Lei sobre burquíni pode criar 'tensões irreparáveis' (ministro francês)
Paris, 28 Ago 2016 (AFP) - Uma lei que proíba o uso do burquíni seria "inconstitucional, ineficaz" e poderia criar "tensões irreparáveis", advertiu neste domingo o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, em uma entrevista ao jornal La Croix.
Embora várias personalidades da direita se pronunciaram a favor de uma lei que proíba este traje de banho islâmico centro de uma forte polêmica, o governo socialista "rejeita legislar a este respeito, visto que uma lei seria inconstitucional, ineficaz e de natureza capaz de suscitar antagonismos e tensões irreparáveis", declarou o ministro.
Na sexta-feira, a mais alta instância jurídica francesa pôs um freio às proibições do burquíni. E chamou os prefeitos "ao respeito das liberdades garantidas pelas leis", evocando todos os municípios que proibiram na França este traje de banho islâmico.
Esta decisão não apagou a polêmica que agita a classe política francesa, no momento em que vários candidatos da direita realizaram atos de campanha durante o final de semana visando as primárias de novembro, que determinarão seu candidato para as eleições presidenciais de 2017.
O ex-presidente Nicolas Sarkozy, que se lançou em uma campanha com uma inclinação muito à direita, defendeu a proibição do burquíni, em nome de preservar o "modo de vida francês".
Seu rival na direita, o ex-primeiro-ministro Alain Juppé, líder nas pesquisas, ao contrário, se opõe a uma lei antiburquíni "de circunstância". "Onde vai parar esse frenesi que se apoderou da sociedade francesa? Vamos amanhã proibir vestir saias longas nas escolas?", ironizou.
Embora várias personalidades da direita se pronunciaram a favor de uma lei que proíba este traje de banho islâmico centro de uma forte polêmica, o governo socialista "rejeita legislar a este respeito, visto que uma lei seria inconstitucional, ineficaz e de natureza capaz de suscitar antagonismos e tensões irreparáveis", declarou o ministro.
Na sexta-feira, a mais alta instância jurídica francesa pôs um freio às proibições do burquíni. E chamou os prefeitos "ao respeito das liberdades garantidas pelas leis", evocando todos os municípios que proibiram na França este traje de banho islâmico.
Esta decisão não apagou a polêmica que agita a classe política francesa, no momento em que vários candidatos da direita realizaram atos de campanha durante o final de semana visando as primárias de novembro, que determinarão seu candidato para as eleições presidenciais de 2017.
O ex-presidente Nicolas Sarkozy, que se lançou em uma campanha com uma inclinação muito à direita, defendeu a proibição do burquíni, em nome de preservar o "modo de vida francês".
Seu rival na direita, o ex-primeiro-ministro Alain Juppé, líder nas pesquisas, ao contrário, se opõe a uma lei antiburquíni "de circunstância". "Onde vai parar esse frenesi que se apoderou da sociedade francesa? Vamos amanhã proibir vestir saias longas nas escolas?", ironizou.
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