Israel não se intimida com pressão da ONU e mantém construção de colônias
Jerusalém, 27 dez 2016 (AFP) - Israel poderá avançar esta semana projetos de construção nos Territórios Palestinos ocupados, apesar da recente resolução da ONU pelo fim da colonização.
A votação levou o Estado hebreu a "reduzir" suas relações com alguns países.
Um comitê de planejamento deve discutir nesta quarta (28) a concessão da permissão para construir 618 casas em Jerusalém Oriental, parte palestina da cidade santa ocupada e anexada por Israel, segundo a ONG anti-colonização Ir Amim.
O prefeito de Jerusalém, Meir Turgeman, que preside o comitê, disse à AFP que a votação da última sexta-feira (23) na ONU não questiona essa reunião, que já estava marcada para acontecer.
O texto da resolução pede a Israel o "cessar imediato e completo de toda atividade de colonização em território palestino ocupado, inclusive em Jerusalém Oriental".
"Discutiremos de maneira séria sobre tudo o que se coloca na mesa", garantiu.
De acordo com a ONG Ir Amim, as construções seriam nos bairros de colonização de Pisgat Zeev (140 imóveis), Ramat Shlomo (262) e Ramot (216), em Jerusalém Oriental ocupada e anexada.
Primeira a condenar a colonização israelense desde 1979, a resolução da ONU foi aprovada por 14 países-membros do Conselho de Segurança. Os Estados Unidos se abstiveram, o que tornou possível a adoção do texto e enfureceu Israel.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou fortemente o presidente Barack Obama, acusando-o de aplicar um "vergonhoso golpe anti-israelense" nas Nações Unidas.
Netanyahu disse ainda que discorda da resolução e anunciou, nesta terça, que estava "reduzindo" suas relações com os países que votaram a favor.
Israel convocou seus embaixadores na Nova Zelândia e no Senegal e anulou seu programa de ajuda a esse país do oeste da África. O Estado hebreu informou hoje que também congelou seu programa de ajuda a Angola.
Representantes de dez dos 14 países-membros do Conselho de Segurança que votaram no texto, assim como o embaixador dos Estados Unidos, foram convocados no domingo no Ministério israelense das Relações Exteriores. Ao menos dois encontros foram cancelados, ou adiados, entre eles a visita a Israel, esta semana, do primeiro-ministro ucraniano.
A colonização israelense, especialmente em Jerusalém, é considerada ilegal pela comunidade internacional, assim como o principal obstáculo para a paz na região.
Cerca de 430.000 colonos israelenses vivem hoje na Cisjordânia ocupada e são mais de 200.000 em Jerusalém Oriental, cuja anexação nunca foi reconhecida pela comunidade internacional.
bur-mjs-dms/mb/tt/lr
A votação levou o Estado hebreu a "reduzir" suas relações com alguns países.
Um comitê de planejamento deve discutir nesta quarta (28) a concessão da permissão para construir 618 casas em Jerusalém Oriental, parte palestina da cidade santa ocupada e anexada por Israel, segundo a ONG anti-colonização Ir Amim.
O prefeito de Jerusalém, Meir Turgeman, que preside o comitê, disse à AFP que a votação da última sexta-feira (23) na ONU não questiona essa reunião, que já estava marcada para acontecer.
O texto da resolução pede a Israel o "cessar imediato e completo de toda atividade de colonização em território palestino ocupado, inclusive em Jerusalém Oriental".
"Discutiremos de maneira séria sobre tudo o que se coloca na mesa", garantiu.
De acordo com a ONG Ir Amim, as construções seriam nos bairros de colonização de Pisgat Zeev (140 imóveis), Ramat Shlomo (262) e Ramot (216), em Jerusalém Oriental ocupada e anexada.
Primeira a condenar a colonização israelense desde 1979, a resolução da ONU foi aprovada por 14 países-membros do Conselho de Segurança. Os Estados Unidos se abstiveram, o que tornou possível a adoção do texto e enfureceu Israel.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou fortemente o presidente Barack Obama, acusando-o de aplicar um "vergonhoso golpe anti-israelense" nas Nações Unidas.
Netanyahu disse ainda que discorda da resolução e anunciou, nesta terça, que estava "reduzindo" suas relações com os países que votaram a favor.
Israel convocou seus embaixadores na Nova Zelândia e no Senegal e anulou seu programa de ajuda a esse país do oeste da África. O Estado hebreu informou hoje que também congelou seu programa de ajuda a Angola.
Representantes de dez dos 14 países-membros do Conselho de Segurança que votaram no texto, assim como o embaixador dos Estados Unidos, foram convocados no domingo no Ministério israelense das Relações Exteriores. Ao menos dois encontros foram cancelados, ou adiados, entre eles a visita a Israel, esta semana, do primeiro-ministro ucraniano.
A colonização israelense, especialmente em Jerusalém, é considerada ilegal pela comunidade internacional, assim como o principal obstáculo para a paz na região.
Cerca de 430.000 colonos israelenses vivem hoje na Cisjordânia ocupada e são mais de 200.000 em Jerusalém Oriental, cuja anexação nunca foi reconhecida pela comunidade internacional.
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