Pequim decidido a 'defender seus direitos' no Mar da China Meridional
Pequim, 24 Jan 2017 (AFP) - A China advertiu nesta terça-feira os Estados Unidos de que não desistirá de suas reivindicações de soberania no disputado Mar da China Meridional, depois que a administração de Donald Trump prometeu defender os interesses americanos e internacionais na região.
As ilhas artificiais da China nestas águas, alguma das quais pode ter uso militar, são consideradas um potencial detonador de um conflito.
O porta-voz da Presidência americana, Sean Spicer, afirmou na segunda-feira que Washington "protegerá seus interesses" nas águas "internacionais" do Mar da China Meridional.
"A soberania da China sobre as ilhas do Mar da China Meridional e suas águas adjacentes é indiscutível", declarou a porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying, durante um pronunciamento nesta terça-feira aos meios de comunicação.
Pequim reivindica a maior parte do Mar da China Meridional, mas várias nações vizinhas, como Filipinas, Vietnã, Brunei e Malásia, também têm pretensões de soberania nesta vasta zona, onde cada um controla várias ilhas.
Para afirmar sua soberania, a China, como outros países da região, realiza obras de "terraplanagem" para aumentar artificialmente as ilhas que controla. Depois, constrói portos, faróis, pistas de pouso e infraestruturas militares, segundo Washington e especialistas militares.
"A China está decidida a proteger seus direitos e seus interesses", afirmou Hua. E acrescentou: "Os Estados Unidos não são parte na disputa sobre o Mar da China Meridional".
No entanto, Spicer não parecia pensar o mesmo.
"Se estas ilhas se encontram realmente em águas internacionais e não formam parte propriamente dita da China, nos asseguraremos de impedir que um país se apodere de interesses internacionais", havia afirmado na segunda-feira.
O candidato de Trump para ocupar a secretaria de Estado, Rex Tillerson, também havia dito na semana anterior que era possível impedir o acesso da China a estas ilhas, abrindo a possibilidade de um confronto militar.
Durante a administração do presidente Barack Obama, os Estados Unidos insistiram em sua neutralidade em questões de soberania no mar da China Meridional.
Mas, enquanto pedia que a disputa fosse resolvida mediante a lei internacional, Washington defendeu a liberdade de navegação enviando patrulhas navais às águas em disputa.
Apesar desta recente escalada retórica, a China "não está preocupada" com as crescentes tensões com Washington, disse Hua.
"Pequim sabe que não pode vencer um conflito convencional frontal com os Estados Unidos", explica à AFP Valerie Niquet, do 'think tank' francês Fundação para a Investigação Estratégica, com sede em Paris.
"Pequim busca, portanto, desenvolver as capacidades que possam devolver a ele a liberdade de manobra, levando Washington a hesitar ante uma intervenção potencialmente cara na Ásia", explica.
As ilhas artificiais da China nestas águas, alguma das quais pode ter uso militar, são consideradas um potencial detonador de um conflito.
O porta-voz da Presidência americana, Sean Spicer, afirmou na segunda-feira que Washington "protegerá seus interesses" nas águas "internacionais" do Mar da China Meridional.
"A soberania da China sobre as ilhas do Mar da China Meridional e suas águas adjacentes é indiscutível", declarou a porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, Hua Chunying, durante um pronunciamento nesta terça-feira aos meios de comunicação.
Pequim reivindica a maior parte do Mar da China Meridional, mas várias nações vizinhas, como Filipinas, Vietnã, Brunei e Malásia, também têm pretensões de soberania nesta vasta zona, onde cada um controla várias ilhas.
Para afirmar sua soberania, a China, como outros países da região, realiza obras de "terraplanagem" para aumentar artificialmente as ilhas que controla. Depois, constrói portos, faróis, pistas de pouso e infraestruturas militares, segundo Washington e especialistas militares.
"A China está decidida a proteger seus direitos e seus interesses", afirmou Hua. E acrescentou: "Os Estados Unidos não são parte na disputa sobre o Mar da China Meridional".
No entanto, Spicer não parecia pensar o mesmo.
"Se estas ilhas se encontram realmente em águas internacionais e não formam parte propriamente dita da China, nos asseguraremos de impedir que um país se apodere de interesses internacionais", havia afirmado na segunda-feira.
O candidato de Trump para ocupar a secretaria de Estado, Rex Tillerson, também havia dito na semana anterior que era possível impedir o acesso da China a estas ilhas, abrindo a possibilidade de um confronto militar.
Durante a administração do presidente Barack Obama, os Estados Unidos insistiram em sua neutralidade em questões de soberania no mar da China Meridional.
Mas, enquanto pedia que a disputa fosse resolvida mediante a lei internacional, Washington defendeu a liberdade de navegação enviando patrulhas navais às águas em disputa.
Apesar desta recente escalada retórica, a China "não está preocupada" com as crescentes tensões com Washington, disse Hua.
"Pequim sabe que não pode vencer um conflito convencional frontal com os Estados Unidos", explica à AFP Valerie Niquet, do 'think tank' francês Fundação para a Investigação Estratégica, com sede em Paris.
"Pequim busca, portanto, desenvolver as capacidades que possam devolver a ele a liberdade de manobra, levando Washington a hesitar ante uma intervenção potencialmente cara na Ásia", explica.
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