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Trump considera possibilidade de emitir novo decreto sobre imigração

Evan Vucci/ AP
Imagem: Evan Vucci/ AP

Em Washington

10/02/2017 23h39

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta sexta-feira (10) a jornalistas a bordo do avião Air Force One que não descarta a assinatura de um novo decreto sobre imigração, diante da nova suspensão judicial da ordem assinada há duas semanas.

"A parte ruim é que leva um tempo legal, mas vamos ganhar essa batalha. Nós também temos um monte de outras opções, incluindo a apresentação de uma nova ordem [executiva]", afirmou o presidente.

Consultado sobre se planeja emitir uma nova ordem, Trump disse que é uma possibilidade. "Precisamos agir rapidamente por questões de segurança, de forma que poderia muito bem ser feita", declarou.

Na noite de quinta-feira (9), o Tribunal de Apelações do Nono Circuito, em São Francisco, manteve a suspensão do decreto presidencial que causou comoção no país e no mundo ao proibir a entrada de refugiados de todos as nacionalidades e de pessoas oriundas de sete países de maioria muçulmana.

Nesse sentido, Trump disse que sua equipe aguardará até a próxima semana para dar seu próximo passo. "Talvez na segunda (13), ou terça-feira (14)", comentou.

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Fortalecer a segurança

Em qualquer cenário, disse, o país se dedicará às "verificações extremas" para imigrantes e refugiados dos sete países incluídos em seu polêmico decreto. "Vamos fortalecer a segurança. Vamos permitir a entrada de pessoas em nosso país que venham por boas razões", disse.

O polêmico decreto migratório de Trump, que proibia por 120 dias a entrada no país de qualquer refugiado - por tempo indefinida se da Síria - e por 90 dias de qualquer cidadão de Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen, entrou em vigor em 27 de janeiro e, em 3 de fevereiro, foi suspenso pelo juiz James Robart em resposta ao recurso feito pelo procurador-geral do estado de Washington, Bob Ferguson.

Análise de opções

Em Washington, a Casa Branca procurava definir um rumo para salvar o decreto bloqueado pela Justiça, ou planejar um novo. O chefe de gabinete de Trump, Reince Priebus, disse à imprensa que a Presidência estava "repassando todas as nossas opções no sistema judiciário", deixando em aberto a possibilidade de levar o caso para a Suprema Corte.

De manhã, durante a coletiva de imprensa conjunta com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, Trump havia dito não ter "nenhuma dúvida" de que seu decreto seria validado pela Justiça. "Continuaremos com o processo nos tribunais e não há dúvidas de que ganharemos este caso", disse o presidente americano, acrescentando que seu governo anunciará "medidas adicionais de segurança (...) em algum momento da próxima semana".

De acordo com o presidente, a preocupação generalizada com a Segurança Nacional "é uma das razões pelas quais estou aqui". "Os eleitores sentiram que eu poderia proporcionar uma segurança melhor" ao país, completou.