Topo

Resultados da votação do Bretix mostram um país desunido

24/06/2016 10h20

Londres, 24 Jun 2016 (AFP) - Os resultados do referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia desenham um país profundamente dividido, com Londres, Escócia e Irlanda do Norte adeptos do europeísmo e o norte da Irlanda e Gales partidários da ruptura.

- Inglaterra:

Com exceção de Londres, a Inglaterra votou a favor da saída, em particular no norte e no sudeste, onde marcou o discurso contra a migração.

Os resultados de Sunderland, no nordeste, os primeiros a ser conhecidos, registraram um apoio de 61,3% a favor do Brexit.

Depois, seguiram-se outras cidades do norte, inclusive Sheffield, que a princípio votaria pela permanência.

Birmingham, a segunda cidade do país, se pronunciou igualmente pelo Brexit.

Manchester se pronunciou pela permanência, com 60,4% de votos a favor.

- Londres:

A cosmopolita capital britânica, de 8,6 milhões de habitantes, votou majoritariamente a favor de manter-se na UE.

Coração financeiro e econômico do Reino Unido, a cidade tinha a permanência na UE como uma vantagem para os negócios e a circulação livre através da Europa.

- Escócia:

A eurófila Escócia, como estava previsto, apoiou continuar na UE. E, agora, ante o Brexit, quer pedir um novo referendo de independência.

A chefe de governo, Nicola Sturgeon, declarou pouco depois dos resultados oficiais que a Escócia via "seu futuro na União Europeia".

- Gales:

Gales apoiou majoritariamente uma saída da UE, mas sua capital Cardiff votou por ficar com 60% dos votos.

- Irlanda do Norte

Irlanda do Norte votou a favor de continuar na UE.

O Sinn Fein, ex-braço político do Exército Republicano Irlandês (IRA), pediu nesta sexta-feira um referendo sobre uma Irlanda unificada.

O partido republicano destacou que o referendo sobre a UE tinha "consequências enormes sobre a natureza do Estado britânico", já que a Escócia e a Irlanda do Norte votaram por ficar na UE.

- Gibraltar

O encrave britânico no sul da Espanha, que temer ficar isolado do resto do continente e cuja economia depende em grande parte de suas relações com a UE, votou mais de 95% por ficar no bloco.