Trump anunciará nesta terça seu candidato à Suprema Corte
Washington, 31 Jan 2017 (AFP) - O presidente americano Donald Trump vai revelar nesta terça-feira à noite o nome de seu candidato à Suprema Corte, uma escolha que provavelmente abrirá um front com a oposição democrata.
"Trata-se de uma pessoa incrível, muito respeitada e eu acredito que vocês ficarão muito impressionados com esta pessoa", assegurou na segunda-feira o presidente republicano, que adiantou em 48 horas o anúncio inicialmente previsto para a quinta-feira à noite.
"Anunciarei ao vivo na terça, às 20h00" (22h00 de Brasília), tuitou o novo presidente, acusado de querer distrair a opinião pública após a grande polêmica internacional causada por seu decreto de fechamento parcial das fronteiras.
A nomeação de um magistrado conservador à Suprema Corte foi uma das principais razões mencionadas pelos eleitores de Donald Trump para justificar seu voto no bilionário.
A Suprema Corte em última instância interpreta a Constituição e deve tomar decisões sobre temas muito sensíveis sobre os quais pesa a ideologia, como o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o porte de armas.
Cada um de seus nove membros é nomeado ao cargo vitalício pelo presidente em exercício, e depois confirmado pelo Senado.
A mais alta instância judicial do país está ameaçada com o bloqueio desde a morte do juiz conservador Antonin Scalia, em fevereiro do ano passado. Desde então funciona com oito magistrados: quatro conservadores e quatro progressistas.
O antecessor democrata Barack Obama indicou o magistrado Merrick Garland, mas o Senado - dominado pelo Partido Republicano - se negou a aceitá-lo.
Agora, a escolha de Trump deverá tender a instituição à direita, possivelmente por uma geração inteira, um grande alívio para os tradicionalistas, militantes das armas de fogo, partidários da pena de morte ou dos poderosos interesses financeiros.
- Reação democrata -Esta política de obstrução, criticada por minar o funcionamento mornal das instituições, valeu a pena para os republicanos.
Temendo uma virada de sérias consequências, o governador do estado de Nova York propôs na segunda-feira incluir o direito ao aborto na Constituição da região, a fim de "assegurar de uma vez por todas" esse direito às mulheres.
Mas em Washington, os republicanos podem esperar uma reação dos democratas.
O líder dos senadores democratas, Chuck Schumer, prometeu se opor "com unhas e dentes" a uma escolha que considere inaceitável.
O porta-voz de Donald Trump denunciou com antecedência na segunda-feira uma tática dos democratas que consiste em "arrastar os pés" e "fazer um jogo político".
"O presidente tem o direito que as pessoas nomeadas sejam entrevistadas", afirmou Sean Spicer, aparentemente alheio ao fato de que Trump afirmava precisamente o oposto após a nomeação do juiz Garland por Barack Obama.
- 'Short list' de 3 juízes -Para que um juiz seja confirmado, sua nomeação deve ser apoiada pela maioria do Senado, ou seja, 60 dos 100 assentos. Os republicanos têm 52 assentos, razão pela qual o novo juiz precisará do apoio de alguns democratas.
Donald Trump prometeu indicar um conservador, que se opõe ao aborto, mas que defende o direito ao porte de arma.
Durante a campanha presidencial, o bilionário publicou uma lista com 21 potenciais candidatos ao posto, a maioria homens brancos e com apenas quatro mulheres.
Segundo os especialistas, os mais cotados para ganhar a indicação atualmente são Neil Gorsuch, magistrado no tribunal de apelação federal de Denver (Colorado), William Pryor, um juiz federal que atua no estado do Alabama e Thomas Hardiman, juiz do tribunal de apelação federal de Pittsburgh (Pensilvânia).
"Trata-se de uma pessoa incrível, muito respeitada e eu acredito que vocês ficarão muito impressionados com esta pessoa", assegurou na segunda-feira o presidente republicano, que adiantou em 48 horas o anúncio inicialmente previsto para a quinta-feira à noite.
"Anunciarei ao vivo na terça, às 20h00" (22h00 de Brasília), tuitou o novo presidente, acusado de querer distrair a opinião pública após a grande polêmica internacional causada por seu decreto de fechamento parcial das fronteiras.
A nomeação de um magistrado conservador à Suprema Corte foi uma das principais razões mencionadas pelos eleitores de Donald Trump para justificar seu voto no bilionário.
A Suprema Corte em última instância interpreta a Constituição e deve tomar decisões sobre temas muito sensíveis sobre os quais pesa a ideologia, como o aborto, o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o porte de armas.
Cada um de seus nove membros é nomeado ao cargo vitalício pelo presidente em exercício, e depois confirmado pelo Senado.
A mais alta instância judicial do país está ameaçada com o bloqueio desde a morte do juiz conservador Antonin Scalia, em fevereiro do ano passado. Desde então funciona com oito magistrados: quatro conservadores e quatro progressistas.
O antecessor democrata Barack Obama indicou o magistrado Merrick Garland, mas o Senado - dominado pelo Partido Republicano - se negou a aceitá-lo.
Agora, a escolha de Trump deverá tender a instituição à direita, possivelmente por uma geração inteira, um grande alívio para os tradicionalistas, militantes das armas de fogo, partidários da pena de morte ou dos poderosos interesses financeiros.
- Reação democrata -Esta política de obstrução, criticada por minar o funcionamento mornal das instituições, valeu a pena para os republicanos.
Temendo uma virada de sérias consequências, o governador do estado de Nova York propôs na segunda-feira incluir o direito ao aborto na Constituição da região, a fim de "assegurar de uma vez por todas" esse direito às mulheres.
Mas em Washington, os republicanos podem esperar uma reação dos democratas.
O líder dos senadores democratas, Chuck Schumer, prometeu se opor "com unhas e dentes" a uma escolha que considere inaceitável.
O porta-voz de Donald Trump denunciou com antecedência na segunda-feira uma tática dos democratas que consiste em "arrastar os pés" e "fazer um jogo político".
"O presidente tem o direito que as pessoas nomeadas sejam entrevistadas", afirmou Sean Spicer, aparentemente alheio ao fato de que Trump afirmava precisamente o oposto após a nomeação do juiz Garland por Barack Obama.
- 'Short list' de 3 juízes -Para que um juiz seja confirmado, sua nomeação deve ser apoiada pela maioria do Senado, ou seja, 60 dos 100 assentos. Os republicanos têm 52 assentos, razão pela qual o novo juiz precisará do apoio de alguns democratas.
Donald Trump prometeu indicar um conservador, que se opõe ao aborto, mas que defende o direito ao porte de arma.
Durante a campanha presidencial, o bilionário publicou uma lista com 21 potenciais candidatos ao posto, a maioria homens brancos e com apenas quatro mulheres.
Segundo os especialistas, os mais cotados para ganhar a indicação atualmente são Neil Gorsuch, magistrado no tribunal de apelação federal de Denver (Colorado), William Pryor, um juiz federal que atua no estado do Alabama e Thomas Hardiman, juiz do tribunal de apelação federal de Pittsburgh (Pensilvânia).
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