Iranianos votam nesta sexta-feira para eleger próximo presidente
Os iranianos começaram a votar nesta sexta-feira (19) nas eleições presidenciais em que o atual mandatário, o moderado Hassan Rohani, enfrenta o religioso conservador Ebrahim Raissi.
As seções eleitorais abriram às 3h30 no horário local (0h30 em Brasília) para 56,4 milhões de eleitores habilitados, que se pronunciarão entre a manutenção da política de abertura promovida por Rohani e o nacionalismo defendido por Raissi.
O governo de Rohani, 68, é questionado por Raissi, 56, ligado ao guia supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei.
Khamenei votou logo após a abertura das urnas e declarou: "o destino do país está nas mãos dos iranianos".
Longas filas de eleitores começaram a se formar desde a manhã, em distintos pontos da capital.
Eleito pela primeira vez em 2013, com 50,7% dos votos no primeiro turno, Hassan Rohani tenta mais um mandato de quatro anos.
As eleições ocorrem em um ambiente de crescente tensão com os Estados Unidos, após a eleição de Donald Trump, que no sábado estará na Arábia Saudita, grande adversário do Irã na região.
O presidente iraniano recebeu o apoio de seu primeiro vice-presidente, Es-hagh Jahanguiri, outro reformista que retirou sua candidatura e fez campanha por Rohani.
A intenção de Rohani, apesar da hostilidade de Trump, é prosseguir com a abertura iniciada em julho de 2015 com o acordo nuclear histórico com as grandes potências, entre elas os EUA.
O acordo, assinado em julho de 2015 e que entrou em vigor em janeiro de 2016, prevê um controle internacional de caráter puramente civil e pacífico do programa nuclear iraniano em troca da suspensão das sanções que sufocavam a economia do Irã.
Na quarta-feira, Washington decidiu manter o alívio das sanções contra Teerã previsto no tratado, apesar da retórica da atual administração americana.
Até mesmo os detratores do acordo - como os caciques republicanos conservadores, altos funcionários israelenses e países árabes - admitem que o Irã tem respeitado seus compromissos.
O secretário de Estado, Rex Tillerson, reconheceu no mês passado no Congresso que Teerá tem permitido o acesso de inspetores internacionais a suas instalações nucleares e suspendeu suas atividades de enriquecimento de urânio.
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