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Papa Francisco implora pela paz na Síria e no Oriente Médio

Papa Francisco dá a bênção de Páscoa para Roma e o mundo na Basílica de São Petersburgo, na Praça de São Pedro, no Vaticano - Tiziana Fabi/AFP
Papa Francisco dá a bênção de Páscoa para Roma e o mundo na Basílica de São Petersburgo, na Praça de São Pedro, no Vaticano Imagem: Tiziana Fabi/AFP

Da AFP, na Cidade do Vaticano

16/04/2017 09h48

O papa Francisco implorou pela paz no Oriente Médio e na Síria, onde "reinam o horror e a morte", em sua tradicional bênção "Urbi et Orbi" do Domingo de Páscoa.

Ante milhares de fiéis congregados na praça de São Pedro do Vaticano, o Papa rogou a Deus que "conceda a paz a todo o Oriente Médio" e ajude "a quem trabalha ativamente para levar alívio e consolo à população civil da Síria, vítima de uma guerra que não cessar de semear horror e morte".

Francisco denunciou "o vil ataque" ocorrido no sábado na periferia de Aleppo contra civis que fugiam e que até o momento deixou mais de cem mortos.

O pontífice também pediu a Deus que conceda "aos representantes das Nações o valor de evitar que se propaguem os conflito e acabar com o tráfico de armas".

Nesta tradicional bênção à cidade e ao mundo após a missa pascal, o Papa argentina não esqueceu de seu próprio continente.

Pediu a Deus para que "sustente os esforços de quem, especialmente na América Latina, se compromete a favor do bem comum das sociedades, tantas vezes marcadas por tensões políticas e sociais, e que, em alguns casos, é sufocado pela violência".

"Que se construam pontes de diálogo, perseverando na luta contra a praga da corrupção e na busca de soluções pacíficas válidas ante as controvérsias, para o progresso e a consolidação das instituições democráticas, no pleno respeito do estado de direito", afirmou.

O Papa também teve palavras para os deslocados pelos conflitos, recordando que Cristo "se faz companheiro de caminho de quem se vê obrigado a deixar a própria terra por causa de conflitos armados, dos ataques terroristas, das carestias, dos regimes opressivos".

E mencionou, por último, o conflito ucraniano, na esperança de que Deus ajude um país afligido "por um sangrento conflito, para que volte a encontrar a concórdia e acompanhe as iniciativas promovidas para aliviar os dramas de quem sofre as consequências".

A missa do Domingo da Ressurreição é a mais importante das celebrações pascais.

- Segurança -Antes da bênção, o Papa celebrou a tradicional missa de Páscoa, assistida por milhares de pessoas, em meio a um imponente dispositivo de segurança.

As celebrações de Páscoa, que começaram na Quinta-feira Santa com uma missa e a tradicional lavagem dos pés por parte do Papa, são alvo de fortes medidas de segurança depois dos atentados de domingo passado contra igrejas coptas no Egito.

Todo o bairro em torno da Basílica de São Pedro foi isolado neste domingo e vários acessos realizarm um controle de bolsas dos peregrinos.

O acesso à praça propriamente só era possível passando por um portal detector de metais como o dos aeroportos. As autoridades instalaram cerca de 30 portais em torno da imponente colunata de Bernini, que rodeia a praça.

Centenas de policiais e membros das forças de segurança vigiavam as imediações da esplanada, como já haviam feito na véspera, na Vigília Pacal e na Via Crúcis de Sexta-feira Santa perto do Coliseu.

Na Vigília Pascal, Francisco referiu-se novamente "aos rostros de quem experimenta o desprezo porque é imigrante, órfão de pátria, de casa e de família".

Na sexta, depois da Via Crúcis, classificou de "vergonha o sangue inocente que cotidianamente é derramado por mulheres, criancas, migrantes e pessoas perseguidas por sua cor de pele, sua etnia, sua posição social ou sua fé".