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Deslizamento de terra causou a morte de 102 crianças na Colômbia

07/04/2017 15h29

Bogotá, 7 Abr 2017 (AFP) - Ao menos 102 crianças morreram no deslizamento de terra que devastou a cidade de Mocoa, no sul da Colômbia, em um balanço total de 311 vítimas fatais, de acordo com o último levantamento divulgado nesta sexta-feira (7).

Conforme informações da Unidade Nacional para a Gestão de Riscos de Desastres (UNGRD), o número de feridos mantêm-se em 332, e 240 corpos já foram entregues às famílias.

Na quinta-feira (6), a diretora do Instituto Colombiano de Bem-estar Familiar (ICBF), Cristina Plazas, afirmou que as autoridades já atenderam a mais de 1.200 crianças.

Nos abrigos há 97 mães, dentre elas algumas são gestantes, enquanto outras amamentam e cuidam dos recém-nascidos, conforme informações da Blu Radio Plazas, que fes questão de destacar que todos os menores sobreviventes estão acompanhados de algum familiar.

O desastre ocorreu por volta da meia-noite da sexta-feira (7) pela cheia de três rios, após fortes chuvas, e afetou 45.000 dos 70.000 moradores de Mocoa, segundo cálculos oficiais.

A UNGRD contabilizou pelo menos 4.506 pessoas danificadas - sem moradia e necessitando de ajuda humanitária - distribuídas nos abrigos.

O diretor de Resgate da Cruz Vermelha na Colômbia, César Urueña, contou à AFP que a primeira etapa de busca e resgate já foi finalizada, e mobilizou mais de 300 socorristas de diversos órgãos.

No momento, há uma equipe de aproximadamente 100 socorristas analisando o local do desastre, mas focados para que os sobreviventes tenham acesso à serviços básicos como água e abrigo, explicou.

Até o momento a rede elétrica ainda não foi totalmente reestabelecida em Mocoa, de acordo com o governo.

O presidente Juan Manuel Santos comunicou na quarta-feira (5) o número de aproximadamente 300 desaparecidos. Segundo a presidência, dentre eles há quatro estrangeiros: um espanhol, um alemão, um equatoriano e um britânico.

O ministério de Relações Exteriores divulgou na quarta-feira a morte de uma cidadã equatoriana. Outros 23 estrangeiros, dentre eles um canadense, um chileno, seis espanhóis, um turco e um israelense, conseguiram ser localizados sem dificuldades.

As autoridades calculam que a reconstrução da cidade amazônica possa durar dois anos.

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