Itália ameaça bloquear portos diante de onda migratória
Roma, 28 Jun 2017 (AFP) - A Itália ameaçou impedir a entrada em seus portos de navios com bandeira estrangeira que transportam migrantes resgatados no Mediterrâneo, como resposta à onda incontrolável de chegadas, informaram nesta quarta-feira fontes do governo.
"Não se pode continuar assim", assegurou à AFP uma fonte próxima ao governo.
O representante da Itália na União Europeia (UE), Maurizio Massari, se reuniu em Bruxelas com o comissário europeu para as Migrações, Dimitri Avramopoulos, para entregá-lo uma carta na qual a Itália explica que, com a chegada em massa de migrantes nos últimos dias, "a situação se tornou intratável".
Cerca de 10.200 migrantes foram resgatados entre domingo e terça-feira na costa da Líbia, 5.000 somente na segunda-feira, segundo dados oficiais.
A Guarda Costeira italiana, que coordena as operações de resgate no Mediterrâneo, explicou que inúmeros barcos estrangeiros, vários deles fretados por organizações não governamentais, participam destas operações.
Os migrantes são transportados a portos italianos, de onde costumam ser divididos nos vários centros de acolhida da península, que estão saturados.
"Se continuarmos assim, a situação ficará muito difícil de lidar, mesmo em um país grande e generoso como o nosso", reconheceu o presidente da República, Sergio Mattarella, que está no Canadá.
A Itália se queixa há vários anos sobre a política passiva da União Europeia (UE) diante da grave crise migratória causada pelos conflitos no Oriente Médio e na África.
As autoridades da Itália pedem à UE maior solidariedade visando um fenômeno que atinge todos os países e, em particular, os que estão mais ao sul.
Segundo o Ministério do Interior da Itália, 73.000 migrantes chegaram ao país desde o início do ano, mais de 14% em relação ao mesmo período em 2016.
Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), pouco mais de 2.000 pessoas morreram ou desapareceram ao longo de 2017 na tentativa de cruzar o Mediterrâneo.
bur-kv/mb/cb
"Não se pode continuar assim", assegurou à AFP uma fonte próxima ao governo.
O representante da Itália na União Europeia (UE), Maurizio Massari, se reuniu em Bruxelas com o comissário europeu para as Migrações, Dimitri Avramopoulos, para entregá-lo uma carta na qual a Itália explica que, com a chegada em massa de migrantes nos últimos dias, "a situação se tornou intratável".
Cerca de 10.200 migrantes foram resgatados entre domingo e terça-feira na costa da Líbia, 5.000 somente na segunda-feira, segundo dados oficiais.
A Guarda Costeira italiana, que coordena as operações de resgate no Mediterrâneo, explicou que inúmeros barcos estrangeiros, vários deles fretados por organizações não governamentais, participam destas operações.
Os migrantes são transportados a portos italianos, de onde costumam ser divididos nos vários centros de acolhida da península, que estão saturados.
"Se continuarmos assim, a situação ficará muito difícil de lidar, mesmo em um país grande e generoso como o nosso", reconheceu o presidente da República, Sergio Mattarella, que está no Canadá.
A Itália se queixa há vários anos sobre a política passiva da União Europeia (UE) diante da grave crise migratória causada pelos conflitos no Oriente Médio e na África.
As autoridades da Itália pedem à UE maior solidariedade visando um fenômeno que atinge todos os países e, em particular, os que estão mais ao sul.
Segundo o Ministério do Interior da Itália, 73.000 migrantes chegaram ao país desde o início do ano, mais de 14% em relação ao mesmo período em 2016.
Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur), pouco mais de 2.000 pessoas morreram ou desapareceram ao longo de 2017 na tentativa de cruzar o Mediterrâneo.
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