Com ventos de 320 km/h, ciclone Pam deixa mortos no Pacífico
O ciclone tropical Pam, que devastou o arquipélago de Vanuatu e atingiu as Ilhas Salomão, deixou um rastro de destruição neste sábado (14) que pode ter provocado dezenas de mortes, em uma das maiores tragédias registradas no Oceano Pacífico.
O balanço exato dos danos ainda é desconhecido, em consequência das limitadas comunicações na região após a passagem do ciclone, que atingiu a categoria cinco, a máxima para este tipo de tempestade, com ventos de até 320 km/h.
"O cenário nesta manhã é de absoluta desolação, as casas estão destruídas, as árvores derrubadas, as estradas estão bloqueadas e as pessoas caminham pelas ruas em busca de ajuda", disse o voluntário Tom Skirrow, da organização Save the Children, na capital de Vanuatu, Port Vila.
Um balanço provisório da ONU, ainda não confirmado, cita a possibilidade de 44 mortes.
"Ainda é muito cedo para afirmar com certeza, as primeiras informações indicam que esta catástrofe natural pode ser uma das piores na história do Pacífico", afirmou a diretora executiva do Unicef na Nova Zelândia, Vivien Maidaborn.
A passagem de Pam pelo arquipélago de Vanuatu atingiu com violência a cidade de Port Vila, provocando grandes inundações.
Sune Gudnitz, diretora do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) para o Pacífico, afirmou à AFP que muitas pessoas morreram, mas ainda não existe um balanço oficial.
Para Vivien Maidaborn, a força do ciclone pode "ter resultados devastadores em toda a região".
Segundo ela, o Unicef trabalha com as autoridades de Vanuatu, Fiji e Ilhas Salomão para oferecer apoio.
Uma porta-voz do Unicef, Alice Clements, disse que a passagem da tempestade foi um momento de "absoluto terror" para o país, com duração de 15 a 30 minutos.
Charlie Damon, da organização Care International, afirmou que prédios ficaram destruídos e que muitas pessoas buscaram refúgio nos abrigos, que ficaram inundados, o que deixou muitas vítimas nas ruas.
O ciclone cruzou a principal ilha de Vanuatu, onde vivem 65 mil pessoas, além de várias ilhas ao sul, com cerca de 33 mil habitantes.
De acordo com a Cruz Vermelha, na região sul do arquipélago os moradores buscaram refúgio em cavernas e outras áreas naturais.
"Estamos muito preocupados com a segurança e o bem-estar de dezenas de milhares de pessoas após a passagem de um dos ciclones mais intensos a atingir na história qualquer país do Pacífico", disse o diretor dos programas de ajuda internacional da Cruz Vermelha na Austrália, Peter Walton.
Durante uma conferência da ONU no Japão sobre a prevenção de catástrofes naturais, o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, anunciou que expressou pêsames ao presidente de Vanuatu e manifestou solidariedade com os habitantes do arquipélago.
Neville Koop, do Serviço de Meteorologia de Fiji, disse que o ciclone perdia força e avançava lentamente de Vanuatu para Fiji e Nova Caledônia. De acordo com as previsões, o fenômeno deve atingir na segunda-feira a Ilha Norte da Nova Zelândia.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.