Acidente aéreo dizima comando dos guardas fronteiriços do Cazaquistão
O comando da Guarda Fronteiriça do Cazaquistão foi dizimado com o acidente na terça-feira (26) de um avião militar Antonov An-72, que deixou 27 mortos.
"Os 27 ocupantes da aeronave, incluindo sete membros da tripulação, morreram" na catástrofe ocorrida na noite de terça-feira no sul do país, indicou em um comunicado o Comitê de Segurança Nacional (KNB), do qual depende o corpo dos guardas fronteiriços.
De acordo com a nota, "entre as vítimas figura o diretor do serviço de Guarda Fronteiriça, Turganbek Stambekov, e um grupo de oficiais do comando-geral deste serviço, assim como membros do comando regional, que viajaram a Astana (capital do país) no dia 25 de dezembro para participar do Conselho Militar da Guarda Fronteiriça".
O avião caiu "às 18h55 locais (10h55 de Brasília) perto da cidade de Shymkent", no sul do país, onde deveria pousar proveniente de Astana, informou o Comitê.
O presidente do país, Nursultan Nazarbaiev, decretou para quinta-feira um luto nacional.
A televisão pública Jabar divulgou nesta quarta-feira as primeiras imagens do local da catástrofe, nas quais podiam ser vistos apenas alguns destroços da aeronave.
Segundo a rede de televisão, os habitantes da região contam que no momento no acidente ocorria uma tempestade de neve.
A procuradoria militar anunciou na noite de terça-feira que abriu uma investigação por "infração das regras de transporte aéreo".
A aeronave, um Antonov An-72 de concepção soviética capaz de transportar cerca de 50 passageiros, ou 7,5 toneladas de carga, é de 1990. Este ano foi submetida a uma revisão completa nas fábricas Antonov da Ucrânia, segundo a mesma fonte.
"A tripulação era composta de pilotos militares experientes", destacou o KNB.
O chefe da Guarda Fronteiriça, Kurganbek Stambekov, exercia suas funções de forma interina desde a renúncia de seu antecessor. Ele se retirou depois que, em maio, 14 guardas fronteiriços foram assassinados por um companheiro em um posto limítrofe com a China.