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Nova prefeita de Roma chega a seu gabinete

23/06/2016 16h27

Roma, 23 Jun 2016 (AFP) - A primeira mulher prefeita de Roma, Virgina Raggi, de 37 anos, chegou nesta quinta-feira em um carro elétrico ao Capitólio - um símbolo dos tempos - para assumir seu cargo, e pediu ajuda aos romanos para transformar a cidade.

Vestida com um terno azul e com uma faixa tricolor (vermelha, branca e verde), Raggi apareceu na varanda de seu escritório com vista para o fórum romano, no antigo coração da Cidade Eterna, e visivelmente emocionada, saudou o público.

A prefeita prometeu que a partir dessa quinta-feira entraria em contato com os responsáveis dos transportes da cidade e dos serviços de recolhimento de lixo.

O estado de calamidade dos transportes e o mal funcionamento do recolhimento de resíduos são dois temas que causam irritação nos três milhões de romanos.

Raggi, do Movimento Cinco Estrelas (populista), foi oficialmente proclamada prefeita de Roma na quarta-feira, após ter ganho no domingo o segundo turno das eleições municipais com 67,15% dos votos.

Apesar dessa vitória contundente, a nova prefeita de Roma advertiu seus cidadãos que não tem uma "varinha mágica" e necessitará deles para tirar a cidade dessa situação.

"Nos deixaram uma cidade coberta de escombros, verdadeiramente. Mas tenho confiança: podemos inverter o rumo deste automóvel que vai direto de encontro ao muro", prometeu na quarta à noite, ao ser perguntada pela emissora Euronews.

"Sempre disse que Roma irá mudar se os romanos mudarem", acrescentou.

A nova prefeita prometeu enfrentar em primeiro lugar a "derrocada financeira", que fez Roma perder "mais de 1,2 milhão de euros por ano".

"Logo vamos renegociar a dívida da cidade, que está entre 13 e 16 bilhões de euros", acrescentou.

Os três milhões de romanos, zangados com a deterioração dos serviços públicos e infraestruturas de sua cidade, esperam que ela enfrente o problema dos transportes públicos e do recolhimento de lixo.

Raggi substitui Francesco Tronca no Capitólio, comissário extraordinário nomeado pelo governo italiano para substituir o ex-prefeito Ignazio Marino (centro-esquerda), que renunciou em outubro devido a emissão de falsas notas de gastos.