Coreia do Norte diz que os EUA estão ao alcance de seus mísseis
Seul, 29 Jul 2017 (AFP) - O líder norte-coreano, Kim Jong-Un, afirmou após o teste bem sucedido desta sexta-feira com um míssil balístico intercontinental que todo o território dos Estados Unidos está agora ao seu alcance.
De acordo com Kim, citado pela agência oficial KCNA, o teste demonstrou a capacidade da Coreia do Norte para lançar um ataque "em qualquer lugar e momento (...) e confirmou que todo o território continental dos Estados Unidos está agora ao nosso alcance".
Segundo a agência estatal, Kim Jong-Un supervisionou pessoalmente o bem sucedido tiro com uma versão atualizada do míssil Hwasong-14, que percorreu 998 km durante cerca de 47 minutos, atingindo uma altitude de 3.724,9 km.
O míssil foi lançado de Mup'yong-ni e percorreu sua trajetória até cair no Mar do Japão, segundo o Pentágono.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, qualificou o teste de ação "temerária e perigosa" que isolará ainda mais os norte-coreanos.
"Os Estados Unidos condenam este tiro e rejeitam o argumento do regime de que estes testes e estas armas garantirão a segurança da Coreia do Norte. Na realidade, têm o efeito oposto (...). Ameaçando o mundo, estas armas e estes testes isolarão ainda mais os norte-coreanos, debilitando sua economia e prejudicando seu povo".
Trump prometeu adotar "todos os passos necessários para garantir a segurança do nosso país e proteger nossos aliados".
A China "condenou as violações da Coreia do Norte das resoluções da ONU", mas pediu a "todas as partes envolvidas que mostrem prudência e evitem agravar a tensão" na península coreana.
O secretário americano de Estado, Rex Tillerson, declarou que "como principais facilitadores econômicos do programa de armas nucleares e mísseis balísticos" da Coreia do Norte, "China e Rússia têm a única e particular responsabilidade por esta crescente ameaça à estabilidade da região e do planeta".
Segundo Tillerson, o teste é "uma descarada violação das múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que refletem a vontade da comunidade internacional".
- Exercícios militares -Após o teste norte-coreano, as forças armadas de Estados Unidos e Coreia do Sul anunciaram exercícios militares utilizando mísseis terra-terra.
"Estamos realizando exercícios em resposta ao lançamento de míssil da Coreia do Norte", informou o funcionário, que pediu para não ser identificado.
As manobras utilizam o sistema de mísseis terra-terra ATACMS (Army Tactical Missile System) e mísseis sul-coreanos Hyunmoo II.
Outro oficial que pediu para não ser identificado disse à AFP que é realizado "um exercício com munição real em resposta ao lançamento de mísseis por parte da Coreia do Norte".
Segundo o Exército, "o ATACMS pode ser mobilizado rapidamente (...) e proporciona capacidade de precisão em ataques de profundidade, permitindo à aliança Estados Unidos/Coreia do Sul atingir um amplo leque de alvos sob qualquer condição climática".
Imediatamente após o teste do ICBM norte-coreano, o general Joe Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, e o almirante Harry Harris, responsável pelo comando americano do Pacífico, conversaram com o general Lee Sun Jin, chefe do Estado-Maior Conjunto sul-coreano.
"Durante o telefonema, Dunford e Harris expressaram seu compromisso com a aliança Estados Unidos/Coreia do Sul", informou o gabinete de Dunford. "Os três também analisaram diversas opções de resposta militar".
- Mais sanções -Pyongyang provocou alarme mundial em 4 de julho quando testou seu primeiro ICBM, que segundo especialistas poderia atingir o Alasca.
Depois do teste, os Estados Unidos pressionaram a Organização das Nações Unidas para que adotasse medidas mais duras contra Pyongyang.
No total, a ONU impôs seis pacotes de sanções contra a Coreia do Norte desde que o país testou pela primeira vez um dispositivo atômico, em 2006, mas duas resoluções aprovadas no ano passado endureceram significativamente estas medidas.
Até agora, a estratégia dos Estados Unidos, tanto do governo de Donald Trump como do de Barack Obama, não deu frutos.
Apesar de um fortalecimento das sanções internacionais e da pressão da ONU sobre a China, o regime de Kim Jong-Un continuou com seus programas militares balísticos e nucleares.
Esta semana, no entanto, a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, informou de progressos nos diálogos com Pequim para impor novas sanções "bastante duras" contra a Coreia do Norte.
