Israel adota primeiras medidas após atentado palestino em Tel Aviv
Tel Aviv, 9 Jun 2016 (AFP) - Israel cancelou nesta quinta-feira milhares de vistos de entrada de palestinos durante o Ramadã e anunciou a mobilização de dois batalhões na Cisjordânia ocupada, em resposta ao sangrento atentado da véspera em Tel Aviv.
O governo pode anunciar mais medidas ao término de uma reunião que deve ser realizada nesta quinta-feira.
"Não vou detalhar as medidas que vamos tomar, mas não tenho a intenção de me limitar a declarações", declarou o novo ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, no local onde ocorreu o atentado.
Na noite de quarta-feira dois palestinos de vinte anos abriram fogo em Sarona, um bairro muito movimentado, com bares e restaurantes, perto do ministério da Defesa.
Quatro israelenses morreram, cinco ficaram feridos e os dois atiradores foram detidos, um deles depois de ter sido atingido por um tiro.
As imagens das câmeras de segurança mostram os momentos de pânico durante o ataque. Dois homens de terno e gravata, parecidos com executivos, abriram fogo com armas, aparentemente automáticas, no restaurante Max Brenner.
Um dia após o atentado, o restaurante estava aberto para demonstrar que a vida continua e do lado de fora dezenas de adolescentes cantavam ao som de um violão. "Não tenha medo, seja forte se estiver sozinho", dizia uma das músicas.
Quatro israelenses, dois homens e duas mulheres, morreram no ataque: Ido Ben Arie, 42 anos, Michael Feige (58), Ilana Nave (39) e Mila Michaiev (32).
Os autores do atentado foram identificados como Khaled Mohammad Majamrah e Mohamad Ahmad Majamrah, dois primos de 22 e 21 anos respectivamente, um estudante e um trabalhador, nascidos em Yatta, uma localidade próxima a Hebron, na Cisjordânia ocupada.
Um dos atiradores foi detido sem ferimentos e o outro teria sido atingido por tiros e se encontraria em estado grave.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que retornou de uma viagem a Moscou, visitou o local do atentado após uma reunião com o novo ministro da Defesa, Avigdor Lieberman.
"Teremos ações intensivas da polícia, do exército e de outros serviços de segurança, não apenas para capturar cada cúmplice deste assassinato, mas também para prevenir este tipo de atos", disse Netanyahu.
Operações durante a noiteDurante a noite, os soldados israelenses entraram em Yatta, onde realizaram operações de busca em várias casas e detiveram muitas pessoas, informou uma porta-voz do exército. Yatta está cercada e ninguém pode sair, exceto por razões humanitárias, segundo a mesma fonte.
O pai de Mohamad Ahmad Majamrah disse que os militares tiraram as medidas da casa, uma ação prévia à demolição como punição.
Ao mesmo tempo, Israel anunciou a suspensão de 83.000 permissões de entrada de palestinos durante o Ramadã.
"Todas as permissões concedidas pelo Ramadã, em particular as permissões destinadas às visitas familiares (para os palestinos) procedentes de Judeia-Samaria ficam congeladas", anunciou o COGAT, organismo de coordenação das atividades israelenses nos territórios palestinos.
Judeia-Samaria é o nome utilizado pelo governo israelense para a Cisjordânia ocupada.
Uma parte das permissões envolve os palestinos que viajam a Jerusalém Oriental - a parte palestina de Jerusalém ocupada e anexada por Israel - durante o mês sagrado do jejum muçulmano, que começou na segunda-feira passada.
O governo israelense também decidiu congelar todos os pedidos de permissão dos habitantes de Gaza, um território separado geograficamente da Cisjordânia ocupada e de Jerusalém pelo território israelense.
Muitos habitantes de Gaza solicitam durante o Ramadã a possibilidade de sair de Gaza, um território submetido a um rígido bloqueio, para rezar na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental.
Israel mobilizará centenas de soldados de reforço na Cisjordânia, um território palestino ocupado, anunciou nesta quinta-feira o exército israelense.
"Depois de examinar a situação, a divisão de Judeia-Samaria será reforçada com dois batalhões", disse um porta-voz do exército, o coronel Peter Lerner. Segundo fontes militares, se trataria de mais uma centena de soldados.
O ataque de Tel Aviv foi o mais grave cometido por palestinos contra israelenses desde o início, em outubro do ano passado, do atual ciclo de violência.
Israel, Jerusalém e os territórios palestinos vivem uma onda de violência que matou 207 palestinos, 28 israelenses, dois americanos, um eritreu e um sudanês desde outubro do ano passado, segundo um balanço da AFP.
