Nova onda de indignação no mundo por suposto ataque químico na Síria
Paris, 5 Abr 2017 (AFP) - O suposto ataque químico na Síria continuava gerando indignação nesta quarta-feira após a divulgação de imagens das vítimas, em um momento em que o Conselho de Segurança da ONU se encontra reunido, com posições divergentes entre a Rússia e o Ocidente.
O Conselho de Segurança da ONU estava reunido nesta quarta-feira para discutir um projeto de resolução impulsionado por Londres, Washington e Paris para condenar o ataque e pedir uma investigação completa e rápida por parte da Organização para Proibição de Armas Químicas (OIAC).
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), o balanço aumentava nesta quarta para 86 pessoas mortos, entre eles 30 crianças, e mais de 160 feridos.
Mas a Rússia já adiantou que o texto lhe parece "inaceitável" e se manteve junto a seu aliado sírio, a quem ajuda militarmente desde 2015.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, qualificou o ataque como "desumano". Também usou o termo "crime de guerra" para se referir ao mesmo.
O presidente da França, François Hollande, exigiu que fossem aplicadas "sanções" contra o governo sírio de Bashar al-Assad.
"Os que são complacentes com esse regime devem também prestar contas, me refiro aos cúmplices, aos que estão na Síria e ajudam os aviões de Bashar al-Assad a lançar bombas de gás", acrescentou o presidente francês.
O ministro das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, disse que todas as provas apontam para Assad e o uso de "armas ilegais contra seu próprio povo".
O porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, também recordou que utilizar um gás tóxico "constitui um crime de guerra e os crimes de guerra devem ser tratados como tais". Também reiterou seu pedido para que a Rússia e o Irã pressionem Damasco para que "ponha fim a suas ações militares e respeite o cessar-fogo".
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, acusou o "regime sírio" de ser o "principal responsável pelas atrocidades na Síria".
"O assassinato indiscriminado de crianças, mulheres e homens com armas químicas é uma lembrança trágica da brutalidade do conflito e do regime sírio", disse.
O Irã condenou "qualquer utilização de armas químicas" na Síria, mas sugeriu que o suposto ataque químico de terça-feira provavelmente esteja relacionado a "grupos terroristas".
- "Massacre inaceitável" -O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou fortemente o presidente Bashar al-Assad.
"Assad assassino, como vai escapar dessa maldição?", disse Erdogan durante um discurso em Bursa. Também criticou o "silêncio" da comunidade internacional.
O papa Francisco chamou o ataque de "massacre inaceitável".
"Assistimos horrorizados os últimos episódios na Síria. Expresso minha firme reprovação pelo massacre inaceitável que ocorreu ontem [terça-feira] na província de Idlib, onde mataram dezenas de pessoas indefesas, entre elas muitas crianças", declarou o papa durante sua audiência semanal.
Na terça-feira à noite, o Exército sírio desmentiu "categoricamente" estas acusações.
A oposição síria criticou nesta quarta-feira as últimas declarações de Washington, que amenizou sua postura em relação a Bashar al-Assad.
"Até agora, esta administração [americana] não fez nada e adotou uma atitude de espectadora, fazendo declarações que dão ao regime a oportunidade de cometer mais crimes", afirmou o vice-presidente da Coalizão Nacional Síria, Abdelhakim Bashar.
burs-emd/pjl/an/age/cb/MVV
O Conselho de Segurança da ONU estava reunido nesta quarta-feira para discutir um projeto de resolução impulsionado por Londres, Washington e Paris para condenar o ataque e pedir uma investigação completa e rápida por parte da Organização para Proibição de Armas Químicas (OIAC).
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), o balanço aumentava nesta quarta para 86 pessoas mortos, entre eles 30 crianças, e mais de 160 feridos.
Mas a Rússia já adiantou que o texto lhe parece "inaceitável" e se manteve junto a seu aliado sírio, a quem ajuda militarmente desde 2015.
O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, qualificou o ataque como "desumano". Também usou o termo "crime de guerra" para se referir ao mesmo.
O presidente da França, François Hollande, exigiu que fossem aplicadas "sanções" contra o governo sírio de Bashar al-Assad.
"Os que são complacentes com esse regime devem também prestar contas, me refiro aos cúmplices, aos que estão na Síria e ajudam os aviões de Bashar al-Assad a lançar bombas de gás", acrescentou o presidente francês.
O ministro das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, disse que todas as provas apontam para Assad e o uso de "armas ilegais contra seu próprio povo".
O porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, também recordou que utilizar um gás tóxico "constitui um crime de guerra e os crimes de guerra devem ser tratados como tais". Também reiterou seu pedido para que a Rússia e o Irã pressionem Damasco para que "ponha fim a suas ações militares e respeite o cessar-fogo".
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, acusou o "regime sírio" de ser o "principal responsável pelas atrocidades na Síria".
"O assassinato indiscriminado de crianças, mulheres e homens com armas químicas é uma lembrança trágica da brutalidade do conflito e do regime sírio", disse.
O Irã condenou "qualquer utilização de armas químicas" na Síria, mas sugeriu que o suposto ataque químico de terça-feira provavelmente esteja relacionado a "grupos terroristas".
- "Massacre inaceitável" -O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, criticou fortemente o presidente Bashar al-Assad.
"Assad assassino, como vai escapar dessa maldição?", disse Erdogan durante um discurso em Bursa. Também criticou o "silêncio" da comunidade internacional.
O papa Francisco chamou o ataque de "massacre inaceitável".
"Assistimos horrorizados os últimos episódios na Síria. Expresso minha firme reprovação pelo massacre inaceitável que ocorreu ontem [terça-feira] na província de Idlib, onde mataram dezenas de pessoas indefesas, entre elas muitas crianças", declarou o papa durante sua audiência semanal.
Na terça-feira à noite, o Exército sírio desmentiu "categoricamente" estas acusações.
A oposição síria criticou nesta quarta-feira as últimas declarações de Washington, que amenizou sua postura em relação a Bashar al-Assad.
"Até agora, esta administração [americana] não fez nada e adotou uma atitude de espectadora, fazendo declarações que dão ao regime a oportunidade de cometer mais crimes", afirmou o vice-presidente da Coalizão Nacional Síria, Abdelhakim Bashar.
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