Gâmbia se retira da Corte Penal Internacional
Dacar, 26 Out 2016 (AFP) - Gâmbia decidiu abandonar a Corte Penal Internacional (CPI), anunciou nesta terça-feira o ministro da Informação, Sheriff Bojang, seguindo os passos da África do Sul, que informou a mesma decisão na sexta-feira passada.
"A partir de hoje, 24 de outubro de 2016, já não fazemos parte da CPI", declarou o ministro à TV estatal de Gâmbia.
Na semana passada, a África do Sul anunciou sua saída do tribunal em Haia, corte internacional que julga os supostos autores de genocídios, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
A saída, que será efetiva em um ano, constitui o primeiro precedente deste tipo na história da CPI.
"Há muitos países ocidentais, ao menos 30, que cometeram crimes de guerra contra Estados soberanos e seus cidadãos desde a criação da CPI e nenhum criminoso de guerra ocidental foi imputado", disse Bojang.
"Gâmbia levou a União Europeia à CPI há um ano pelo genocídio de milhares de jovens africanos nas águas europeias e desde então não soubemos nada", acrescentou o ministro.
O centro da polêmica está na decisão das autoridades sul-africanas de permitir a participação do presidente sudanês, Omar al Bashir, em uma cúpula africana, ignorando a ordem de prisão internacional que pesa sobre ele.
A CPI acusa Omar al Bashir de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio na região de Darfur.
Desde sua criação, em 2003, a CPI investigou dez países, sendo nove africanos.
sst-str/plh/lr
"A partir de hoje, 24 de outubro de 2016, já não fazemos parte da CPI", declarou o ministro à TV estatal de Gâmbia.
Na semana passada, a África do Sul anunciou sua saída do tribunal em Haia, corte internacional que julga os supostos autores de genocídios, crimes contra a humanidade e crimes de guerra.
A saída, que será efetiva em um ano, constitui o primeiro precedente deste tipo na história da CPI.
"Há muitos países ocidentais, ao menos 30, que cometeram crimes de guerra contra Estados soberanos e seus cidadãos desde a criação da CPI e nenhum criminoso de guerra ocidental foi imputado", disse Bojang.
"Gâmbia levou a União Europeia à CPI há um ano pelo genocídio de milhares de jovens africanos nas águas europeias e desde então não soubemos nada", acrescentou o ministro.
O centro da polêmica está na decisão das autoridades sul-africanas de permitir a participação do presidente sudanês, Omar al Bashir, em uma cúpula africana, ignorando a ordem de prisão internacional que pesa sobre ele.
A CPI acusa Omar al Bashir de crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio na região de Darfur.
Desde sua criação, em 2003, a CPI investigou dez países, sendo nove africanos.
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