Paz na Colômbia e crise na Venezuela são pano de fundo de Cúpula Ibero-Americana
Cartagena, Colômbia, 27 Out 2016 (AFP) - Os esforços para selar a paz na Colômbia e a crescente crise política na Venezuela serão o pano de fundo da XXV Cúpula Ibero-Americana, que será realizada na sexta-feira e no sábado na cidade caribenha de Cartagena para debater sobre juventude e empreendimento.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anfitrião do encontro, que contará com a presença do rei Felipe VI da Espanha e de outros 10 dignitários de alto escalão, receberá mais uma vez o apoio da comunidade internacional em seu persistente empenho para acabar com mais de meio século de conflito armado em seu país.
A aguardada instalação nesta quinta-feira em Quito da mesa de negociações com o Exército de Libertação Nacional (ELN, guevarista) permitirá que Santos, que ganhou recentemente o Nobel da Paz, exponha a possibilidade de uma "paz completa", embora o acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, comunistas) tenha sido rejeitado em um referendo no início do mês e esteja sendo renegociado.
"Esta seria a cúpula da paz, agora será a cúpula pela paz", disse há alguns dias a secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan, ao garantir que a reunião em Cartagena "será uma oportunidade extraordinária para que os governos da região reiterem seu apoio ao povo colombiano e à paz".
Mas a cúpula de chefes de Estado e de governo não estará marcada apenas pelo conflito colombiano, que já deixou mais de 260.000 mortos e 6,9 milhões de deslocados.
A crise política na Venezuela também estará presente, embora os organizadores não acreditem que será emitido algum pronunciamento oficial após a suspensão do processo de referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro, que a oposição denuncia como uma ruptura do marco constitucional.
Doze países latino-americanos se manifestaram preocupados com a polarização política na Venezuela e pediram um diálogo para resolver as divergências.
Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai também saudaram o acompanhamento do Vaticano para o início de eventuais negociações entre o governo socialista e a oposição, que controla a Assembleia Nacional.
- Motivar os jovens -Esta XXV Cúpula Ibero-Americana, a primeira realizada sob o novo esquema bienal e a segunda organizada pela Colômbia, foi convocada com o lema "Juventude, Empreendimento e Educação".
"Um dos resultados esperados da cúpula é a aprovação de um pacto pela juventude feito pelos próprios jovens, que os países se comprometeram a levar adiante", explicou a jornalistas a chanceler colombiana, María Ángela Holguín.
A diplomata destacou que a ideia é que "as pessoas jovens tenham empregos melhores e maiores oportunidades" nos 22 países que fazem parte da Conferência Ibero-Americana.
Segundo um documento da organização, nesta região, que inclui os países latino-americanos e Andorra, Espanha e Portugal, "uma em cada quatro pessoas se encontra entre os 15 e os 29 anos", o que constitui "a maior geração jovem de toda a história demográfica" e a "mais bem preparada para promover o desenvolvimento".
No âmbito do encontro, será apresentado o relatório "As Perspectivas Econômicas da América Latina 2017", elaborado pela CEPAL, pela CAF e OCDE.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anfitrião do encontro, que contará com a presença do rei Felipe VI da Espanha e de outros 10 dignitários de alto escalão, receberá mais uma vez o apoio da comunidade internacional em seu persistente empenho para acabar com mais de meio século de conflito armado em seu país.
A aguardada instalação nesta quinta-feira em Quito da mesa de negociações com o Exército de Libertação Nacional (ELN, guevarista) permitirá que Santos, que ganhou recentemente o Nobel da Paz, exponha a possibilidade de uma "paz completa", embora o acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, comunistas) tenha sido rejeitado em um referendo no início do mês e esteja sendo renegociado.
"Esta seria a cúpula da paz, agora será a cúpula pela paz", disse há alguns dias a secretária-geral ibero-americana, Rebeca Grynspan, ao garantir que a reunião em Cartagena "será uma oportunidade extraordinária para que os governos da região reiterem seu apoio ao povo colombiano e à paz".
Mas a cúpula de chefes de Estado e de governo não estará marcada apenas pelo conflito colombiano, que já deixou mais de 260.000 mortos e 6,9 milhões de deslocados.
A crise política na Venezuela também estará presente, embora os organizadores não acreditem que será emitido algum pronunciamento oficial após a suspensão do processo de referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro, que a oposição denuncia como uma ruptura do marco constitucional.
Doze países latino-americanos se manifestaram preocupados com a polarização política na Venezuela e pediram um diálogo para resolver as divergências.
Argentina, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai também saudaram o acompanhamento do Vaticano para o início de eventuais negociações entre o governo socialista e a oposição, que controla a Assembleia Nacional.
- Motivar os jovens -Esta XXV Cúpula Ibero-Americana, a primeira realizada sob o novo esquema bienal e a segunda organizada pela Colômbia, foi convocada com o lema "Juventude, Empreendimento e Educação".
"Um dos resultados esperados da cúpula é a aprovação de um pacto pela juventude feito pelos próprios jovens, que os países se comprometeram a levar adiante", explicou a jornalistas a chanceler colombiana, María Ángela Holguín.
A diplomata destacou que a ideia é que "as pessoas jovens tenham empregos melhores e maiores oportunidades" nos 22 países que fazem parte da Conferência Ibero-Americana.
Segundo um documento da organização, nesta região, que inclui os países latino-americanos e Andorra, Espanha e Portugal, "uma em cada quatro pessoas se encontra entre os 15 e os 29 anos", o que constitui "a maior geração jovem de toda a história demográfica" e a "mais bem preparada para promover o desenvolvimento".
No âmbito do encontro, será apresentado o relatório "As Perspectivas Econômicas da América Latina 2017", elaborado pela CEPAL, pela CAF e OCDE.
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