Orca Lolita recebe proteção oficial no aquário de Miami
Lolita, uma orca que está há mais de quatro décadas no tanque de um aquário dos Estados Unidos, merece ter a mesma proteção que seus parentes que vivem na natureza por pertencer a uma espécie em risco de extinção, afirmaram autoridades nesta quarta-feira (4).
Defensores dos animais esperam que a decisão permita que Lolita seja libertada pelo Miami Seaquarium, onde ela viveu nos últimos 35 anos, mas a decisão sobre o destino do cetáceo continua sendo debatida legalmente.
O animal foi capturado, ainda jovem, nas águas do Estado americano de Washington (noroeste) em 1970, junto com outros seis filhotes. Todos foram enviados a parques aquáticos do país.
Pesando 3,2 toneladas, Lolita é a única sobrevivente do grupo e é considerada a orca mais velha vivendo em cativeiro nos Estados Unidos. Em média, estes cetáceos vivem 50 anos, mas podem viver até 100.
Na natureza, seus parentes, conhecidos como as orcas Residentes do Sul, receberam status de proteção especial há uma década devido ao risco de desaparecer.
Mas esta proteção não recai sobre todas as orcas, nem sobre as que vivem em cativeiro.
Grupos de defesa dos animais pediram à Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês) para rever a decisão.
"O fato de Lolita viver em cativeiro não a exclui da lista da ESA [espécies em perigo]", anunciou a NOAA na quarta-feira.
"Estamos revertendo a exclusão da regulamentação de baleias em cativeiro", acrescentou.
Com seis metros de comprimento, Lolita vive em um tanque de 10 metros de largura por 6 de profundidade, o que irrita os defensores dos animais, para os quais o espaço é pequeno demais para ela.
A NOAA indicou que o caso do cativeiro de Lolita é complexo e é avaliado por outra agência do governo americano.
"O anúncio de hoje torna tangível a possibilidade de que Lolita se aposente em um santuário marinho", destacou em um comunicado a organização Animal Legal Defense Fund. "Se for deixada em liberdade, poderá viver com dignidade", prosseguiu.
"Esta orca está presa há décadas no menor tanque para orcas da América do Norte e, nos últimos dez anos, privada da proteção oferecida pela lista de espécies em risco de extinção", condenou um porta-voz da organização PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais), Jeffrey Kerr.
O grupo disse que continuará lutando para que a baleia seja levada a um santuário nas águas do estado de Washington, ou que inclusive seja devolvida à sua família, pois acredita-se que sua mãe, de 86 anos, ainda viva.
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