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Maduro dispara contra EUA, México e Colômbia por suposto complô

24/07/2017 23h33

Caracas, 25 Jul 2017 (AFP) - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, exigiu nesta segunda-feira que os governos de Estados Unidos, México e Colômbia esclareçam um suposto complô para derrubá-lo organizado pela CIA.

"Exijo do governo do presidente (Donald) Trump que esclareça as palavras insolentes e intervencionistas deste diretor da CIA, que acredita que governa o mundo", disse Maduro em uma cerimônia militar.

Segundo o presidente, o diretor da CIA, Mike Pompeo, admitiu que Washington "trabalha em colaboração direta com o governo do México e o governo da Colômbia para derrubar o governo constitucional da Venezuela e intervir" no país.

"Exijo (...) do governo do México e do governo da Colômbia que esclareçam suficientemente estas declarações do diretor da CIA, e adotarei decisões de caráter político e diplomático diante desta ousadia".

Maduro isentou de responsabilidade os militares mexicanos e colombianos, e atribuiu o complô a uma "oligarquia" que entrega os dois países "aos interesses do império americano".

Bogotá reagiu afirmando que "jamais foi um país intervencionista" e negou "a existência de qualquer ação para interferir na Venezuela".

"A Colômbia é um país que se vê prejudicado ou beneficiado pelo destino da Venezuela (...) mas nosso único interesse em relação à atual situação (...) é que os venezuelanos cheguem, entre si, a uma solução e a uma saída negociada e pacífica da conjuntura atual".

O chanceler venezuelano, Samuel Moncada, publicou no Twitter supostas declarações de Pompeo em uma entrevista por ocasião do Fórum de Segurança de Aspen, em 20 de julho passado.

"Acabo de estar na Cidade do México e em Bogotá (...) falando sobre este tema precisamente (a transição política na Venezuela), tentando ajudá-los a entender as coisas que poderão fazer para obter um melhor resultado para sua parte do mundo", declarou Pompeo segundo Moncada.