Fracking é aprovado no Reino Unido pela primeira vez desde 2011
Londres, 23 Mai 2016 (AFP) - Um projeto de extração de gás de xisto por fraturamento hidráulico foi aprovado no Reino Unido na segunda-feira, pela primeira vez desde 2011, após conselheiros do condado de Yorkshire votarem um plano duramente criticado por ambientalistas e moradores.
Depois de ouvir os argumentos a favor e contra o método, enquanto manifestantes se reuniam do lado de fora, o Conselho do Condado de North Yorkshire deu seu aval, por sete votos a quatro, para a realização do projeto de fracking.
"Este é, de longe, o requerimento mais controverso, com o qual tivemos de lidar até hoje", disse o presidente da comissão, Peter Sowray.
A comissão tinha recebido 4.375 objeções ao projeto da empresa britânica Third Energy e 36 declarações de apoio.
Em 2011, testes revelaram que a técnica de fracking, que consiste em injetar água, areia e produtos químicos no subsolo para liberar petróleo e gás de xisto, teria causado, provavelmente, pequenos terremotos no noroeste da Inglaterra.
Os moradores expressaram medo de que o fraturamento hidráulico possa prejudicar o turismo na região, contaminar a água, afetar animais selvagens, causar terremotos e contribuir para a mudança climática global.
A Third Energy garantiu ter, porém, um histórico sólido na área e que usará um poço de três quilômetros de profundidade que foi perfurado em 2013 e já estava em operação.
"A Third Energy vem perfurando poços, produzindo gás e gerando eletricidade de maneira segura e discreta em North Yorkshire há mais de 20 anos, e vamos continuar mantendo a mesma atitude responsável no futuro", declarou o presidente-executivo da empresa, Rasik Valand.
Reunidos do lado de fora da sede do Conselho do Condado, na cidade de Northallerton, com faixas e cartazes durante essa reunião de dois dias, os manifestantes responderam à decisão com vaias e gritos de "nós dizemos não".
"Apesar dessa decisão, o apoio público ao fracking está despencando. Os riscos para a saúde e o meio ambiente são inaceitáveis, e nós vamos lutar", afirmou Simon Bowens, ativista, em Yorkshire, da Friends of The Earth (Amigos da Terra), rede internacional de organizações ambientais.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu ir "com toda a força para o xisto", em uma tentativa de aumentar a independência energética do país, enquanto os campos de petróleo do Mar do Norte diminuem.
Em dezembro de 2015, reguladores da indústria britânica concederam 93 licenças para a exploração de gás e de petróleo de xisto. Legisladores também aprovaram o uso do fracking no subsolo de parques nacionais.
Em um comunicado, o Conselho do condado de North Yorkshire disse que o processo foi "longo e complicado" e que a política do governo de apoio ao fracking tinha de ser levada em conta.
"Essa foi uma decisão muito difícil para o Conselho, e nós sabemos que é uma decisão difícil para as pessoas desse condado", reconheceu o chefe-executivo de North Yorkshire, Richard Flinton.
nol/ach/db/tt
BARCLAYS
Depois de ouvir os argumentos a favor e contra o método, enquanto manifestantes se reuniam do lado de fora, o Conselho do Condado de North Yorkshire deu seu aval, por sete votos a quatro, para a realização do projeto de fracking.
"Este é, de longe, o requerimento mais controverso, com o qual tivemos de lidar até hoje", disse o presidente da comissão, Peter Sowray.
A comissão tinha recebido 4.375 objeções ao projeto da empresa britânica Third Energy e 36 declarações de apoio.
Em 2011, testes revelaram que a técnica de fracking, que consiste em injetar água, areia e produtos químicos no subsolo para liberar petróleo e gás de xisto, teria causado, provavelmente, pequenos terremotos no noroeste da Inglaterra.
Os moradores expressaram medo de que o fraturamento hidráulico possa prejudicar o turismo na região, contaminar a água, afetar animais selvagens, causar terremotos e contribuir para a mudança climática global.
A Third Energy garantiu ter, porém, um histórico sólido na área e que usará um poço de três quilômetros de profundidade que foi perfurado em 2013 e já estava em operação.
"A Third Energy vem perfurando poços, produzindo gás e gerando eletricidade de maneira segura e discreta em North Yorkshire há mais de 20 anos, e vamos continuar mantendo a mesma atitude responsável no futuro", declarou o presidente-executivo da empresa, Rasik Valand.
Reunidos do lado de fora da sede do Conselho do Condado, na cidade de Northallerton, com faixas e cartazes durante essa reunião de dois dias, os manifestantes responderam à decisão com vaias e gritos de "nós dizemos não".
"Apesar dessa decisão, o apoio público ao fracking está despencando. Os riscos para a saúde e o meio ambiente são inaceitáveis, e nós vamos lutar", afirmou Simon Bowens, ativista, em Yorkshire, da Friends of The Earth (Amigos da Terra), rede internacional de organizações ambientais.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, prometeu ir "com toda a força para o xisto", em uma tentativa de aumentar a independência energética do país, enquanto os campos de petróleo do Mar do Norte diminuem.
Em dezembro de 2015, reguladores da indústria britânica concederam 93 licenças para a exploração de gás e de petróleo de xisto. Legisladores também aprovaram o uso do fracking no subsolo de parques nacionais.
Em um comunicado, o Conselho do condado de North Yorkshire disse que o processo foi "longo e complicado" e que a política do governo de apoio ao fracking tinha de ser levada em conta.
"Essa foi uma decisão muito difícil para o Conselho, e nós sabemos que é uma decisão difícil para as pessoas desse condado", reconheceu o chefe-executivo de North Yorkshire, Richard Flinton.
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