Exército sírio sitia região rebelde de Wadi Barada
Beirute, 19 Jan 2017 (AFP) - O exército sírio e suas forças aliadas sitiaram a região rebelde de Wadi Barada, perto de Damasco, área crucial para o fornecimento de água potável para a capital síria, informou uma ONG.
Em meio a essa ofensiva, o presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou que as negociações entre o regime e os rebeldes, previstas a partir de segunda-feira em Astana, se concentrarão em um reforço do cessar-fogo em vigor desde o fim de dezembro.
As infraestruturas de fornecimento de água foram danificadas pelos combates entre o regime e os rebeldes, provocando uma escassez de água em Damasco desde 22 de dezembro.
Desde então, as forças do regime lançaram uma ofensiva para recuperar o controle das fontes de água na região.
"As forças de regime e grupos aliados sitiaram Wadi Barada (...) após cortarem a rota entre esta região e as áreas controladas pelos rebeldes" na região montanhosa de Qalamun, na fronteira com o Líbano, indicou à AFP o diretor o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman.
Uma fonte militar síria confirmou que Wadi Barada está sob cerco desde o corte da estrada, apontando que o exército sírio cercou Ain al-Fijeh, uma cidade desta região que abriga a principal fonte de água.
As forças do governo continuam a pressionar os rebeldes em Ain al-Fijeh para evitar mais danos no setor, disse ele.
"Os homens armados estão cercados, não têm escolha a não ser aceitar um acordo ou continuar a resistir à operação militar", acrescentou.
"Nós preferimos a primeira solução para que o pessoal da manutenção possa entrar rapidamente (no setor) e reparar os danos", indicou a fonte militar.
Depois de um cerco de vários meses e de intensos bombardeios, o regime retomou em dezembro a parte de Aleppo que estava nas mãos dos rebeldes após a evacuação de milhares de rebeldes e civis.
A ofensiva do regime em Wadi Barada foi um dos motivos apresentados na quarta-feira pelo mais importante grupo rebelde sírio, Ahrar al-Sham, para justificar a sua recusa em participar nas negociações com o regime previstas para 23 de janeiro no Cazaquistão, impulsionadas por Moscou e Ancara.
- Reforço da trégua -"Acredito que no início se concentrarão e será dada prioridade ao cessar-fogo", declarou o presidente Assad referindo-se à reunião de segunda em entrevista à televisão pública japonesa TBS, segundo trechos publicados nesta quinta-feira pela presidência síria.
"Isto protegerá a vida das pessoas e permitirá levar ajuda às diferentes regiões da Síria", disse.
As negociações, promovidas pela Turquia, que apoia os rebeldes, e por Rússia e Irã, aliados do regime, começarão na segunda-feira na capital do Cazaquistão.
Moscou e Ancara promoveram um cessar-fogo entre as forças do regime e os rebeldes que está em vigor desde 30 de dezembro, apesar de esporádicos surtos de violência, sobretudo perto de Damasco.
"Acreditamos que a conferência adotará a forma de negociações entre o governo e os grupos terroristas para levar a um cessar-fogo e permitir que estes grupos se unam aos acordos de reconciliação na Síria", acrescentou o chefe de Estado.
Damasco concluiu acordos "de reconciliação" que levaram à partida de rebeldes - classificados de terroristas pelo regime - em troca do fim dos bombardeios e do cerco.
Bashar al-Assad estimou que, se forem concluídos acordos similares, os insurgentes "teriam que depor as armas e se beneficiariam de uma anistia do governo. É a única coisa que se pode esperar neste momento".
Tanto a ONU quanto os grupos rebeldes são muito críticos a este tipo de acordos.
A maior parte dos grupos rebeldes anunciaram sua participação nas negociações de Astana. Mas o principal deles, Ahrar al Sham, não se apresentará.
Em meio a essa ofensiva, o presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmou que as negociações entre o regime e os rebeldes, previstas a partir de segunda-feira em Astana, se concentrarão em um reforço do cessar-fogo em vigor desde o fim de dezembro.
As infraestruturas de fornecimento de água foram danificadas pelos combates entre o regime e os rebeldes, provocando uma escassez de água em Damasco desde 22 de dezembro.
Desde então, as forças do regime lançaram uma ofensiva para recuperar o controle das fontes de água na região.
"As forças de regime e grupos aliados sitiaram Wadi Barada (...) após cortarem a rota entre esta região e as áreas controladas pelos rebeldes" na região montanhosa de Qalamun, na fronteira com o Líbano, indicou à AFP o diretor o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman.
Uma fonte militar síria confirmou que Wadi Barada está sob cerco desde o corte da estrada, apontando que o exército sírio cercou Ain al-Fijeh, uma cidade desta região que abriga a principal fonte de água.
As forças do governo continuam a pressionar os rebeldes em Ain al-Fijeh para evitar mais danos no setor, disse ele.
"Os homens armados estão cercados, não têm escolha a não ser aceitar um acordo ou continuar a resistir à operação militar", acrescentou.
"Nós preferimos a primeira solução para que o pessoal da manutenção possa entrar rapidamente (no setor) e reparar os danos", indicou a fonte militar.
Depois de um cerco de vários meses e de intensos bombardeios, o regime retomou em dezembro a parte de Aleppo que estava nas mãos dos rebeldes após a evacuação de milhares de rebeldes e civis.
A ofensiva do regime em Wadi Barada foi um dos motivos apresentados na quarta-feira pelo mais importante grupo rebelde sírio, Ahrar al-Sham, para justificar a sua recusa em participar nas negociações com o regime previstas para 23 de janeiro no Cazaquistão, impulsionadas por Moscou e Ancara.
- Reforço da trégua -"Acredito que no início se concentrarão e será dada prioridade ao cessar-fogo", declarou o presidente Assad referindo-se à reunião de segunda em entrevista à televisão pública japonesa TBS, segundo trechos publicados nesta quinta-feira pela presidência síria.
"Isto protegerá a vida das pessoas e permitirá levar ajuda às diferentes regiões da Síria", disse.
As negociações, promovidas pela Turquia, que apoia os rebeldes, e por Rússia e Irã, aliados do regime, começarão na segunda-feira na capital do Cazaquistão.
Moscou e Ancara promoveram um cessar-fogo entre as forças do regime e os rebeldes que está em vigor desde 30 de dezembro, apesar de esporádicos surtos de violência, sobretudo perto de Damasco.
"Acreditamos que a conferência adotará a forma de negociações entre o governo e os grupos terroristas para levar a um cessar-fogo e permitir que estes grupos se unam aos acordos de reconciliação na Síria", acrescentou o chefe de Estado.
Damasco concluiu acordos "de reconciliação" que levaram à partida de rebeldes - classificados de terroristas pelo regime - em troca do fim dos bombardeios e do cerco.
Bashar al-Assad estimou que, se forem concluídos acordos similares, os insurgentes "teriam que depor as armas e se beneficiariam de uma anistia do governo. É a única coisa que se pode esperar neste momento".
Tanto a ONU quanto os grupos rebeldes são muito críticos a este tipo de acordos.
A maior parte dos grupos rebeldes anunciaram sua participação nas negociações de Astana. Mas o principal deles, Ahrar al Sham, não se apresentará.
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