o caminho que o país tomará após uma campanha dominada pelos islamitas, vencedores das eleições legislativas, e candidatos do antigo regime que se apresentam como a garantia de um retorno à estabilidade.
País com a maior população do mundo árabe, com 82 milhões de pessoas, o Egito foi o segundo país da região, depois da Tunísia, a derrubar seu presidente sob a pressão de uma contestação popular.
"Esta eleição é definitivamente o evento político mais importante para o Egito desde a revolução" de janeiro e fevereiro do ano passado, disse Mustafá Kamel Sayyed, professor de ciência política na Universidade do Cairo.
Entre os favoritos estão o ex-chefe da Liga Árabe e ex-chanceler do governo de Mubarak, Amr Moussa, o último primeiro-ministro do país, Ahmad Chafiq, o islamita independente, Abdel Moneim Aboul Futuh, e o candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammed Morsi.
Moussa e Chafiq concentraram suas campanhas na experiência e no retorno da estabilidade, apesar de buscarem um distanciamento da figura de Mubarak, que aguarda o resultado de seu julgamento para 2 de junho.
Futuh promete um Islã moderado, apoiado por uma coligação heterogênea que inclui fundamentalistas salafistas e jovens militantes laicos.
Morsi, por sua vez, beneficia-se da forte rede de apoio da Irmandade Muçulmana, apesar de vários observadores expressarem reservas sobre a possibilidade de a Irmandade, que já domina o Parlamento, também conquistar a Presidência.
Outros candidatos, que dispõem de poucos meios, esperam, pelo menos, ter um desempenho honroso como Hamdine Sabahi, representante da esquerda Nasser, o islamita Selim al Awa ou o jovem ativista dos direitos Humanos Khaled Ali.
Entre os candidatos, nenhum representante da comunidade cristã copta (de 6 a 10% da população) e nenhuma mulher.
O movimento dos "jovens da revolução", que iniciou a revolta que derrubou Mubarak, não apresentou candidato próprio e se dispersou entre os vários nomes conflitantes.
O primeiro turno será seguido por um segundo, em 16 e 17 de junho, caso nenhum candidato obtiver a maioria absoluta.
As Forças Armadas, que governam o país desde a queda de Mubarak prometeu entregar o poder aos civis no final de junho.
As ruas do Egito estão cobertas de cartazes eleitorais e banners, enquanto os candidatos viajam sem parar por todo o país.
Além disso, nesta campanha os egípcios puderam acompanhar o primeiro grande debate televisionado entre os candidatos presidenciais Moussa e Futuh.
"É uma experiência completamente nova para nós. Ver duas personalidades que tentam convencer as pessoas a votarem nelas, ninguém poderia ter imaginado isso há dois anos", afirmou Mohammed Saber, que acompanhou o confronto em um café no Cairo.
Uma dúzia de candidatos foi impugnada por várias razões de ordem técnica ou legal, de acordo com a comissão eleitoral.
Entre eles estava o ex-chefe dos Serviços Secretos de Mubarak, Omar Suleiman, o candidato inicial da Irmandade Muçulmana, Khairat Al Chater, e o salafista Hazem Abu Ismail.
A ausência de uma Constituição faz com que os poderes do próximo presidente, que terá um mandato de quatro anos, ainda sejam vagos. A Constituição vigente durante o regime de Mubarak foi suspensa, e a próxima ainda não começou a ser desenhada.