Topo

China diz que diálogo com Coreia do Norte é 'única opção correta'

Rex Tillerson, secretário de Estado dos EUA, e o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi - AFP PHOTO/POOL ORG
Rex Tillerson, secretário de Estado dos EUA, e o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi Imagem: AFP PHOTO/POOL ORG

Nas Nações Unidas (Nova York)

28/04/2017 11h24

O chefe da diplomacia chinesa, Wang Yi, defendeu nesta sexta-feira na ONU o diálogo com a Coreia do Norte como "a única opção correta" para tentar resolver a crise com Pyongyang por seus programas nucleares e balísticos.

"Resolver de maneira pacífica a questão nuclear da península coreana por meio do diálogo e de negociações representa a única opção correta, realista e viável", afirmou o ministro das Relações Exteriores chinês antes de uma reunião do Conselho de Segurança sobre a Coreia do Norte e presidida pelo secretário de Estado americano, Rex Tillerson.

Wang Yi defendeu a necessidade da "desnuclearização da península e a manutenção do regime internacional de não-proliferação nuclear", a fim "de evitar o caos" na região.

Falando através de uma tradutora, o ministro chinês voltou a apresentar a proposta de Pequim de congelar os programas militares nuclear e balístico da Coreia do Norte, aliada da China, em troca do fim dos exercícios militares entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul, ligados por um tratado de aliança.

O chefe da diplomacia chinesa chamou esta oferta de "sensata e razoável".

Ele também pediu a retomada das negociações a Seis entre a Coreia do Norte, Coreia do Sul, Japão, Rússia, Estados Unidos e China. O diálogo durou de 2003 a 2009, sem sucesso.

Nesta sexta-feira, durante a reunião ministerial dos 15 membros do Conselho de Segurança, o americano Tillerson vai pressionar sobre a Coreia do Norte e seus programas militares e pedirá à China que controle melhor o seu aliado comunista.

Após a reunião, Tillerson vai se encontrar frente a frente com Wang Yi.

Sinal da urgência da questão para os Estados Unidos, cujos territórios como o Havaí ou a costa noroeste poderiam estar ao alcance dos mísseis norte-coreanos, Tillerson declarou nesta sexta-feira de manhã ma rádio pública americana que seu país não excluía um diálogo direto com o regime do líder Kim Jong-Un.

O regime comunista multiplicou nos últimos anos seus lançamentos de mísseis balísticos e realizou cinco testes nucleares subterrâneos, incluindo dois em 2016.

Estes programas militares valeram ao país uma série de resoluções e sanções internacionais da ONU. De acordo com especialistas, essas medidas punitivas, no entanto, tiveram pouco impacto sobre Pyongyang.

China exige cessar militar de EUA e Coreia do Sul na península coreana

AFP