EUA pedem à ONU pressão sobre Rússia para agir na Síria
Nações Unidas, Estados Unidos, 28 Abr 2017 (AFP) - Em debate sobre o conflito na Síria, os Estados Unidos reivindicaram nesta quinta-feira (27) que o Conselho de Segurança da ONU coloque "toda pressão" sobre a Rússia, aliada de Damasco, para a imposição de um cessar-fogo e entrega de ajuda humanitária.
"Todos os olhares e toda pressão são necessários agora sobre a Rússia, porque eles são os que podem deter isso, se assim desejarem", disse a embaixadora americana, Nikki Haley, durante a reunião.
A diplomata criticou Moscou.
"Quem é o único Estado-membro que continua protegendo o regime que impede a passagem da ajuda humanitária?" - questionou Haley, cujo país exerce a presidência rotativa no Conselho pelo mês de abril.
"A Rússia deve cumprir sua promessa de buscar conversas de paz de verdade e uma autêntica solução política" para o conflito, acrescentou.
Em uma prestação de contas no Conselho, o secretário-geral adjunto para assuntos humanitários da ONU, Stephen O'Brien, lamentou "a deterioração da situação humanitária, se isso ainda for possível".
O'Brien pediu um "fortalecimento do cessar-fogo nacional e, em particular, um pausa nos combates em Guta oriental", zona rebelde perto de Damasco, onde cerca de 400 mil civis estão encurralados sob o cerco das tropas do governo.
O embaixador russo na Casa, Petr Iliichev, garantiu que, "na Síria, em seu conjunto", mantém-se o fim das hostilidades e condenou as "escaladas" e "as críticas contra o governo sírio".
Ele destacou que Rússia, Turquia e Irã trabalham para manter o cessar-fogo.
"Nem vocês, nem seus colegas ocidentais disseram uma palavra sobre como estão pressionando", criticou o diplomata russo, dirigindo-se a Haley.
Ao descrever a situação síria como "catastrófica", o embaixador francês nas Nações Unidas, François Delattre, considerou que o cessar-fogo e a ajuda humanitária eram necessários para abrir caminho para conversas de paz críveis.
Delattre também exigiu "uma pressão muito mais forte da Rússia sobre o regime sírio, assim como um compromisso político claro dos Estados Unidos, após os últimos ataques americanos" contra uma base aérea síria entre 6 e 7 de abril.
Os Estados Unidos querem que governo e oposição sírios voltem para Genebra no mês que vem para uma nova rodada de conversas de paz que ponha fim à guerra. Já são mais de 320 mil mortos em seis anos.
nr-cml/elm/tt/lr
"Todos os olhares e toda pressão são necessários agora sobre a Rússia, porque eles são os que podem deter isso, se assim desejarem", disse a embaixadora americana, Nikki Haley, durante a reunião.
A diplomata criticou Moscou.
"Quem é o único Estado-membro que continua protegendo o regime que impede a passagem da ajuda humanitária?" - questionou Haley, cujo país exerce a presidência rotativa no Conselho pelo mês de abril.
"A Rússia deve cumprir sua promessa de buscar conversas de paz de verdade e uma autêntica solução política" para o conflito, acrescentou.
Em uma prestação de contas no Conselho, o secretário-geral adjunto para assuntos humanitários da ONU, Stephen O'Brien, lamentou "a deterioração da situação humanitária, se isso ainda for possível".
O'Brien pediu um "fortalecimento do cessar-fogo nacional e, em particular, um pausa nos combates em Guta oriental", zona rebelde perto de Damasco, onde cerca de 400 mil civis estão encurralados sob o cerco das tropas do governo.
O embaixador russo na Casa, Petr Iliichev, garantiu que, "na Síria, em seu conjunto", mantém-se o fim das hostilidades e condenou as "escaladas" e "as críticas contra o governo sírio".
Ele destacou que Rússia, Turquia e Irã trabalham para manter o cessar-fogo.
"Nem vocês, nem seus colegas ocidentais disseram uma palavra sobre como estão pressionando", criticou o diplomata russo, dirigindo-se a Haley.
Ao descrever a situação síria como "catastrófica", o embaixador francês nas Nações Unidas, François Delattre, considerou que o cessar-fogo e a ajuda humanitária eram necessários para abrir caminho para conversas de paz críveis.
Delattre também exigiu "uma pressão muito mais forte da Rússia sobre o regime sírio, assim como um compromisso político claro dos Estados Unidos, após os últimos ataques americanos" contra uma base aérea síria entre 6 e 7 de abril.
Os Estados Unidos querem que governo e oposição sírios voltem para Genebra no mês que vem para uma nova rodada de conversas de paz que ponha fim à guerra. Já são mais de 320 mil mortos em seis anos.
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