Justiça investigará nove ministros, 29 senadores e 50 deputados no âmbito da 'Lava Jato'
Brasília, 12 Abr 2017 (AFP) - O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou pedidos de abertura de inquérito envolvendo nove ministros do presidente Michel Temer pela operação "Lava Jato" - revelaram nesta terça-feira (11) documentos publicados pelo STF.
Esse processo inclui alguns dos principais membros do gabinete e boa parte da cúpula do Congresso. São pelo menos 29 dos 81 senadores, cerca de 50 dos 513 deputados e três governadores.
A longa lista divulgada à noite pelo STF inclui Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil; Moreira Franco, Secretário-geral da Presidência; e o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. Todos são integrantes do núcleo duro do governo de Temer, que sucedeu a Dilma Rousseff, deposta em 2016 por manipular as contas públicas.
"A Presidência não se pronuncia sobre investigações em curso", desconversou a assessoria de imprensa do Planalto, agora à noite.
Também estão na lista os ministros da Agricultura, Blairo Maggi; da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab; da Integração Nacional, Hélder Barbalho; das Cidades, Bruno Araújo; da Cultura, Roberto Freire; e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.
O processo atinge em cheio os principais partidos do País.
A lista de Fachin inclui o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), o líder do partido no Senado, Romero Jucá, o senador Aécio Neves, líder do PSDB, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Quatro ex-presidentes estão incluídos nessa relação de pedidos de investigação: o hoje senador Fernando Collor (1990-1992) e os ex-presidentes sem foro privilegiado Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), Dilma Rousseff (2011-2016) e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Seus casos enviados a tribunais de instâncias inferiores.
Lula enfrenta cinco processos judiciais ligados - direta, ou indiretamente - à "Lava Jato". Em 3 de maio, o homem que lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições à Presidência em 2018 será ouvido pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro.
A nova onda de investigações se baseia nas chamadas "delações da Odebrecht", empreiteira que desempenhou um papel central no esquema, desviando bilhões de reais para a política. Segundo quem teve acesso ao conteúdo, as delações têm potencial para mudar o já atribulado cenário político brasileiro.
ReaçõesAlguns dos citados já começaram a reagir.
"A verdade prevalecerá. A Justiça brasileira tem maturidade e firmeza para investigar e distinguir a verdade das mentiras e das versões alternativas", afirmou o presidente do Senado, Eunício Oliveira, antecipando que exercerá seu "amplo direito de defesa".
Em sua conta no Twitter, o senador Aécio Neves escreveu: "Considero importante o fim do sigilo sobre o conteúdo das delações, iniciativa solicitada por mim ao ministro Edson Fachin na semana passada e considero que, assim, será possível desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de minha conduta".
Esse processo inclui alguns dos principais membros do gabinete e boa parte da cúpula do Congresso. São pelo menos 29 dos 81 senadores, cerca de 50 dos 513 deputados e três governadores.
A longa lista divulgada à noite pelo STF inclui Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil; Moreira Franco, Secretário-geral da Presidência; e o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. Todos são integrantes do núcleo duro do governo de Temer, que sucedeu a Dilma Rousseff, deposta em 2016 por manipular as contas públicas.
"A Presidência não se pronuncia sobre investigações em curso", desconversou a assessoria de imprensa do Planalto, agora à noite.
Também estão na lista os ministros da Agricultura, Blairo Maggi; da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab; da Integração Nacional, Hélder Barbalho; das Cidades, Bruno Araújo; da Cultura, Roberto Freire; e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira.
O processo atinge em cheio os principais partidos do País.
A lista de Fachin inclui o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), o líder do partido no Senado, Romero Jucá, o senador Aécio Neves, líder do PSDB, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Quatro ex-presidentes estão incluídos nessa relação de pedidos de investigação: o hoje senador Fernando Collor (1990-1992) e os ex-presidentes sem foro privilegiado Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), Dilma Rousseff (2011-2016) e Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Seus casos enviados a tribunais de instâncias inferiores.
Lula enfrenta cinco processos judiciais ligados - direta, ou indiretamente - à "Lava Jato". Em 3 de maio, o homem que lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições à Presidência em 2018 será ouvido pelo juiz de primeira instância Sérgio Moro.
A nova onda de investigações se baseia nas chamadas "delações da Odebrecht", empreiteira que desempenhou um papel central no esquema, desviando bilhões de reais para a política. Segundo quem teve acesso ao conteúdo, as delações têm potencial para mudar o já atribulado cenário político brasileiro.
ReaçõesAlguns dos citados já começaram a reagir.
"A verdade prevalecerá. A Justiça brasileira tem maturidade e firmeza para investigar e distinguir a verdade das mentiras e das versões alternativas", afirmou o presidente do Senado, Eunício Oliveira, antecipando que exercerá seu "amplo direito de defesa".
Em sua conta no Twitter, o senador Aécio Neves escreveu: "Considero importante o fim do sigilo sobre o conteúdo das delações, iniciativa solicitada por mim ao ministro Edson Fachin na semana passada e considero que, assim, será possível desmascarar as mentiras e demonstrar a absoluta correção de minha conduta".
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