EUA ataca regime sírio com dezenas de mísseis
Washington, 7 Abr 2017 (AFP) - Os Estados Unidos dispararam dezenas de mísseis nesta quinta-feira contra alvos na Síria, em resposta ao ataque com armas químicas atribuído ao regime do presidente Bashar al Assad, apesar da advertência da Rússia para as "consequência" de uma ação militar unilateral.
O presidente americano, Donald Trump, declarou que o ataque foi "vital para a segurança nacional", recordando que Assad matou com gás neurotóxico "homens, mulheres e crianças indefesos".
"Na terça-feira, o ditador sírio, Bashar al Assad, lançou um horrível ataque com armas químicas contra civis inocentes usando um agente neurotóxico mortal", declarou Trump em mensagem pela TV.
"Esta noite, peço a todos os países civilizados que se unam a nós para buscar o fim do derramamento de sangue na Síria e também para acabar com o terrorismo, de qualquer tipo". "Esperamos que enquanto os Estados Unidos defenderem a justiça; a paz e a harmonia prevaleçam no final".
Uma oficial do Pentágono informou que dezenas de mísseis de cruzeiro Tomahawk foram disparados contra a base aérea de Shayrat, de onde segundo Washington partiu o ataque químico, que deixou 86 mortos, incluindo vinte crianças.
Outro oficial confirmou que ao menos 59 mísseis Tomahawk foram lançados - especialmente contra a base de Shayrat - dos navios de guerra USS Porter e USS Ross, que navegavam no leste do Mar Mediterrâneo.
Um alto funcionário da Casa Branca revelou que o "regime de Assad utilizou um agente neurotóxico com as características do (gás) sarin". Em resposta, "59 mísseis" atingiram a base aérea de Shayrat, que está "associada ao programa" sírio de armas químicas e "diretamente vinculada" aos "horríveis" acontecimentos de terça-feira.
Shayrat, uma das maiores bases aéreas da Síria, está situada cerca de 40 km a sudeste da cidade de Homs e segundo a oposição é um centro para a fabricação de barris de explosivos e para equipar mísseis com substâncias químicas.
O governador da província de Homs, Talal Barazi, disse por telefone à AFP que o ataque provocou mortes: "há mártires, mas ainda não temos o número de mártires e de feridos".
"Há feridos com queimaduras (...). Há incêndios que tentamos controlar (...). Exigirá algum tempo para avaliarmos os danos".
Talal Barazi destacou que "a Força Aérea presente no aeroporto de Shayrat constitui um apoio importante às forças armadas que enfrentam o grupo Estado Islâmico (EI) na região de Palmira".
O comandante Jeff Davis, porta-voz do Pentágono, informou que "as forças russas foram alertadas antes do ataque através da linha estabelecida".
"Os estrategistas militares americanos tomaram as precauções necessárias para minimizar os riscos do pessoal russo ou sírio estacionado na base aérea".
Os militares americanos e russos estabeleceram uma linha de comunicação especial para trocar informações sobre suas respectivas operações na Síria, de modo de evitar qualquer incidente entre seus aviões.
A TV estatal em Damasco qualificou o ataque de "agressão americana contra alvos militares sírios com diversos mísseis".
"Uma das nossas bases aéreas no centro do país foi atacada ao amanhecer por mísseis disparados pelos Estados Unidos, provocando perdas", assinalou um oficial citado pela TV estatal.
"Esta agressão americana ocorre após a campanha midiática de alguns países (...) pelo que ocorreu em Khan Cheikun", informou a agência oficial de notícias Sana.
Um funcionário americano revelou que Trump informou pessoalmente ao presidente chinês, Xi Jinping, sobre o ataque ao regime sírio.
Trump e Xi se encontraram nesta quinta-feira em Mar-a-Lago, na Flórida, onde na sexta-feira haverá uma "cúpula informal" entre os dois líderes para analisar distintos temas de interesse global.
A Coalizão da oposição síria "saudou o ataque e pediu a Washington que neutralize a capacidade de Assad de realizar tais ataques (químicos)" . "Esperamos que prossigam os bombardeios" americanos.
Na noite desta quinta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas não conseguiu obter um acordo sobre uma declaração envolvendo o ataque com armas químicas, enquanto circulavam informações sobre um eventual bombardeio americano à Síria.
No final da reunião, o embaixador da Rússia, Vladimir Safronkov, advertiu para os riscos de um ataque americano à Síria.
"Se ocorrer uma ação militar, toda a responsabilidade recairá sobre os que iniciaram uma empresa tão trágica e duvidosa", disse o diplomata russo na saída da reunião.
Após o ataque, o secretário americano de Estado, Rex Tillerson, declarou que a Rússia falhou com suas responsabilidades.