Após o lançamento do primeiro míssil intercontinental, Haley disse ao Conselho de Segurança que esperava apresentar em alguns dias novas medidas, como cortar o abastecimento de petróleo, proibir a entrada de trabalhadores da Coreia do Norte, assim como a imposição de novas restrições aéreas e marítimas a Pyongyang.
bur-wat/ad/fj/jb/db/cb/lr
De acordo com Kim, citado pela agência oficial KCNA, o teste demonstrou a capacidade da Coreia do Norte para lançar um ataque "em qualquer lugar e momento (...) e confirmou que todo o território continental dos Estados Unidos está agora ao nosso alcance".
Segundo a agência estatal, Kim Jong-Un supervisionou pessoalmente o bem sucedido tiro com uma versão atualizada do míssil Hwasong-14, que percorreu 998 km durante cerca de 47 minutos, atingindo uma altitude de 3.724,9 km.
O míssil foi lançado de Mup'yong-ni e percorreu sua trajetória até cair no Mar do Japão, segundo o Pentágono.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, qualificou o teste de ação "temerária e perigosa" que isolará ainda mais os norte-coreanos.
"Os Estados Unidos condenam este tiro e rejeitam o argumento do regime de que estes testes e estas armas garantirão a segurança da Coreia do Norte. Na realidade, têm o efeito oposto (...). Ameaçando o mundo, estas armas e estes testes isolarão ainda mais os norte-coreanos, debilitando sua economia e prejudicando seu povo".
Trump prometeu adotar "todos os passos necessários para garantir a segurança do nosso país e proteger nossos aliados".
A China "condenou as violações da Coreia do Norte das resoluções da ONU", mas pediu a "todas as partes envolvidas que mostrem prudência e evitem agravar a tensão" na península coreana.
O secretário americano de Estado, Rex Tillerson, declarou que "como principais facilitadores econômicos do programa de armas nucleares e mísseis balísticos" da Coreia do Norte, "China e Rússia têm a única e particular responsabilidade por esta crescente ameaça à estabilidade da região e do planeta".
Segundo Tillerson, o teste é "uma descarada violação das múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que refletem a vontade da comunidade internacional".
- Exercícios militares -Após o teste norte-coreano, as forças armadas de Estados Unidos e Coreia do Sul anunciaram exercícios militares utilizando mísseis terra-terra.
"Estamos realizando exercícios em resposta ao lançamento de míssil da Coreia do Norte", informou o funcionário, que pediu para não ser identificado.
As manobras utilizam o sistema de mísseis terra-terra ATACMS (Army Tactical Missile System) e mísseis sul-coreanos Hyunmoo II.
Outro oficial que pediu para não ser identificado disse à AFP que é realizado "um exercício com munição real em resposta ao lançamento de mísseis por parte da Coreia do Norte".
Segundo o Exército, "o ATACMS pode ser mobilizado rapidamente (...) e proporciona capacidade de precisão em ataques de profundidade, permitindo à aliança Estados Unidos/Coreia do Sul atingir um amplo leque de alvos sob qualquer condição climática".
Imediatamente após o teste do ICBM norte-coreano, o general Joe Dunford, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, e o almirante Harry Harris, responsável pelo comando americano do Pacífico, conversaram com o general Lee Sun Jin, chefe do Estado-Maior Conjunto sul-coreano.
"Durante o telefonema, Dunford e Harris expressaram seu compromisso com a aliança Estados Unidos/Coreia do Sul", informou o gabinete de Dunford. "Os três também analisaram diversas opções de resposta militar".
- Mais sanções -Pyongyang provocou alarme mundial em 4 de julho quando testou seu primeiro ICBM, que segundo especialistas poderia atingir o Alasca.
Depois do teste, os Estados Unidos pressionaram a Organização das Nações Unidas para que adotasse medidas mais duras contra Pyongyang.
No total, a ONU impôs seis pacotes de sanções contra a Coreia do Norte desde que o país testou pela primeira vez um dispositivo atômico, em 2006, mas duas resoluções aprovadas no ano passado endureceram significativamente estas medidas.
Até agora, a estratégia dos Estados Unidos, tanto do governo de Donald Trump como do de Barack Obama, não deu frutos.
Apesar de um fortalecimento das sanções internacionais e da pressão da ONU sobre a China, o regime de Kim Jong-Un continuou com seus programas militares balísticos e nucleares.
Esta semana, no entanto, a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, informou de progressos nos diálogos com Pequim para impor novas sanções "bastante duras" contra a Coreia do Norte.
Após o lançamento do primeiro míssil intercontinental, Haley disse ao Conselho de Segurança que esperava apresentar em alguns dias novas medidas, como cortar o abastecimento de petróleo, proibir a entrada de trabalhadores da Coreia do Norte, assim como a imposição de novas restrições aéreas e marítimas a Pyongyang.
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