Muitos palestinos mortos eram autores ou supostos autores de ataques, a maioria cometidos com facas. Vários agressores eram moradores de Hebron, sul da Cisjordânia ocupada.
O governo pode anunciar mais medidas ao término de uma reunião que deve ser realizada nesta quinta-feira.
"Não vou detalhar as medidas que vamos tomar, mas não tenho a intenção de me limitar a declarações", declarou o novo ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, no local onde ocorreu o atentado.
Na noite de quarta-feira dois palestinos de vinte anos abriram fogo em Sarona, um bairro muito movimentado, com bares e restaurantes, perto do ministério da Defesa.
Quatro israelenses morreram, cinco ficaram feridos e os dois atiradores foram detidos, um deles depois de ter sido atingido por um tiro.
As imagens das câmeras de segurança mostram os momentos de pânico durante o ataque. Dois homens de terno e gravata, parecidos com executivos, abriram fogo com armas, aparentemente automáticas, no restaurante Max Brenner.
Um dia após o atentado, o restaurante estava aberto para demonstrar que a vida continua e do lado de fora dezenas de adolescentes cantavam ao som de um violão. "Não tenha medo, seja forte se estiver sozinho", dizia uma das músicas.
Quatro israelenses, dois homens e duas mulheres, morreram no ataque: Ido Ben Arie, 42 anos, Michael Feige (58), Ilana Nave (39) e Mila Michaiev (32).
Os autores do atentado foram identificados como Khaled Mohammad Majamrah e Mohamad Ahmad Majamrah, dois primos de 22 e 21 anos respectivamente, um estudante e um trabalhador, nascidos em Yatta, uma localidade próxima a Hebron, na Cisjordânia ocupada.
Um dos atiradores foi detido sem ferimentos e o outro teria sido atingido por tiros e se encontraria em estado grave.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que retornou de uma viagem a Moscou, visitou o local do atentado após uma reunião com o novo ministro da Defesa, Avigdor Lieberman.
"Teremos ações intensivas da polícia, do exército e de outros serviços de segurança, não apenas para capturar cada cúmplice deste assassinato, mas também para prevenir este tipo de atos", disse Netanyahu.
Operações durante a noiteDurante a noite, os soldados israelenses entraram em Yatta, onde realizaram operações de busca em várias casas e detiveram muitas pessoas, informou uma porta-voz do exército. Yatta está cercada e ninguém pode sair, exceto por razões humanitárias, segundo a mesma fonte.
O pai de Mohamad Ahmad Majamrah disse que os militares tiraram as medidas da casa, uma ação prévia à demolição como punição.
Ao mesmo tempo, Israel anunciou a suspensão de 83.000 permissões de entrada de palestinos durante o Ramadã.
"Todas as permissões concedidas pelo Ramadã, em particular as permissões destinadas às visitas familiares (para os palestinos) procedentes de Judeia-Samaria ficam congeladas", anunciou o COGAT, organismo de coordenação das atividades israelenses nos territórios palestinos.
Judeia-Samaria é o nome utilizado pelo governo israelense para a Cisjordânia ocupada.
Uma parte das permissões envolve os palestinos que viajam a Jerusalém Oriental - a parte palestina de Jerusalém ocupada e anexada por Israel - durante o mês sagrado do jejum muçulmano, que começou na segunda-feira passada.
O governo israelense também decidiu congelar todos os pedidos de permissão dos habitantes de Gaza, um território separado geograficamente da Cisjordânia ocupada e de Jerusalém pelo território israelense.
Muitos habitantes de Gaza solicitam durante o Ramadã a possibilidade de sair de Gaza, um território submetido a um rígido bloqueio, para rezar na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental.
Israel mobilizará centenas de soldados de reforço na Cisjordânia, um território palestino ocupado, anunciou nesta quinta-feira o exército israelense.
"Depois de examinar a situação, a divisão de Judeia-Samaria será reforçada com dois batalhões", disse um porta-voz do exército, o coronel Peter Lerner. Segundo fontes militares, se trataria de mais uma centena de soldados.
O ataque de Tel Aviv foi o mais grave cometido por palestinos contra israelenses desde o início, em outubro do ano passado, do atual ciclo de violência.
Israel, Jerusalém e os territórios palestinos vivem uma onda de violência que matou 207 palestinos, 28 israelenses, dois americanos, um eritreu e um sudanês desde outubro do ano passado, segundo um balanço da AFP.
Muitos palestinos mortos eram autores ou supostos autores de ataques, a maioria cometidos com facas. Vários agressores eram moradores de Hebron, sul da Cisjordânia ocupada.