Não existem provas de dinheiro da Odebrecht na campanha, diz presidente da Colômbia
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, assegurou que não existem indícios da entrada de dinheiro da construtura Odebrecht em sua campanha eleitoral para conseguir sua reeleição em 2014.
"Não encontraram (provas) e o que me disseram é que não poderão ser encontradas porque não existem", afirmou Santos em uma entrevista publicada neste domingo pelo jornal El Tiempo.
Santos pediu na quarta-feira, ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), máxima autoridade eleitoral do país, que investigue "a fundo" e "rápido" o suposto dinheiro da Odebrecht.
O procurador-geral, Néstor Humberto Martínez, anunciou na terça-feira a abertura de um inquérito sobre a doação de um milhão de dólares à campanha de reeleição de Santos por parte do ex-senador Otto Bula, detido em meados de janeiro por supostamente ter recebido dinheiro da Odebrecht em troca de licitação de obra pública.
Em uma coletiva, Martínez disse que o Ministério Público não tem prova física que comprometa a campanha do presidente, eleito em 2010 para um primeiro período de quatro anos, com dinheiro da empreiteira proveniente de um suborno a Bula.
O procurador assegurou que o inquérito se baseia na declaração de Bula, sob juramento, na qual afirmou ter dado 900.000 dólares, supostamente uma parte do suborno de 4,6 milhões de dólares, ao gerente da campanha de Santos, Roberto Prieto, através de um intermediário.
O ex-congressista "não vincula em nada o senhor presidente", afirmou o procurador.
O testemunho de Bula "é prova suficiente" para que o MP solicite ao Conselho Nacional Eleitoral que investigue se ocorreram irregularidades no financiamento da campanha, acrescentou.
Na Colômbia, o ente acusador não faz a investigação de irregularidades eleitorais.
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