Começa na Colômbia Cúpula Ibero-Americana com olhares voltados para Venezuela
Cartagena, Colômbia, 28 Out 2016 (AFP) - A XXV Cúpula Ibero-Americana, que começou nesta sexta-feira na cidade caribenha de Cartagena, servirá para que os representantes dos 22 países presentes discutam à margem da agenda oficial um tema que todos têm em mente: a crise política na Venezuela.
O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, declarou em sua chegada a Cartagena que vê "com otimismo essa cúpula" porque, entre outras coisas, possibilitará discutir "os problemas do país vizinho, a Venezuela".
Kuczynski havia anunciado que aproveitaria a reunião para reiterar a necessidade de buscar uma saída para a situação na Venezuela e, mais especificamente, para insistir na ativação da Carta Democrática da Organização dos Estados Americanos (OEA) ao governo de Nicolás Maduro.
Também afirmou na quinta-feira que pediria a mobilização de "uma operação de ajuda humanitária à Venezuela", diante da escassez de alimentos e remédios neste país.
A Carta Democrática permite que a OEA intervenha em casos de alteração da ordem constitucional em um país membro e, se for aprovada, pode acarretar sanções contra o país caribenho.
Além da iniciativa peruana, foi anunciada uma reunião do Mercosul - constituído por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela - à margem dos debates sobre juventude e empreendimento, temas centrais da Cúpula Ibero-Americana, para falar sobre a crescente tensão entre o governo de Maduro e a oposição.
Contudo, durante sua chegada à cúpula, a chanceler argentina, Susana Malcorra, declarou a jornalistas que não está prevista "uma reunião formal dos chanceleres do Mercosul (...) seguramente vamos nos encontrar e teremos a ocasião de discutir temas de interesse comum" como o da presidência do bloco.
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai optaram em setembro por assumir conjuntamente a presidência temporária do Mercosul, que cabia à Venezuela, para observar se o país cumpre os requerimentos do grupo.
O governo venezuelano afirmou, no entanto, em um comunicado estar "em pleno exercício da presidência" do Mercosul e classificou de ilegal à "potencial realização" de uma reunião de chanceleres do bloco, afirmando que, de qualquer forma, as decisões que serão tomadas nela serão nulas.
A Venezuela havia anunciado que seria representada pelo vice-ministro para América Latina e Caribe da chancelaria, Alexander Yánez, mas nas últimas horas Maduro confirmou sua presença na reunião presidencial no sábado.
A chanceler colombiana, María Ángela Holguín, declarou a respeito da presença do presidente venezuelano que, "com certeza, se o presidente Maduro vier, haverá a oportunidade de conversar com ele e escutar sua apresentação sobre a situação da Venezuela".
Paz na ColômbiaDurante a abertura da cúpula, a chanceler do México, Claudia Ruiz Massieu, anunciou que o seu país, Chile e Espanha - representada pelo rei Felipe VI - vão apresentar "uma proposta de comunicado especial, a fim de expressar o apoio da comunidade ibero-americana e (sua) solidariedade neste processo de busca de paz" na Colômbia.
O presidente anfitrião e prêmio Nobel da Paz Juan Manuel Santos receberá assim o reconhecimento internacional por seu persistente empenho para acabar com o conflito armado que atinge a Colômbia há mais de meio século.
Embora muitos presentes acreditassem que comemorariam com Santos a concretização da paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), como o acordo negociado com esta guerrilha foi rejeitado nas urnas no início de outubro o que se espera são novas mensagens de encorajamento para prosseguir na busca pela paz.
O presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, declarou em sua chegada a Cartagena que vê "com otimismo essa cúpula" porque, entre outras coisas, possibilitará discutir "os problemas do país vizinho, a Venezuela".
Kuczynski havia anunciado que aproveitaria a reunião para reiterar a necessidade de buscar uma saída para a situação na Venezuela e, mais especificamente, para insistir na ativação da Carta Democrática da Organização dos Estados Americanos (OEA) ao governo de Nicolás Maduro.
Também afirmou na quinta-feira que pediria a mobilização de "uma operação de ajuda humanitária à Venezuela", diante da escassez de alimentos e remédios neste país.
A Carta Democrática permite que a OEA intervenha em casos de alteração da ordem constitucional em um país membro e, se for aprovada, pode acarretar sanções contra o país caribenho.
Além da iniciativa peruana, foi anunciada uma reunião do Mercosul - constituído por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela - à margem dos debates sobre juventude e empreendimento, temas centrais da Cúpula Ibero-Americana, para falar sobre a crescente tensão entre o governo de Maduro e a oposição.
Contudo, durante sua chegada à cúpula, a chanceler argentina, Susana Malcorra, declarou a jornalistas que não está prevista "uma reunião formal dos chanceleres do Mercosul (...) seguramente vamos nos encontrar e teremos a ocasião de discutir temas de interesse comum" como o da presidência do bloco.
Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai optaram em setembro por assumir conjuntamente a presidência temporária do Mercosul, que cabia à Venezuela, para observar se o país cumpre os requerimentos do grupo.
O governo venezuelano afirmou, no entanto, em um comunicado estar "em pleno exercício da presidência" do Mercosul e classificou de ilegal à "potencial realização" de uma reunião de chanceleres do bloco, afirmando que, de qualquer forma, as decisões que serão tomadas nela serão nulas.
A Venezuela havia anunciado que seria representada pelo vice-ministro para América Latina e Caribe da chancelaria, Alexander Yánez, mas nas últimas horas Maduro confirmou sua presença na reunião presidencial no sábado.
A chanceler colombiana, María Ángela Holguín, declarou a respeito da presença do presidente venezuelano que, "com certeza, se o presidente Maduro vier, haverá a oportunidade de conversar com ele e escutar sua apresentação sobre a situação da Venezuela".
Paz na ColômbiaDurante a abertura da cúpula, a chanceler do México, Claudia Ruiz Massieu, anunciou que o seu país, Chile e Espanha - representada pelo rei Felipe VI - vão apresentar "uma proposta de comunicado especial, a fim de expressar o apoio da comunidade ibero-americana e (sua) solidariedade neste processo de busca de paz" na Colômbia.
O presidente anfitrião e prêmio Nobel da Paz Juan Manuel Santos receberá assim o reconhecimento internacional por seu persistente empenho para acabar com o conflito armado que atinge a Colômbia há mais de meio século.
Embora muitos presentes acreditassem que comemorariam com Santos a concretização da paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), como o acordo negociado com esta guerrilha foi rejeitado nas urnas no início de outubro o que se espera são novas mensagens de encorajamento para prosseguir na busca pela paz.
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