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Chefe da polícia de Minneapolis se demite após morte de australiana

22/07/2017 00h37

Chicago, 22 Jul 2017 (AFP) - A chefe da polícia de Minneapolis, Janee Harteau, pediu demissão nesta sexta-feira, em meio ao escândalo pela morte de uma australiana baleada por um policial após chamar os agentes por temer um ataque sexual.

Harteau era alvo de críticas sobre como lidou com o incidente, ocorrido na noite de sábado passado. A chefe de polícia se manifestou sobre o caso apenas nesta quinta-feira, alegando que estava de férias em um local isolado.

A prefeita de Minneapolis, Betsy Hodges, disse que pediu a demissão de Harteau nesta sexta-feira.

"Perdi a confiança na capacidade da chefe para seguir adiante (...). Está claro que ela não tem mais a confiança do povo de Minneapolis", declarou Hodges.

Logo depois, a prefeita anunciou a nomeação de Medaria Arradondo, antigo assistente de Harteau, para a chefia da polícia.

Durante a entrevista, um grupo interrompeu Hodges: "Isto é apenas uma mudança cosmética e queremos uma mudança institucional. Você é ineficiente", gritou um manifestante.

Justine Damond, uma professora de ioga e meditação de 40 anos nascida em Sidney, chamou a polícia na noite de sábado após escutar ruídos e temer um ataque sexual.

Um dos policiais que atendeu ao chamado, Matthew Harrity, disse que se assustou com um barulho forte logo antes de Damond se aproximar da viatura que ele estava dirigindo.

O colega de Harrity, Mohamed Noor, atirou do assento do lado, atingindo Damond no abdome, de acordo com as autoridades.

O advogado de Harrity, Fred Bruno, sugeriu na quarta-feira que os agentes podem ter temido uma emboscada, uma hipótese que o advogado da família Damond qualificou de "ridícula", visto que a vítima não estava armada.