Libéria encontra 17 pacientes fugitivos infectados com Ebola
MONRõVIA, 19 Ago 2014 (AFP) - A Libéria anunciou nesta terça-feira que encontrou os 17 pacientes infectados com Ebola que fugiram no fim de semana de um centro de isolamento em Monróvia, uma fuga que havia provocado o temor de uma expansão da epidemia contagiosa.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a epidemia segue em propagação na África Ocidental, mas destacou sinais promissores em dois dos países afetados, Nigéria e Guiné.
Desde o início da epidemia, em março, a febre hemorrágica muito contagiosa provocou 1.229 mortes (casos confirmados, suspeitos ou prováveis), segundo o balanço mais recente da OMS de 16 de agosto: 466 na Libéria, 394 em Guiné, 365 em Serra Leoa e quatro na Nigéria.
Um missionário espanhol também morreu, no início de agosto, em um hospital de Madri, poucos dias depois de ter sido repatriado da Libéria.
Infectados com Ebola retornam a pé
Dezessete pacientes infectados com o vírus Ebola que fugiram de um centro de quarentena em Monróvia atacado durante o fim de semana foram encontrados, anunciou nesta terça-feira o ministro liberiano da Informação, Lewis Brown.
"Os 17 pacientes que fugiram do centro para enfermos de Ebola foram encontrados. Retornaram a pé ao hospital JFK", o principal do país, afirmou à AFP o ministro.
Os 17 haviam sido internados em um centro de isolamento no bairro de West Point, subúrbio de Monróvia, e seriam transferidos a um hospital.
Brown também informou que seis integrantes da equipe médica reagiram de maneira positiva a um soro experimental americano.
O centro de isolamento da capital liberiana foi atacado e saqueado na madrugada de domingo por homens armados com facas e cassetetes. Eles alegavam que não acreditavam na presença do vírus.
"O pior é que os que saquearam o centro pegaram colchões e toalhas manchadas de fluidos dos corpos dos doentes", lamentou na segunda-feira Brown, que chegou sugerir a possibilidade de colocar em quarentena o bairro de West Point, de 75.000 habitantes. A medida já foi adotada em três províncias do norte do país.
Novos casos de Ebola
Segundo a OMS, entre 14 e 16 de agosto foram registrados 113 novos casos de Ebola e 84 mortes nos países africanos, 53 delas apenas na Libéria, onde a situação é considerada especialmente preocupante.
A progressão da epidemia é intensa, apesar da mobilização internacional, sem precedentes desde o surgimento da doença em 1976.
Mas a OMS - que decretou em 8 de agosto uma emergência de saúde pública mundial e recomendou medidas de exceção nos países afetados - citou leves melhorias na Nigéria, o país de maior população da África, e também em Guiné.
"Há sinais promissores nos dois países", declarou a porta-voz da organização, Adelfa Chaira, em Genebra.
"O que é um bom sinal na Nigéria é que até agora foi identificada apenas uma cadeia de transmissão", disse, em referência a um homem com cidadania americana e liberiana, Patrick Sawyer, que faleceu no fim de julho em Lagos, onde desembarcou para uma viagem, e as pessoas que contaminou.
"É uma boa notícia", disse, antes de citar os "efeitos positivos" das medidas tomadas e a "vigilância" das autoridades nigerianas.
Em Guiné, origem da epidemia em março, a porta-voz citou "algumas medidas eficazes", mas destacou que o foco ainda não está controlado.
Mas diante da magnitude da crise na região, a OMS trabalha com o Programa Alimentar Mundial (PAM) para encaminhar ajuda a um milhão de pessoas que estão em quarentena em diversas regiões da Libéria, Nigéria e Serra Leoa.
Os demais países africanos continuam anunciando medidas preventivas. Camarões fechou na segunda-feira a fronteira com a Nigéria.
apo-burs/fp
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que a epidemia segue em propagação na África Ocidental, mas destacou sinais promissores em dois dos países afetados, Nigéria e Guiné.
Desde o início da epidemia, em março, a febre hemorrágica muito contagiosa provocou 1.229 mortes (casos confirmados, suspeitos ou prováveis), segundo o balanço mais recente da OMS de 16 de agosto: 466 na Libéria, 394 em Guiné, 365 em Serra Leoa e quatro na Nigéria.
Um missionário espanhol também morreu, no início de agosto, em um hospital de Madri, poucos dias depois de ter sido repatriado da Libéria.
Infectados com Ebola retornam a pé
Dezessete pacientes infectados com o vírus Ebola que fugiram de um centro de quarentena em Monróvia atacado durante o fim de semana foram encontrados, anunciou nesta terça-feira o ministro liberiano da Informação, Lewis Brown.
"Os 17 pacientes que fugiram do centro para enfermos de Ebola foram encontrados. Retornaram a pé ao hospital JFK", o principal do país, afirmou à AFP o ministro.
Os 17 haviam sido internados em um centro de isolamento no bairro de West Point, subúrbio de Monróvia, e seriam transferidos a um hospital.
Brown também informou que seis integrantes da equipe médica reagiram de maneira positiva a um soro experimental americano.
O centro de isolamento da capital liberiana foi atacado e saqueado na madrugada de domingo por homens armados com facas e cassetetes. Eles alegavam que não acreditavam na presença do vírus.
"O pior é que os que saquearam o centro pegaram colchões e toalhas manchadas de fluidos dos corpos dos doentes", lamentou na segunda-feira Brown, que chegou sugerir a possibilidade de colocar em quarentena o bairro de West Point, de 75.000 habitantes. A medida já foi adotada em três províncias do norte do país.
Novos casos de Ebola
Segundo a OMS, entre 14 e 16 de agosto foram registrados 113 novos casos de Ebola e 84 mortes nos países africanos, 53 delas apenas na Libéria, onde a situação é considerada especialmente preocupante.
A progressão da epidemia é intensa, apesar da mobilização internacional, sem precedentes desde o surgimento da doença em 1976.
Mas a OMS - que decretou em 8 de agosto uma emergência de saúde pública mundial e recomendou medidas de exceção nos países afetados - citou leves melhorias na Nigéria, o país de maior população da África, e também em Guiné.
"Há sinais promissores nos dois países", declarou a porta-voz da organização, Adelfa Chaira, em Genebra.
"O que é um bom sinal na Nigéria é que até agora foi identificada apenas uma cadeia de transmissão", disse, em referência a um homem com cidadania americana e liberiana, Patrick Sawyer, que faleceu no fim de julho em Lagos, onde desembarcou para uma viagem, e as pessoas que contaminou.
"É uma boa notícia", disse, antes de citar os "efeitos positivos" das medidas tomadas e a "vigilância" das autoridades nigerianas.
Em Guiné, origem da epidemia em março, a porta-voz citou "algumas medidas eficazes", mas destacou que o foco ainda não está controlado.
Mas diante da magnitude da crise na região, a OMS trabalha com o Programa Alimentar Mundial (PAM) para encaminhar ajuda a um milhão de pessoas que estão em quarentena em diversas regiões da Libéria, Nigéria e Serra Leoa.
Os demais países africanos continuam anunciando medidas preventivas. Camarões fechou na segunda-feira a fronteira com a Nigéria.
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