Ex-presidente Kirchner denuncia espionagem política e perseguição
Buenos Aires, 27 Jan 2017 (AFP) - A ex-presidente argentina Cristina Kirchner disse à Justiça ser vítima de uma "manobra de caráter criminoso" no contexto do vazamento de uma conversa telefônica privada co o então chefe de inteligência Oscar Parrilli, após deixar o governo.
"Nos encontramos frente a uma manobra de caráter criminal, que revela de modo mais fidedigno o componente mafioso que vincula setores de poder político com alguns segmentos da justiça federal, todo eles com participação, articulação e proteção dos meios hegemônicos de comunicação", afirmou Kirchner (2007/2015).
A ex-presidente fez a afirmação por escrito e a apresentou nos tribunais da província de Santa Cruz (sul), onde mora, divulgado nesta sexta-feira pelas redes sociais.
Além disso, denunciou o vazamento da conversa que teve no dia 11 de julho de 2016 com seu homem de confiança e garantiu que desde que deixou o governo em 10 de dezembro de 2015 vem "sendo objeto de uma feroz campanha de perseguição política, midiática e judicial".
No texto, Kirchner lembrou que o atual presidente Maurício Macri, quando era prefeito de Buenos Aires, foi processado por escutas ilegais, entre outros, a um familiar de uma vítima do atentado ao centro judeu AMIA que deixou 85 mortos em 1994.
"Só após a mudança de governo e à mercê da existência do pacto político, judicial e midiático, o engenheiro Macri continua suspenso pela justiça federal no dia seguinte a assumir a Presidência da nação, apesar de ter ficado plenamente provada a existência do sistema de escutas ilegais", acrescentou.
Uma escuta no telefone de Parrilli foi executada por ordem do juiz que o investiga por supostamente não ter feito o suficiente para a detenção de um famoso doutrinador.
Após a divulgação da conversa que aconteceu no dia 11 de julho do ano passado, o procurador Guillermo Marijuan abriu uma investigação por "abuso de autoridade" contra a ex-mandatária.
Na conversa, Kirchner diz a Parrilli que "é preciso buscar todas as causas que estamos juntos, não que estamos juntos, que o denunciamos", em referência ao poderoso espião da época Jaime Stusio, que nesse dia deu uma entrevista com críticas e acusações a seu governo.
Parrilli faz várias denúncias que envolveriam Stiuso, mas que não avançaram na justiça.
"Tem que matar esse cara", teria dito a ex-mandatária a Parrilli, uma expressão muito utilizada coloquialmente na Argentina e que, de acordo com a conversa, quis dizer refutá-lo com argumentos sólidos, mas que Marijuan interpretou literalmente, já que disse que avaliava denunciá-la por tentativa de assassinato ou ameaçá-la
O advogado de Stiuso disse que seu cliente se sentiu "ameaçado" e que pode apresentar uma queixa contra Kirchner.
"Nos encontramos frente a uma manobra de caráter criminal, que revela de modo mais fidedigno o componente mafioso que vincula setores de poder político com alguns segmentos da justiça federal, todo eles com participação, articulação e proteção dos meios hegemônicos de comunicação", afirmou Kirchner (2007/2015).
A ex-presidente fez a afirmação por escrito e a apresentou nos tribunais da província de Santa Cruz (sul), onde mora, divulgado nesta sexta-feira pelas redes sociais.
Além disso, denunciou o vazamento da conversa que teve no dia 11 de julho de 2016 com seu homem de confiança e garantiu que desde que deixou o governo em 10 de dezembro de 2015 vem "sendo objeto de uma feroz campanha de perseguição política, midiática e judicial".
No texto, Kirchner lembrou que o atual presidente Maurício Macri, quando era prefeito de Buenos Aires, foi processado por escutas ilegais, entre outros, a um familiar de uma vítima do atentado ao centro judeu AMIA que deixou 85 mortos em 1994.
"Só após a mudança de governo e à mercê da existência do pacto político, judicial e midiático, o engenheiro Macri continua suspenso pela justiça federal no dia seguinte a assumir a Presidência da nação, apesar de ter ficado plenamente provada a existência do sistema de escutas ilegais", acrescentou.
Uma escuta no telefone de Parrilli foi executada por ordem do juiz que o investiga por supostamente não ter feito o suficiente para a detenção de um famoso doutrinador.
Após a divulgação da conversa que aconteceu no dia 11 de julho do ano passado, o procurador Guillermo Marijuan abriu uma investigação por "abuso de autoridade" contra a ex-mandatária.
Na conversa, Kirchner diz a Parrilli que "é preciso buscar todas as causas que estamos juntos, não que estamos juntos, que o denunciamos", em referência ao poderoso espião da época Jaime Stusio, que nesse dia deu uma entrevista com críticas e acusações a seu governo.
Parrilli faz várias denúncias que envolveriam Stiuso, mas que não avançaram na justiça.
"Tem que matar esse cara", teria dito a ex-mandatária a Parrilli, uma expressão muito utilizada coloquialmente na Argentina e que, de acordo com a conversa, quis dizer refutá-lo com argumentos sólidos, mas que Marijuan interpretou literalmente, já que disse que avaliava denunciá-la por tentativa de assassinato ou ameaçá-la
O advogado de Stiuso disse que seu cliente se sentiu "ameaçado" e que pode apresentar uma queixa contra Kirchner.
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