O ataque desta quinta-feira representa um claro giro na política americana em relação à Síria. Há apenas uma semana, a diplomata americana na ONU, Nikki Haley, declarou que a saída de Assad do poder não estava entre as "prioridades" de Washington.
arb-ahg/lr
O presidente americano, Donald Trump, declarou que o ataque foi "vital para a segurança nacional", recordando que Assad matou com gás neurotóxico "homens, mulheres e crianças indefesos".
"Na terça-feira, o ditador sírio, Bashar al Assad, lançou um horrível ataque com armas químicas contra civis inocentes usando um agente neurotóxico mortal", declarou Trump em mensagem pela TV.
"Esta noite, peço a todos os países civilizados que se unam a nós para buscar o fim do derramamento de sangue na Síria e também para acabar com o terrorismo, de qualquer tipo". "Esperamos que enquanto os Estados Unidos defenderem a justiça; a paz e a harmonia prevaleçam no final".
Uma oficial do Pentágono informou que dezenas de mísseis de cruzeiro Tomahawk foram disparados contra a base aérea de Shayrat, de onde segundo Washington partiu o ataque químico, que deixou 86 mortos, incluindo vinte crianças.
Outro oficial confirmou que ao menos 59 mísseis Tomahawk foram lançados - especialmente contra a base de Shayrat - dos navios de guerra USS Porter e USS Ross, que navegavam no leste do Mar Mediterrâneo.
Um alto funcionário da Casa Branca revelou que o "regime de Assad utilizou um agente neurotóxico com as características do (gás) sarin". Em resposta, "59 mísseis" atingiram a base aérea de Shayrat, que está "associada ao programa" sírio de armas químicas e "diretamente vinculada" aos "horríveis" acontecimentos de terça-feira.
Shayrat, uma das maiores bases aéreas da Síria, está situada cerca de 40 km a sudeste da cidade de Homs e segundo a oposição é um centro para a fabricação de barris de explosivos e para equipar mísseis com substâncias químicas.
O governador da província de Homs, Talal Barazi, disse por telefone à AFP que o ataque provocou mortes: "há mártires, mas ainda não temos o número de mártires e de feridos".
"Há feridos com queimaduras (...). Há incêndios que tentamos controlar (...). Exigirá algum tempo para avaliarmos os danos".
Talal Barazi destacou que "a Força Aérea presente no aeroporto de Shayrat constitui um apoio importante às forças armadas que enfrentam o grupo Estado Islâmico (EI) na região de Palmira".
O comandante Jeff Davis, porta-voz do Pentágono, informou que "as forças russas foram alertadas antes do ataque através da linha estabelecida".
"Os estrategistas militares americanos tomaram as precauções necessárias para minimizar os riscos do pessoal russo ou sírio estacionado na base aérea".
Os militares americanos e russos estabeleceram uma linha de comunicação especial para trocar informações sobre suas respectivas operações na Síria, de modo de evitar qualquer incidente entre seus aviões.
A TV estatal em Damasco qualificou o ataque de "agressão americana contra alvos militares sírios com diversos mísseis".
"Uma das nossas bases aéreas no centro do país foi atacada ao amanhecer por mísseis disparados pelos Estados Unidos, provocando perdas", assinalou um oficial citado pela TV estatal.
"Esta agressão americana ocorre após a campanha midiática de alguns países (...) pelo que ocorreu em Khan Cheikun", informou a agência oficial de notícias Sana.
Um funcionário americano revelou que Trump informou pessoalmente ao presidente chinês, Xi Jinping, sobre o ataque ao regime sírio.
Trump e Xi se encontraram nesta quinta-feira em Mar-a-Lago, na Flórida, onde na sexta-feira haverá uma "cúpula informal" entre os dois líderes para analisar distintos temas de interesse global.
A Coalizão da oposição síria "saudou o ataque e pediu a Washington que neutralize a capacidade de Assad de realizar tais ataques (químicos)" . "Esperamos que prossigam os bombardeios" americanos.
Na noite desta quinta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas não conseguiu obter um acordo sobre uma declaração envolvendo o ataque com armas químicas, enquanto circulavam informações sobre um eventual bombardeio americano à Síria.
No final da reunião, o embaixador da Rússia, Vladimir Safronkov, advertiu para os riscos de um ataque americano à Síria.
"Se ocorrer uma ação militar, toda a responsabilidade recairá sobre os que iniciaram uma empresa tão trágica e duvidosa", disse o diplomata russo na saída da reunião.
Após o ataque, o secretário americano de Estado, Rex Tillerson, declarou que a Rússia falhou com suas responsabilidades.
O ataque desta quinta-feira representa um claro giro na política americana em relação à Síria. Há apenas uma semana, a diplomata americana na ONU, Nikki Haley, declarou que a saída de Assad do poder não estava entre as "prioridades" de Washington.
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