Controlado pelo Marrocos, Saara Ocidental é reivindicado pela Frente Polisário
El Aaiún, 27 Jan 2017 (AFP) - Ex-colônia espanhola situada na costa atlântica da África, o Saara Ocidental é essencialmente controlado pelo Marrocos, mas o território é reivindicado pelos separatistas da Frente Polisário.
O Marrocos, que considera o Saara Ocidental como parte integrante do reino, propõe uma ampla autonomia sob sua soberania nesse grande território.
Apoiada em especial pela Argélia, a Frente reivindica a independência desse território mediante um referendo de autodeterminação.
Esse território de 266.000 km2 é quase desértico, com a presença de fosfatos, e um litoral de mais de 1.000 km. Tem mais de meio milhão de habitantes, e sua capital é El-Aaiun.
Segundo a Frente Polisário, cerca de 165.000 saarauís vivem nos campos de refugiados de Tinduf, região do sul da Argélia.
Hoje, esse território é o único do continente africano cujo status pós-colonial ainda não foi solucionado. Esse conflito elevou a tensão das relações entre Argélia e Marrocos, cujas fronteiras estão fechadas desde 1994.
Em 1975, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia se pronunciou a favor da autodeterminação da população do território. Essa decisão foi seguida por uma "Marcha Verde", a pedido do então rei do Marrocos Hassan II, que mobilizou 350.000 marroquinos para marcar o "pertencimento" do território ao Marrocos.
Em 27 de fevereiro de 1976, a Frente Polisário (criada em 1973) proclamou a República Árabe Saarauí Democrática (RASD). A sede da presidência da RASD e as instâncias da Frente Polisário se encontram em Tinduf.
Em 1979, o Marrocos assumiu o controle total do Saara, depois que a Mauritânia renunciou à sua parte do território. Foram construídos vários "muros" de proteção para deter as incursões da Frente Polisário.
Um cessar-fogo entrou em vigor em 1991, após 16 anos de guerra.
Um referendo de autodeterminação previsto pela ONU foi continuamente adiado desde 1992, devido a desacordos sobre a composição do corpo eleitoral.
Uma missão da ONU no Saara Ocidental (MINURSO) está estacionada desde 1991 para vigiar o cessar-fogo.
A admissão da RASD na Organização da União Africana (OUA) em 1984 provocou a saída do Marrocos da organização.
Marrocos pediu sua reintegração à UA oficialmente em setembro de 2016, mas o rei Mohamed VI disse que essa decisão não significa uma renúncia do reino a seus direitos sobre o Saara ocidental.
O Marrocos, que considera o Saara Ocidental como parte integrante do reino, propõe uma ampla autonomia sob sua soberania nesse grande território.
Apoiada em especial pela Argélia, a Frente reivindica a independência desse território mediante um referendo de autodeterminação.
Esse território de 266.000 km2 é quase desértico, com a presença de fosfatos, e um litoral de mais de 1.000 km. Tem mais de meio milhão de habitantes, e sua capital é El-Aaiun.
Segundo a Frente Polisário, cerca de 165.000 saarauís vivem nos campos de refugiados de Tinduf, região do sul da Argélia.
Hoje, esse território é o único do continente africano cujo status pós-colonial ainda não foi solucionado. Esse conflito elevou a tensão das relações entre Argélia e Marrocos, cujas fronteiras estão fechadas desde 1994.
Em 1975, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) de Haia se pronunciou a favor da autodeterminação da população do território. Essa decisão foi seguida por uma "Marcha Verde", a pedido do então rei do Marrocos Hassan II, que mobilizou 350.000 marroquinos para marcar o "pertencimento" do território ao Marrocos.
Em 27 de fevereiro de 1976, a Frente Polisário (criada em 1973) proclamou a República Árabe Saarauí Democrática (RASD). A sede da presidência da RASD e as instâncias da Frente Polisário se encontram em Tinduf.
Em 1979, o Marrocos assumiu o controle total do Saara, depois que a Mauritânia renunciou à sua parte do território. Foram construídos vários "muros" de proteção para deter as incursões da Frente Polisário.
Um cessar-fogo entrou em vigor em 1991, após 16 anos de guerra.
Um referendo de autodeterminação previsto pela ONU foi continuamente adiado desde 1992, devido a desacordos sobre a composição do corpo eleitoral.
Uma missão da ONU no Saara Ocidental (MINURSO) está estacionada desde 1991 para vigiar o cessar-fogo.
A admissão da RASD na Organização da União Africana (OUA) em 1984 provocou a saída do Marrocos da organização.
Marrocos pediu sua reintegração à UA oficialmente em setembro de 2016, mas o rei Mohamed VI disse que essa decisão não significa uma renúncia do reino a seus direitos sobre o Saara ocidental.
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