Netanyahu saúda decisão de Trump de construir muro na fronteira com México
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, saudou neste sábado, em um tuíte, o anúncio feito esta semana pelo presidente americano, Donald Trump, sobre a construção de um muro na fronteira com o México.
O novo presidente republicano assinou na quarta-feira um decreto que fixa como objetivo "garantir a segurança na fronteira sul dos Estados Unidos com a construção imediata de um muro".
Em entrevista à emissora americana Fox News na quinta-feira, Trump justificou sua decisão, dando como exemplo Israel que, segundo ele, conseguiu "frear em 99,9%" a imigração ilegal construindo um muro.
Trump se referia à barreira de mais de 240 km que Israel terminou de construir em 2014 em sua fronteira com o Egito, por onde muitos imigrantes ilegais africanos e traficantes costumavam cruzar.
"O presidente Trump tem razão. Construí um muro ao longo da fronteira sul de Israel. Isto freou a imigração ilegal. Grande sucesso. Ideia formidável", tuitou Netanyahu, no sábado, arrematando sua mensagem com duas bandeiras, uma americana e outra israelense.
Horas depois, o porta-voz do ministério israelense das Relações Exteriores, Emmanuel Nahshon, detalhou em um tuíte que Netanyahu "se referia à nossa experiência específica no campo da segurança, que estamos desejosos de compartilhar".
"Não nos posicionamos sobre as relações entre os Estados Unidos e o México", acrescentou.
Netanyahu, à frente de um dos governos mais à direita de Israel, não escondeu sua satisfação com a eleição de Trump.
Seus aliados mais nacionalistas veem na chegada de Trump à Presidência uma oportunidade única para prosseguir com a colonização da Cisjordânia e Jerusalém oriental (territórios palestinos ocupados) e, inclusive, de anexar a maior parte da Cisjordânia.
Além disso, Israel começou em 2002 a construção de um muro de separação em torno da Cisjordânia ocupada para impedir atentados palestinos. Esta barreira, que em alguns trechos alcança os 9 metros de altura, tem sido denunciada por seus detratores como um meio de confiscar terras e estabelecer uma fronteira de fato.
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