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May volta a se concentrar no Brexit após queda nas pesquisas

30/05/2017 11h28

Londres, 30 Mai 2017 (AFP) - A primeira-ministra britânica e líder do Partido Conservador, Theresa May, voltou a se apresentar nesta terça-feira como a melhor opção para negociar com Bruxelas o Brexit, após perder terreno nas pesquisas ante o trabalhista Jeremy Corbyn.

Na Escócia, o Partido Nacional Escocês (SNP) apresentou o seu programa reiterando seu pedido por um novo referendo sobre a independência, porque os escoceses "devem poder escolher entre seguir o Reino Unido pelo caminho do Brexit, ou tornar-se um país independente", segundo Nicola Sturgeon, sua líder.

A última pesquisa publicada sobre as eleições de 8 de junho, elaborada por Survation para ITV e divulgada nesta terça-feira, aponta uma queda substancial da vantagem dos conservadores, que chegou a ser superior a 20% e que agora é de apenas 6% (43%-37%).

Na última semana e meia, May teve que alterar um ponto de seu programa que provocou grande polêmica e responder a perguntas sobre os cortes orçamentais nas forças de segurança após o ataque de Manchester, que deixou 22 mortos e dezenas feridos.

"Estou pronta. Estou pronta para começar. Jeremy Corbyn, não", declarou May, referindo-se às negociações de divórcio da União Europeia (UE), em um discurso em Wolverhampton, no noroeste da Inglaterra.

"Apenas um de nós está determinado a cumprir a vontade do povo e materializar o Brexit. E apenas um de nós tem um plano para fazer o Brexit ter sucesso", disse ela.

As negociações do Brexit começarão em 19 de junho, e May insistiu em tirar seu país do mercado único, colocando em risco o comércio, a fim de controlar a imigração.

Além disso, se reservou o direito de romper com as negociações, afirmando, como fez em outras ocasiões, que deixar a UE "sem acordo é melhor do que um mau acordo".

May recusou-se a participar de debates nesta campanha, mas aceitou na segunda-feira dividir um programa de TV com Corbyn, em que ambos foram entrevistados separadamente, primeiro pelo público e, em seguida, pelo jornalista Jeremy Paxman.