Rato-toupeira-pelado pode sobreviver até 18 minutos sem oxigênio (estudo)
Miami, 20 Abr 2017 (AFP) - Quando privado de oxigênio, o rato-toupeira-pelado tem uma capacidade única de converter açúcar em energia, uma habilidade que um dia pode ajudar a tratar vítimas de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral, disseram pesquisadores nesta quinta-feira.
Estes mamíferos de sangue frio são uma fonte de fascínio para os cientistas, porque podem viver 30 anos, raramente têm câncer e não parecem sentir a maioria dos tipos de dor.
Pesquisadores relataram na revista Science que quando os ratos-toupeira-pelados são expostos a níveis de oxigênio baixos o suficiente para matar uma pessoa em minutos, eles podem sobreviver por pelo menos cinco horas.
A espécie é capaz, ainda, de sobreviver até 18 minutos na ausência total de oxigênio. No mesmo experimento, ratos submetidos a esta condição morreram em cerca de um minuto.
Os ratos-toupeira-pelados fazem isso ao agir como plantas, convertendo a frutose em energia para manter suas células cerebrais vivas.
Na ausência de oxigênio, grandes quantidades de frutose fluíram para as suas correntes sanguíneas, e foram transportadas para as células do cérebro.
"O rato-toupeira-pelado simplesmente reorganizou alguns blocos básicos do metabolismo para torná-lo super tolerante às condições de baixo oxigênio", disse Thomas Park, autor principal do estudo e professor de ciências biológicas na Universidade de Illinois, em Chicago.
Esses roedores entram em um estado de animação suspensa (desaceleração dos processos vitais do corpo por meios externos sem levar à morte), movendo-se muito pouco e diminuindo seu pulso e taxa de respiração, e usam a frutose para sobreviver até que o oxigênio esteja disponível novamente.
"O rato-toupeira-pelado é o único mamífero conhecido a usar a animação suspensa para sobreviver à privação de oxigênio", disse o estudo.
Este metabolismo incomum dos ratos-toupeira-pelados poderia ser uma adaptação para viver em tocas lotadas onde o oxigênio é escasso, aponta o estudo.
"O ar pode ficar muito abafado nessas tocas subterrâneas", disse Gary Lewin, coautor do estudo e pesquisador do Centro Max Delbruck de Medicina Molecular da Associação Helmholtz.
Quando exposto a níveis baixos de oxigênio, a frequência cardíaca do rato-toupeira-pelado cai de 200 batimentos por minuto para cerca de 50. Uma vez que o oxigênio fica disponível novamente, eles voltam a se mexer, como se nada tivesse acontecido, segundo o estudo.
Se os cientistas pudessem aproveitar esse processo e aplicá-lo aos seres humanos, ele poderia ajudar pessoas que foram privadas de oxigênio durante ataques cardíacos ou derrames a sobreviver.
"Nosso trabalho é a primeira evidência de que um mamífero pode mudar sua fonte de combustível para a frutose", disse Lewin.
"Teoricamente, poucas mudanças podem ser necessárias para adotar esse metabolismo incomum", acrescentou.
Mas ainda não se sabe se as células humanas poderiam ser induzidas a se comportar desta forma.
"Pacientes que sofrem um infarto ou acidente vascular cerebral apresentam danos irreparáveis após apenas alguns minutos de privação de oxigênio", observou Lewin.
Estes mamíferos de sangue frio são uma fonte de fascínio para os cientistas, porque podem viver 30 anos, raramente têm câncer e não parecem sentir a maioria dos tipos de dor.
Pesquisadores relataram na revista Science que quando os ratos-toupeira-pelados são expostos a níveis de oxigênio baixos o suficiente para matar uma pessoa em minutos, eles podem sobreviver por pelo menos cinco horas.
A espécie é capaz, ainda, de sobreviver até 18 minutos na ausência total de oxigênio. No mesmo experimento, ratos submetidos a esta condição morreram em cerca de um minuto.
Os ratos-toupeira-pelados fazem isso ao agir como plantas, convertendo a frutose em energia para manter suas células cerebrais vivas.
Na ausência de oxigênio, grandes quantidades de frutose fluíram para as suas correntes sanguíneas, e foram transportadas para as células do cérebro.
"O rato-toupeira-pelado simplesmente reorganizou alguns blocos básicos do metabolismo para torná-lo super tolerante às condições de baixo oxigênio", disse Thomas Park, autor principal do estudo e professor de ciências biológicas na Universidade de Illinois, em Chicago.
Esses roedores entram em um estado de animação suspensa (desaceleração dos processos vitais do corpo por meios externos sem levar à morte), movendo-se muito pouco e diminuindo seu pulso e taxa de respiração, e usam a frutose para sobreviver até que o oxigênio esteja disponível novamente.
"O rato-toupeira-pelado é o único mamífero conhecido a usar a animação suspensa para sobreviver à privação de oxigênio", disse o estudo.
Este metabolismo incomum dos ratos-toupeira-pelados poderia ser uma adaptação para viver em tocas lotadas onde o oxigênio é escasso, aponta o estudo.
"O ar pode ficar muito abafado nessas tocas subterrâneas", disse Gary Lewin, coautor do estudo e pesquisador do Centro Max Delbruck de Medicina Molecular da Associação Helmholtz.
Quando exposto a níveis baixos de oxigênio, a frequência cardíaca do rato-toupeira-pelado cai de 200 batimentos por minuto para cerca de 50. Uma vez que o oxigênio fica disponível novamente, eles voltam a se mexer, como se nada tivesse acontecido, segundo o estudo.
Se os cientistas pudessem aproveitar esse processo e aplicá-lo aos seres humanos, ele poderia ajudar pessoas que foram privadas de oxigênio durante ataques cardíacos ou derrames a sobreviver.
"Nosso trabalho é a primeira evidência de que um mamífero pode mudar sua fonte de combustível para a frutose", disse Lewin.
"Teoricamente, poucas mudanças podem ser necessárias para adotar esse metabolismo incomum", acrescentou.
Mas ainda não se sabe se as células humanas poderiam ser induzidas a se comportar desta forma.
"Pacientes que sofrem um infarto ou acidente vascular cerebral apresentam danos irreparáveis após apenas alguns minutos de privação de oxigênio", observou Lewin.
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