Empresa chinesa pede desculpas por anúncio racista
Pequim, 29 Mai 2016 (AFP) - Uma empresa chinesa acusada de racismo por um anúncio polêmico no qual um ator negro sai de uma máquina de lavar como um atraente jovem asiático pediu desculpas neste domingo pelo dano causado aos africanos.
"Pedimos desculpas pelos danos causados aos africanos com a divulgação da publicidade e a exposição exagerada do assunto nos meios de comunicação", afirmou a companhia em um comunicado divulgado pela rede social oficial chinesa.
"Lamentamos que a publicidade tenha causado tanta controvérsia", acrescentou.
A empresa informou no comunicado enviado na noite de sábado que parou de transmitir este anúncio. Ela havia rejeitado as críticas na sexta-feira, argumentando que os meios de comunicação estrangeiros são "muito suscetíveis".
"Nós só queríamos promover nosso produto. Os meios de comunicação estrangeiros talvez sejam bastante suscetíveis", declarou um porta-voz do grupo de cosméticos Shanghai Leishang, citado pelo jornal oficial Global Times.
Este anúncio para a marca de detergente Qiaobi, divulgado nos últimos dias na internet, mostra um homem negro musculoso com uma camiseta branca manchada de tinta que se aproxima de uma jovem chinesa que está lavando roupas. A menina põe na boca do homem uma dose de detergente, antes de colocá-lo à força na máquina de lavar.
Instantes depois, um jovem asiático com uma camiseta branca imaculada sai da lavadora e deixa a garota fascinada.
A publicidade, que viralizou rapidamente, desencadeou uma onda de protestos nos sites de informação americanos, que criticaram os preconceitos e discriminações que as pessoas negras sofrem na China.
Leishang, que comercializa o detergente, não quis responder à AFP.
O anúncio foi gravado no início de 2016, mas acabou sendo utilizada uma versão reduzida "onde o (ator) negro não aparecia. Não entendemos como a versão completa foi repentinamente divulgada na internet", disse o porta-voz, segundo o Global Times.
As imagens não provocaram a mesma indignação na China, embora depois da polêmica internacional alguns internautas tenham expressado seu mal-estar na plataforma de microblogs Weibo.
A preferência tradicional na China pelas pessoas de pele branca, que constitui um critério de beleza tradicional, junto à pequena diversidade étnica nos meios de comunicação, contribuem para uma certa rejeição em relação às pessoas negras.
O aumento das relações comerciais com a África contribuiu para uma maior presença da população expatriada de origem africana na China, sobretudo em Cantão (sul).
"Pedimos desculpas pelos danos causados aos africanos com a divulgação da publicidade e a exposição exagerada do assunto nos meios de comunicação", afirmou a companhia em um comunicado divulgado pela rede social oficial chinesa.
"Lamentamos que a publicidade tenha causado tanta controvérsia", acrescentou.
A empresa informou no comunicado enviado na noite de sábado que parou de transmitir este anúncio. Ela havia rejeitado as críticas na sexta-feira, argumentando que os meios de comunicação estrangeiros são "muito suscetíveis".
"Nós só queríamos promover nosso produto. Os meios de comunicação estrangeiros talvez sejam bastante suscetíveis", declarou um porta-voz do grupo de cosméticos Shanghai Leishang, citado pelo jornal oficial Global Times.
Este anúncio para a marca de detergente Qiaobi, divulgado nos últimos dias na internet, mostra um homem negro musculoso com uma camiseta branca manchada de tinta que se aproxima de uma jovem chinesa que está lavando roupas. A menina põe na boca do homem uma dose de detergente, antes de colocá-lo à força na máquina de lavar.
Instantes depois, um jovem asiático com uma camiseta branca imaculada sai da lavadora e deixa a garota fascinada.
A publicidade, que viralizou rapidamente, desencadeou uma onda de protestos nos sites de informação americanos, que criticaram os preconceitos e discriminações que as pessoas negras sofrem na China.
Leishang, que comercializa o detergente, não quis responder à AFP.
O anúncio foi gravado no início de 2016, mas acabou sendo utilizada uma versão reduzida "onde o (ator) negro não aparecia. Não entendemos como a versão completa foi repentinamente divulgada na internet", disse o porta-voz, segundo o Global Times.
As imagens não provocaram a mesma indignação na China, embora depois da polêmica internacional alguns internautas tenham expressado seu mal-estar na plataforma de microblogs Weibo.
A preferência tradicional na China pelas pessoas de pele branca, que constitui um critério de beleza tradicional, junto à pequena diversidade étnica nos meios de comunicação, contribuem para uma certa rejeição em relação às pessoas negras.
O aumento das relações comerciais com a África contribuiu para uma maior presença da população expatriada de origem africana na China, sobretudo em Cantão (sul).
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