Governo francês segue inflexível diante de greves por reforma trabalhista
Paris, 28 Mai 2016 (AFP) - O governo francês permanecia firme neste sábado diante da revolta social contra a reforma trabalhista, em meio a uma nova semana de mobilizações convocadas pelos sindicatos, que querem manter a pressão sobre as autoridades para obter a retirada do projeto.
"Minha porta segue aberta, continuo disposto a discutir. Mas quando um texto foi discutido, gerou compromissos com as partes sociais, foi adotado pela Assembleia Nacional (câmara baixa), considero que minha responsabilidade é ir até o fim", declarou o primeiro-ministro, Manuel Valls, aos leitores do jornal Aujourd'hui en France.
Há quase três meses, o texto, atualmente em discussão no Parlamento, divide a maioria socialista no poder, ao mesmo tempo em que seus detratores tentam paralisar o país para forçar sua retirada.
"Permanecerei firme porque é uma boa reforma", disse na sexta-feira o chefe de Estado, François Hollande, ao fim da cúpula do G7 no Japão, reiterando seu apoio ao seu primeiro-ministro.
"Retirar o texto de lei seria uma coisa ruim para os trabalhadores", insistiu neste sábado Manuel Valls.
Valls se reunia neste sábado com os grupos petrolíferos e de transportes, dois dos setores mais afetados pelos bloqueios organizados pelos opositores da reforma.
O objetivo desta reunião é analisar o fornecimento atual de combustível, perturbado nos últimos dias após a paralisação total ou parcial de seis das oito refinarias francesas.
As forças de ordem desbloquearam na sexta-feira 15 depósitos petrolíferos (dos 100 que o país tem), mas 20% dos postos de combustível seguiam com dificuldades de fornecimento, segundo o governo.
"Determinação""Seguiremos liberando esses locais com determinação", insistiu Valls, diante do alerta do setor hoteleiro e de restaurantes, que apontaram "cancelamentos importantes" em Paris e no oeste da França por culpa das greves e dos problemas de combustível.
Diante do racionamento de combustível, os franceses, reagiram de forma contraditória. Queixam-se nas filas para obter combustível, mas ao mesmo tempo são cada vez mais partidários da suspensão do texto. Sete em cada dez franceses querem a retirada do projeto "para evitar a paralisação do país", segundo uma pesquisa.
Na quinta-feira, dezenas de milhares de manifestantes (300.000, segundo o sindicato CGT, 153.000, de acordo com as autoridades) saíram novamente às ruas de toda a França. Os oito sindicatos contrários à lei, que a consideram excessivamente liberal, convocaram na sexta-feira a "continuar e amplificar a mobilização".
O conflito pode se propagar na próxima semana aos transportes.
Na terça-feira, em um dia que se anuncia crucial, a menos de duas semanas do início da Eurocopa de futebol, estão convocadas greves na rede ferroviária, no metrô parisiense e na aviação civil.
No dia 14 de junho está previsto um novo dia de mobilização, com uma "importante manifestação nacional" em Paris.
bur-blb/at/es/meb/ma
"Minha porta segue aberta, continuo disposto a discutir. Mas quando um texto foi discutido, gerou compromissos com as partes sociais, foi adotado pela Assembleia Nacional (câmara baixa), considero que minha responsabilidade é ir até o fim", declarou o primeiro-ministro, Manuel Valls, aos leitores do jornal Aujourd'hui en France.
Há quase três meses, o texto, atualmente em discussão no Parlamento, divide a maioria socialista no poder, ao mesmo tempo em que seus detratores tentam paralisar o país para forçar sua retirada.
"Permanecerei firme porque é uma boa reforma", disse na sexta-feira o chefe de Estado, François Hollande, ao fim da cúpula do G7 no Japão, reiterando seu apoio ao seu primeiro-ministro.
"Retirar o texto de lei seria uma coisa ruim para os trabalhadores", insistiu neste sábado Manuel Valls.
Valls se reunia neste sábado com os grupos petrolíferos e de transportes, dois dos setores mais afetados pelos bloqueios organizados pelos opositores da reforma.
O objetivo desta reunião é analisar o fornecimento atual de combustível, perturbado nos últimos dias após a paralisação total ou parcial de seis das oito refinarias francesas.
As forças de ordem desbloquearam na sexta-feira 15 depósitos petrolíferos (dos 100 que o país tem), mas 20% dos postos de combustível seguiam com dificuldades de fornecimento, segundo o governo.
"Determinação""Seguiremos liberando esses locais com determinação", insistiu Valls, diante do alerta do setor hoteleiro e de restaurantes, que apontaram "cancelamentos importantes" em Paris e no oeste da França por culpa das greves e dos problemas de combustível.
Diante do racionamento de combustível, os franceses, reagiram de forma contraditória. Queixam-se nas filas para obter combustível, mas ao mesmo tempo são cada vez mais partidários da suspensão do texto. Sete em cada dez franceses querem a retirada do projeto "para evitar a paralisação do país", segundo uma pesquisa.
Na quinta-feira, dezenas de milhares de manifestantes (300.000, segundo o sindicato CGT, 153.000, de acordo com as autoridades) saíram novamente às ruas de toda a França. Os oito sindicatos contrários à lei, que a consideram excessivamente liberal, convocaram na sexta-feira a "continuar e amplificar a mobilização".
O conflito pode se propagar na próxima semana aos transportes.
Na terça-feira, em um dia que se anuncia crucial, a menos de duas semanas do início da Eurocopa de futebol, estão convocadas greves na rede ferroviária, no metrô parisiense e na aviação civil.
No dia 14 de junho está previsto um novo dia de mobilização, com uma "importante manifestação nacional" em Paris.
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