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Suspeitas do assassinato de meio-irmão de Kim Jong-un comparecem a tribunal

A vietnamita Doan Thi Huong (centro, de azul) é conduzida pela polícia ao tribunal em Kuala Lumpur, Malásia - Manan Vatsyayana/ AFP
A vietnamita Doan Thi Huong (centro, de azul) é conduzida pela polícia ao tribunal em Kuala Lumpur, Malásia Imagem: Manan Vatsyayana/ AFP

Em Kuala Lumpur

30/05/2017 06h04

As duas mulheres suspeitas pelo assassinato do meio-irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un no aeroporto de Kuala Lumpur em fevereiro compareceram nesta terça-feira (30) a um tribunal da Malásia.

A indonésia Siti Aisyah, 25 anos, e a vietnamita Thi Huong, 28 anos, vestidas com coletes à prova de balas, chegaram ao tribunal escoltadas pela polícia.

As duas foram acusadas de jogar um agente neurotóxico, o VX, uma versão do gás sarin, no rosto de Kim Jon-nam, o que provocou a morte do meio-irmão de Kim Jong-un.

As acusadas podem ser condenadas à pena de morte.

Durante a audiência, os advogados das duas mulheres afirmaram que não tiveram acesso ao conjunto do processo.

"O conceito de um julgamento justo exige que todos os documentos materiais sejam entregues à defesa o mais rápido possível", disse Gooi Soon Seng, principal advogado de Siti Aisyah.

O procurador-geral adjunto Muhammad Iskandar Ahmad declarou que a defesa receberá todos os documentos do processo antes do julgamento.

As duas mulheres negam as acusações de assassinato e alegam que foram enganadas, pois acreditavam que participavam em um programa de televisão do estilo "pegadinha".

O juiz do tribunal anunciou que a Alta Corte de Justiça da Malásia deve estabelecer a data do início do julgamento.

Kim Jong-nam, crítico do meio-irmão Kim Jong-un, que governa a Coreia do Norte, vivia no exílio no momento de sua morte.

O governo da Coreia do Sul acusou a Coreia do Norte pelo assassinato de Kim Jong-nam.

Pyongyang rebateu e afirmou que a investigação da Malásia era uma campanha de difamação, pois segundo o regime norte-coreano Kim Jong-nam foi vítima de um ataque cardíaco.

Malásia e Coreia do Norte expulsaram os respectivos embaixadores.