Itália e Líbia resgatam 2.900 imigrantes no Mediterrâneo
Ao menos 2.900 imigrantes foram resgatados nesta quinta-feira (18) no Mar Mediterrâneo, incluindo 2.300 que seguiam para a Itália, informaram as guardas costeiras italiana e líbia.
Em águas internacionais - diante da costa líbia -, a guarda costeira italiana anunciou ter coordenado o resgate de 2.300 imigrantes que haviam embarcado em 12 botes infláveis. O grupo foi socorrido por navios italianos, da operação naval europeia Sophia e por barcos de ONGs.
A Médicos Sem Fronteiras divulgou imagens de centenas de imigrantes esgotados na coberta de seu navio Prudence, que seguiu para a Sicília com 743 resgatados, incluindo 78 mulheres e 55 crianças.
Diante da costa de Sabratah, 70 quilômetros a oeste de Trípoli, 463 imigrantes foram resgatados a bordo de um barco de madeira cujo motor parou, disse à AFP o general Ayub Kacem, porta-voz da Marinha líbia.
Em outro trecho da costa líbia, 60 quilômetros a leste da capital, no litoral de Garaboulli, a guarda costeira nacional resgatou 120 pessoas procedentes da África subsaariana, que estavam à deriva após o roubo do motor do seu barco por homens armados.
Desde o início de 2017, a Itália já registrou a chegada de mais de 45.700 imigrantes a sua costa, o que representa um aumento de mais de 30% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o ministério do Interior.
No total, 1.229 pessoas morreram este ano durante a travessia, segundo cálculos da Organização Internacional para Migrações (OIM).
A chegada de tantos imigrantes esta semana representa um desafio para a Itália devido às medidas de segurança excepcionais adotadas para a Cúpula do G7 (sete países mais industrializados), em 26 e 27 de maio, na cidade de Taormina, na Sicília.
As autoridades proibiram a chegada de imigrantes a todos os portos da Sicília, principal meta de desembarque.
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