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Dilma declara guerra ao mosquito transmissor do zika no Brasil

28/01/2016 21h18

Brasília, 28 Jan 2016 (AFP) - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira que o governo vai garantir todos os recursos necessários para combater o mosquito Aedes Aegypti, mas alertou que a batalha contra o vetor do zika vírus será "de médio prazo".

"O governo federal está garantindo todos os recursos para a eliminação do mosquito" que transmite o zika vírus, contra o qual ainda não há vacina, afirmou a presidente em coletiva de imprensa em Brasília.

O maior país da América Latina lidera as estatísticas de infecções pelo zika vírus, doença transmitida pelo mosquito Aedes Aeypti, também vetor da dengue, chikungunya e febre amarela.

As autoridades sanitárias investigam um possível vínculo entre o vírus e malformações congênitas em recém-nascidos, depois que foi detectado um aumento inusitado de casos de microcefalia no Brasil em 2015, quando foi descoberto que o zika estava circulando amplamente pelo país.

Dilma alertou que será uma "batalha de médio prazo" e enquanto a vacina contra o vírus não estiver disponível, é preciso "combater imediatamente a microcefalia. Precisamos proteger nossas mães e nossas crianças do mosquito".

O Brasil convocou para 13 de fevereiro um dia de mobilização nacional em que 220.000 militares irão porta a porta aconselhar os moradores sobre como erradicar e prevenir os focos do mosquito, que prolifera em águas paradas de zonas tropicais e temperadas.

A epidemia de zika, aparentemente benigna, mas suspeita de causar má-formação congênita, "se propaga de maneira explosiva" no continente americano, alertou nesta quinta-feira a diretora global da OMS, anunciando uma reunião do comitê de emergência em 1º de fevereiro.

"O vírus foi detectado ano passado na região das Américas, onde se propaga de maneira explosiva", afirmou Margaret Chan durante uma reunião de informações para os Estados-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Genebra.

"Atualmente, casos foram notificados em 23 países e territórios na região. O nível de alerta é extremamente alto", acrescentou.

Na próxima terça-feira haverá uma reunião de ministros da Saúde do Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela - em Montevidéu.