Jordan rompe silêncio e quer melhorar relações entre negros e policiais nos EUA
Los Angeles, 25 Jul 2016 (AFP) - A lenda do basquete Michael Jordan, famoso por não se pronunciar a respeito de temas polêmicos, afirmou nesta segunda-feira não poder mais "ficar calado" diante das fortes tensões entre negros e policiais nos Estados Unidos, anunciando generosas doações a duas instituições do país.
"Estou triste e frustrado com as tensões divisórias retóricas e raciais que parecem estar piorando nos últimos tempos", escreveu Michael Jordan, em carta aberta ao público publicada pelo site The Undefeated.
"Eu sei que esse país é melhor do que isso e em não posso mais ficar calado", continuou o seis vezes campeão da NBA, que teve a carreira marcada por abdicar de se posicionar politicamente, preocupado em não manchar sua marca e diminuir seu valor de mercado.
Em 1990, em meio a tensões entre dois candidatos ao Senado pela Carolina do Norte -Estado natal de Jordan-, o negro e democrata Harvey Gantt e o ultraconservador Jesse Helms, o Jordan se negou a apoiar Gantt, afirmando que "republicanos também compram tênis", uma posição que anos depois o ex-craque admitiu ter se arrependido.
"Temos que encontrar soluções para que os jovens de cor tenham garantidos um tratamento justo e igual e que os policiais, que colocam as vidas em perigo para nos proteger diariamente, sejam respeitados e apoiados", afirmou Jordan, referindo-se às tensões entre negros e policiais nos Estados Unidos, um problema histórico que voltou ao ponto de ebulição recentemente.
- Doações pela paz -A morte de dois negros em dois dias em julho, abatidos por policiais em Baton Rouge (Louisiana) e Saint Paul (Minnesota), reavivaram as tensões latentes no país.
Em resposta, oito policiais, cinco em Dallas e três em Baton Rouge, foram mortos a tiros por dois atiradores que diziam querer vingar-se das brutalidades das forças de segurança.
"Decidi me pronunciar na esperança de que nós, americanos, possamos nos reaproximar e realizar uma mudança construtiva através do diálogo pacífico e da educação", insistiu Jordan.
Jogador de basquete mais famoso da história, proprietário da franquia da NBA Charlotte Hornets e com fortuna estimada em mais de um bilhão de dólares, a lenda viva também anunciou que doará um milhão de dólares cada para duas associações que trabalhavam em melhorar as relações entre a polícia e a comunidade afro-descendente nos Estados Unidos.
"Essas doações não são suficientes para resolver o problema, mas espero que ajudem essas duas associações a mudarem a situação positivamente", explicou o ex-jogador.
"Esses problemas não apareceram do dia para a noite e não serão resolvidos amanhã, mas se trabalharmos juntos podemos criar um compreendimento melhor e um mundo mais pacífico para nós, nossos filhos, nossos netos, nossas famílias e nossas comunidades", completou.
"Estou triste e frustrado com as tensões divisórias retóricas e raciais que parecem estar piorando nos últimos tempos", escreveu Michael Jordan, em carta aberta ao público publicada pelo site The Undefeated.
"Eu sei que esse país é melhor do que isso e em não posso mais ficar calado", continuou o seis vezes campeão da NBA, que teve a carreira marcada por abdicar de se posicionar politicamente, preocupado em não manchar sua marca e diminuir seu valor de mercado.
Em 1990, em meio a tensões entre dois candidatos ao Senado pela Carolina do Norte -Estado natal de Jordan-, o negro e democrata Harvey Gantt e o ultraconservador Jesse Helms, o Jordan se negou a apoiar Gantt, afirmando que "republicanos também compram tênis", uma posição que anos depois o ex-craque admitiu ter se arrependido.
"Temos que encontrar soluções para que os jovens de cor tenham garantidos um tratamento justo e igual e que os policiais, que colocam as vidas em perigo para nos proteger diariamente, sejam respeitados e apoiados", afirmou Jordan, referindo-se às tensões entre negros e policiais nos Estados Unidos, um problema histórico que voltou ao ponto de ebulição recentemente.
- Doações pela paz -A morte de dois negros em dois dias em julho, abatidos por policiais em Baton Rouge (Louisiana) e Saint Paul (Minnesota), reavivaram as tensões latentes no país.
Em resposta, oito policiais, cinco em Dallas e três em Baton Rouge, foram mortos a tiros por dois atiradores que diziam querer vingar-se das brutalidades das forças de segurança.
"Decidi me pronunciar na esperança de que nós, americanos, possamos nos reaproximar e realizar uma mudança construtiva através do diálogo pacífico e da educação", insistiu Jordan.
Jogador de basquete mais famoso da história, proprietário da franquia da NBA Charlotte Hornets e com fortuna estimada em mais de um bilhão de dólares, a lenda viva também anunciou que doará um milhão de dólares cada para duas associações que trabalhavam em melhorar as relações entre a polícia e a comunidade afro-descendente nos Estados Unidos.
"Essas doações não são suficientes para resolver o problema, mas espero que ajudem essas duas associações a mudarem a situação positivamente", explicou o ex-jogador.
"Esses problemas não apareceram do dia para a noite e não serão resolvidos amanhã, mas se trabalharmos juntos podemos criar um compreendimento melhor e um mundo mais pacífico para nós, nossos filhos, nossos netos, nossas famílias e nossas comunidades", completou.
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