Número de mortos em atentados em Bagdá sobe para 35

Em Bagdá (Iraque)

Atentados no Iraque
Atentados no Iraque

Um atentado matou nesta quarta-feira (25), dia de Natal, 35 pessoas e feriu mais de 50 em um mercado de Bagdá, informou o ministério do Interior.

"Duas bombas explodiram em um mercado de Dura [um bairro do sul de Bagdá], matando 35 pessoas e ferindo 56", informou à AFP Saad Maan, porta-voz do ministério. Ele afirmou que o alvo do atentado era o mercado, e não uma igreja próxima, como haviam afirmando anteriormente as forças de segurança.

"A zona que foi alvo [do ataque] é uma área onde vivem muçulmanos e cristãos", acrescentou.

Um sacerdote assírio de Dura confirmou à AFP que a igreja "não tinha nada a ver com o atentado" e o patriarca caldeu, Louis-Raphael Sako, ressaltou que o ataque "era dirigido contra um local pobre próximo à igreja de Dura".

Anteriormente, um coronel da polícia havia declarado à AFP que o ataque foi cometido contra uma igreja e que havia matado fiéis cristãos que saíam de uma missa de Natal.

"O ataque tinha como alvo a igreja e a maioria dos mártires [vítimas fatais] são cristãos", declarou. "O ataque ocorreu no momento em que os fiéis deixavam a igreja", acrescentou.

O ano de 2013 foi terrível para o Iraque, com níveis de violência similares aos de 2008, quando o país saía de uma guerra civil.

Mais de 6.650 pessoas morreram desde o início do ano no país, segundo um balanço da AFP.

A maior parte dos atentados ocorrem em locais muito movimentados, como mercados, cafeterias, mesquitas, para provocar o maior número possível de vítimas.

Segundo um relatório publicado em março, pelo menos 112.000 civis morreram no Iraque nos 10 anos transcorridos desde a invasão de 2003 dirigida pelos Estados Unidos, que derrubou Saddam Hussein.

A invasão americana colocou fim ao regime de Saddam Hussein, mas abriu um capítulo sangrento na história do Iraque, convertendo o país em um campo de batalha entre insurgentes e tropas estrangeiras.

As autoridades costumam acusar a Al-Qaeda por estas ações violentas e consideram que a guerra civil na vinha Síria está favorecendo os membros da rede islamita.

Mas alguns especialistas e diplomatas afirmam que o governo é incapaz de satisfazer às demandas e frustrações que alimentam a violência.

A agitação é especialmente visível na minoria sunita, que é considerada marginalizada e perseguida pelo governo, dominado pelos xiitas.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos