Conselho de Segurança da ONU supervisará fim do conflito na Colômbia
Nova York, 25 Jan 2016 (AFP) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou nesta segunda-feira, por unanimidade, uma resolução para supervisar o fim do conflito na Colômbia, atendendo a um pedido do governo do país e da guerrilha das Farc, constatou a AFP.
O texto, aprovado pelos 15 membros do máximo órgão decisório da ONU, reunido em Nova York, estabelece, entre outros pontos, o envio de uma "missão política" durante um ano para participar de um "mecanismo tripartite" para "vigiar e verificar o cessar-fogo e o fim bilateral e definitivo das hostilidades".
A resolução foi aprovada pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Reino Unido, França, Estados Unidos, China e Rússia) e pelos dez rotativos, entre eles o Uruguai - que exerce a presidência da entidade neste momento -, Espanha e Venezuela.
"Esta decisão do Conselho é uma manifestação de seu compromisso para o acerto pacífico de controvérsias. Sua vontade de trabalhar com a Colômbia neste tema é fundamental para o sucesso deste processo", disse a chanceler María Holguín, presente no recinto durante a sessão.
"Hoje é um dia muito importante para a Colômbia. Vemos a luz que a cada dia se aproxima mais", acrescentou Holguín em coletiva de imprensa posterior, em alusão às negociações de paz com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, marxistas) iniciadas em 2012, em Havana, e cujo acordo final poderá ser assinado no fim de março.
A missão da ONU, liderada por um representante especial do secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, terá entre suas tarefas supervisar também a "entrega de armas".
"A missão será política, integrada por observadores internacionais desarmados, que se encarregará de vigiar e verificar a deposição das armas e fará parte do mecanismo tripartite", diz o texto.
Pedido das duas partesA ONU foi informada oficialmente do pedido das duas partes de uma carta enviada pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, à presidência do Conselho de Segurança e à secretaria-geral, acompanhada de um comunicado conjunto assinado pelo governo e pelos rebeldes das Farc em Havana.
A assessoria de Ban deverá preparar agora recomendações detalhadas "com relação ao tamanho e aos aspectos operacionais da missão", que será integrada a princípio por especialistas dos Estados-membros da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
Segundo fontes diplomáticas, assim que o cessar-fogo bilateral for assinado formalmente, será adotada uma segunda resolução sobre a dispersão da missão.
"A montagem será iniciada imediatamente tanto aqui quanto no terreno", explicou Holguín.
O chanceler uruguaio e presidente em exercício do Conselho de Segurança, Rodolfo Nin Noboa, manifestou sua "grande satisfação" e saudou a Colômbia por "este passo fundamental".
"Resta o último esforço para que no próximo 23 de março seja assinado o acordo", acrescentou.
"É um momento positivo. Passou muito tempo sem que um país viesse ao Conselho de Segurança por vontade própria e tenha uma autorização da ONU sobre uma parte importante de um acordo de paz", afirmou o embaixador britânico Matthew Rycroft antes da votação.
Segundo Holguín, esta foi a 14ª ocasião em 70 anos de existência da ONU em que uma resolução é apresentada e aprovada por todos os membros do Conselho de Segurança.
A guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, marxistas) - com sete mil combatentes - e o governo Santos negociam desde 2012 em Havana um fim para o conflito armado, iniciado nos anos 1960, e que em mais de 50 anos deixou 220.000 mortos e mais de seis milhões de desaparecidos, segundo dados oficiais.
O texto, aprovado pelos 15 membros do máximo órgão decisório da ONU, reunido em Nova York, estabelece, entre outros pontos, o envio de uma "missão política" durante um ano para participar de um "mecanismo tripartite" para "vigiar e verificar o cessar-fogo e o fim bilateral e definitivo das hostilidades".
A resolução foi aprovada pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (Reino Unido, França, Estados Unidos, China e Rússia) e pelos dez rotativos, entre eles o Uruguai - que exerce a presidência da entidade neste momento -, Espanha e Venezuela.
"Esta decisão do Conselho é uma manifestação de seu compromisso para o acerto pacífico de controvérsias. Sua vontade de trabalhar com a Colômbia neste tema é fundamental para o sucesso deste processo", disse a chanceler María Holguín, presente no recinto durante a sessão.
"Hoje é um dia muito importante para a Colômbia. Vemos a luz que a cada dia se aproxima mais", acrescentou Holguín em coletiva de imprensa posterior, em alusão às negociações de paz com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, marxistas) iniciadas em 2012, em Havana, e cujo acordo final poderá ser assinado no fim de março.
A missão da ONU, liderada por um representante especial do secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, terá entre suas tarefas supervisar também a "entrega de armas".
"A missão será política, integrada por observadores internacionais desarmados, que se encarregará de vigiar e verificar a deposição das armas e fará parte do mecanismo tripartite", diz o texto.
Pedido das duas partesA ONU foi informada oficialmente do pedido das duas partes de uma carta enviada pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, à presidência do Conselho de Segurança e à secretaria-geral, acompanhada de um comunicado conjunto assinado pelo governo e pelos rebeldes das Farc em Havana.
A assessoria de Ban deverá preparar agora recomendações detalhadas "com relação ao tamanho e aos aspectos operacionais da missão", que será integrada a princípio por especialistas dos Estados-membros da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
Segundo fontes diplomáticas, assim que o cessar-fogo bilateral for assinado formalmente, será adotada uma segunda resolução sobre a dispersão da missão.
"A montagem será iniciada imediatamente tanto aqui quanto no terreno", explicou Holguín.
O chanceler uruguaio e presidente em exercício do Conselho de Segurança, Rodolfo Nin Noboa, manifestou sua "grande satisfação" e saudou a Colômbia por "este passo fundamental".
"Resta o último esforço para que no próximo 23 de março seja assinado o acordo", acrescentou.
"É um momento positivo. Passou muito tempo sem que um país viesse ao Conselho de Segurança por vontade própria e tenha uma autorização da ONU sobre uma parte importante de um acordo de paz", afirmou o embaixador britânico Matthew Rycroft antes da votação.
Segundo Holguín, esta foi a 14ª ocasião em 70 anos de existência da ONU em que uma resolução é apresentada e aprovada por todos os membros do Conselho de Segurança.
A guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, marxistas) - com sete mil combatentes - e o governo Santos negociam desde 2012 em Havana um fim para o conflito armado, iniciado nos anos 1960, e que em mais de 50 anos deixou 220.000 mortos e mais de seis milhões de desaparecidos, segundo dados oficiais.