Santos: vitória no referendo de paz com as Farc será mandato para próximos governos
Bogotá, 28 Ago 2016 (AFP) - A vitória do 'sim' no referendo para ratificar o acordo de paz entre o governo da Colômbia e a guerrilha das Farc será um mandato para as próximas administrações, disse o presidente Juan Manuel Santos em entrevista publicada neste domingo.
"A vitória do 'sim' será um mandato cidadão para os próximos governos", declarou o chefe de Estado ao jornal El Espectador, de Bogotá, ao ser perguntado sobre a possibilidade de seu eventual sucessor se mostrar em desacordo com o que foi negociado.
"O plebiscito dará a legitimidade política de que se necessita", afirmou o presidente em alusão ao acordado na quarta-feira entre o seu governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, marxistas), após negociações desde 2012 em Cuba e que em essência buscaram o desarmamento da organização e sua transformação em partido político após 52 anos de luta armada.
Em espanhol, os termos referendo e plebiscito são usados para designar consulta popular.
A Corte Constitucional avalizou em julho em projeto já aprovado pelo Congresso que estipula o plebiscito como mecanismo de referendamento do que foi pactuado entre as partes. O tribunal ratificou que o acordo de paz poderá ser aprovado com 4,4 milhões de votos positivos - 13% do colégio eleitoral - que superem a participação a favor do "não".
O presidente afirmou que "nos próximos dias" será conhecida a pergunta que os colombinos deverão responder no plebiscito.
"Se o 'não' ganhar, simplesmente voltaremos à situação de confronto que existia há seis anos", reiterou Santos na entrevista.
Ele destacou que os guerrilheiros que não se desmobilizarem ou não entregarem as armas "serão perseguidos com toda a contundência da Força Pública".
Perguntado sobre o financiamento para a implementação do acordado, que o Senado calcula em 90 trilhões de pesos colombianos (US$ 31 bilhões) nos próximos dez anos, o presidente afirmou que o investimento "recairá" no governo central, nas administrações regionais, no setor privado e na cooperação internacional.
"A guerra é mais, muitíssimo mais cara do que a paz. Se levamos 50 anos financiando uma guerra, como não vamos poder financiar os investimentos para construir a paz?", questionou.
Além das Farc, no conflito colombiano de mais de meio século participaram outras guerrilhas, como o Exército de Libertação Nacional (ELN), ainda ativo, paramilitares e agentes do Estado, que deixaram 260.000 mortos, 45.000 desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados.
"A vitória do 'sim' será um mandato cidadão para os próximos governos", declarou o chefe de Estado ao jornal El Espectador, de Bogotá, ao ser perguntado sobre a possibilidade de seu eventual sucessor se mostrar em desacordo com o que foi negociado.
"O plebiscito dará a legitimidade política de que se necessita", afirmou o presidente em alusão ao acordado na quarta-feira entre o seu governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, marxistas), após negociações desde 2012 em Cuba e que em essência buscaram o desarmamento da organização e sua transformação em partido político após 52 anos de luta armada.
Em espanhol, os termos referendo e plebiscito são usados para designar consulta popular.
A Corte Constitucional avalizou em julho em projeto já aprovado pelo Congresso que estipula o plebiscito como mecanismo de referendamento do que foi pactuado entre as partes. O tribunal ratificou que o acordo de paz poderá ser aprovado com 4,4 milhões de votos positivos - 13% do colégio eleitoral - que superem a participação a favor do "não".
O presidente afirmou que "nos próximos dias" será conhecida a pergunta que os colombinos deverão responder no plebiscito.
"Se o 'não' ganhar, simplesmente voltaremos à situação de confronto que existia há seis anos", reiterou Santos na entrevista.
Ele destacou que os guerrilheiros que não se desmobilizarem ou não entregarem as armas "serão perseguidos com toda a contundência da Força Pública".
Perguntado sobre o financiamento para a implementação do acordado, que o Senado calcula em 90 trilhões de pesos colombianos (US$ 31 bilhões) nos próximos dez anos, o presidente afirmou que o investimento "recairá" no governo central, nas administrações regionais, no setor privado e na cooperação internacional.
"A guerra é mais, muitíssimo mais cara do que a paz. Se levamos 50 anos financiando uma guerra, como não vamos poder financiar os investimentos para construir a paz?", questionou.
Além das Farc, no conflito colombiano de mais de meio século participaram outras guerrilhas, como o Exército de Libertação Nacional (ELN), ainda ativo, paramilitares e agentes do Estado, que deixaram 260.000 mortos, 45.000 desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados.
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