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Caminhão-bomba em Cabul deixa 9 mortos e 90 feridos

31/05/2017 03h38

Cabul, 31 Mai 2017 (AFP) - Ao menos 9 pessoas morreram e 90 ficaram feridas na explosão de um caminhão-bomba nesta quarta-feira no bairro das embaixadas em Cabul, informou o ministério da Saúde, advertindo que trata-se de um número provisório.

"É um boletim provisório", declarou à AFP o porta-voz do ministério, Ismael Kawoosi. "Mortos e feridos continuam chegando ao hospital".

Um porta-voz do ministério do Interior, Najib Danish, havia informado "40 mortos ou feridos" no ataque.

A violenta explosão ocorreu às 08H25 (01H25 Brasília) e foi provocada por um "caminhão-bomba", declarou Najib Danish, sem dar mais detalhes sobre o alvo do ataque.

Após a explosão, uma densa coluna de fumaça se elevou sobre o local, em torno do qual havia muitos corpos caídos cobertos de sangue, vários aparentemente mortos, constatou um fotógrafo da AFP.

A explosão foi tão violenta que abalou grande parte da cidade, quebrando vidraças e gerando pânico entre a população. Testemunhas relataram dezenas de carros destruídos.

As forças de segurança e socorristas ocuparam o local, que era sobrevoado por um helicóptero.

Após o atentado, muitas pessoas tentavam desesperadamente entrar na área isolada para saber notícias de familiares e amigos, constatou a AFP.

"Graças a Deus, o pessoal da embaixada indiana está são e salvo após a enorme explosão em Cabul", tuitou a chefe da diplomacia indiana, Sushma Swaraj.

A explosão ocorreu a cerca de 100 metros da embaixada indiana, revelou o embaixador Manpreet Vohra ao canal de TV Times Now, confirmando que não há vítimas entre o seu pessoal.

"A detonação foi muito forte e os prédios na região sofreram danos consideráveis em termos de vidros e janelas quebradas...", disse Vohra.

O prédio da embaixada alemã foi atingido e construções próximas estavam em chamas, apesar da ação dos bombeiros, segundo a TV local.

Até o momento, o ataque não foi reivindicado, mas a explosão ocorre logo após o anúncio da "ofensiva de primavera" dos talibãs. O grupo Estado Islâmico também comete atentados regulares contra Cabul.

O chefe do Pentágono, Jim Mattis, declarou recentemente que esperava "mais um ano difícil" para o Exército afegão e os soldados estrangeiros no Afeganistão.

O presidente americano, Donald Trump, analisa o envio de mais militares ao Afeganistão para resolver o impasse.

Os Estados Unidos, que lutam no Afeganistão o mais longo conflito de sua história, têm 8.400 militares no território afegão, apoiados por 5 mil homens de países aliados membros da Otan. A principal missão deste contingente é treinar e aconselhar os soldados afegãos.

bur-st/lr