Negociações para a reunificação do Chipre são retomadas
Crans-Montana, Suíça, 28 Jun 2017 (AFP) - Os líderes cipriotas gregos e turcos retomaram nesta quarta-feira na Suíça as negociações para tentar terminar com um dos mais antigos conflitos do mundo e reunificar a ilha do Chipre, dividida há mais de 40 anos.
O emissário especial das Nações Unidos para o Chipre, o norueguês Espen Barth Eide, terá a difícil tarefa de conciliar as duas comunidades rivais em vista da criação de um Estado federal.
"Não vai ser fácil e não há garantia de sucesso, mas esta é uma ocasião única, porque após décadas de divisões, é possível encontrar uma solução", declarou aos jornalistas antes do início das discussões, retomadas após uma interrupção de cinco meses.
A rodada precedente, organizada em janeiro, possibilitou alguns avanços, mas sem qualquer proposta de solução.
O Chipre, de um milhão de habitantes, está dividido desde 1974, quando o exército turco invadiu o norte da ilha em reação a um golpe de Estado de cipriotas-gregos que pretendiam anexar o país à Grécia, o que gerava grande preocupação entre a minoria turco-cipriota.
Desde então, a República do Chipre, admitida na União Europeia em 2004, exerce sua autoridade apenas na parte sul, onde vivem os cipriotas gregos.
Os cipriotas turcos vivem no norte, onde foi autoproclamada a RTCN, reconhecida apenas pela Turquia.
Os capacetes azuis da ONU controlam, por sua vez, a "linha verde", uma zona tampão desmilitarizada que separa as duas comunidades.
Reunidos em um grande hotel da estação alpina suíça de Crans-Montana, a 1.500 metros de altitude, o presidente cipriota grego, Nicos Anastasiades, e o líder cipriota turco, Mustafa Akinci, começaram este primeiro dia de discussões com uma conferência na presença de chanceleres estrangeiros e representantes dos "garantidores" da segurança da ilha: Turquia, Grécia e Grã-Bretanha, ex-potência colonial.
Anastasiades e Akinci iniciaram em maio de 2015 um frágil diálogo de paz considerado uma verdadeira oportunidade para reunificar a ilha mediterrânea, dividida há mais de 40 anos.
Mas os esforços de paz foram interrompidos bruscamente em fevereiro após uma votação do Parlamento greco-cipriota para que fosse introduzida nas escolas a comemoração de um referendo organizado em 1950 no qual os greco-cipriotas se pronunciaram em massa a favor de sua anexação à Grécia. A minoria de língua turca da ilha sempre se opôs à hipótese de anexação.
O emissário especial das Nações Unidos para o Chipre, o norueguês Espen Barth Eide, terá a difícil tarefa de conciliar as duas comunidades rivais em vista da criação de um Estado federal.
"Não vai ser fácil e não há garantia de sucesso, mas esta é uma ocasião única, porque após décadas de divisões, é possível encontrar uma solução", declarou aos jornalistas antes do início das discussões, retomadas após uma interrupção de cinco meses.
A rodada precedente, organizada em janeiro, possibilitou alguns avanços, mas sem qualquer proposta de solução.
O Chipre, de um milhão de habitantes, está dividido desde 1974, quando o exército turco invadiu o norte da ilha em reação a um golpe de Estado de cipriotas-gregos que pretendiam anexar o país à Grécia, o que gerava grande preocupação entre a minoria turco-cipriota.
Desde então, a República do Chipre, admitida na União Europeia em 2004, exerce sua autoridade apenas na parte sul, onde vivem os cipriotas gregos.
Os cipriotas turcos vivem no norte, onde foi autoproclamada a RTCN, reconhecida apenas pela Turquia.
Os capacetes azuis da ONU controlam, por sua vez, a "linha verde", uma zona tampão desmilitarizada que separa as duas comunidades.
Reunidos em um grande hotel da estação alpina suíça de Crans-Montana, a 1.500 metros de altitude, o presidente cipriota grego, Nicos Anastasiades, e o líder cipriota turco, Mustafa Akinci, começaram este primeiro dia de discussões com uma conferência na presença de chanceleres estrangeiros e representantes dos "garantidores" da segurança da ilha: Turquia, Grécia e Grã-Bretanha, ex-potência colonial.
Anastasiades e Akinci iniciaram em maio de 2015 um frágil diálogo de paz considerado uma verdadeira oportunidade para reunificar a ilha mediterrânea, dividida há mais de 40 anos.
Mas os esforços de paz foram interrompidos bruscamente em fevereiro após uma votação do Parlamento greco-cipriota para que fosse introduzida nas escolas a comemoração de um referendo organizado em 1950 no qual os greco-cipriotas se pronunciaram em massa a favor de sua anexação à Grécia. A minoria de língua turca da ilha sempre se opôs à hipótese de anexação.
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